31 março 2014
«sem título, sem nada» - bagaço amarelo
Procurar o Amor, viver nessa expectativa, é uma infelicidade tão próxima da felicidade que chegamos a acreditar que vale a pena. Talvez valha. Sei lá.
O que eu sei é que há um momento em que acreditamos que não. É quando damos a mão a alguém que nos estende a sua e tudo o resto perde a importância. A árvore que nos observa do meio da avenida, o polícia que multa um carro em segunda fila ou o resultado dum jogo de futebol. Tudo se engrandece para se reduzir a nada.
Porque o Amor é o único capaz de viver do nada.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
30 março 2014
Placebo de intimidade
Apesar da tropa feita julgo que abusei nas vezes que o fiz encher. Começou-se a queixar das costas e até da pilinha. Valha a verdade que a cabecita ficava vermelha que nem um tomate, um tomate mesmo daqueles que se usam na salada e em qualquer guisado que se preze que os outros tinham aquele tradicional tom de pele mais arroxeada que a restante. Ele insistia que deixasse para lá e suponho mesmo que o intimidava quando me deitava entre as suas pernas e naquela proximidade lhe examinava o dito cujo, vira para cá, vira para lá, como quem analisa um reagente num tubo de ensaio tanto que acabava a cobri-lo com as mãos como se fossem um garruço.
Tive de conter o riso quando depois de ir ao médico me contou cabisbaixo que após tantos anos tinha de ir faca fazer uma circuncisão. Pareceu-me cruel perguntar-lhe o que é que não tinha feito na adolescência e nos anos seguintes para nunca ter dado conta e resolvi antes incentivá-lo com as vantagens do tunning da ferramenta como quem coloca um motor novo no carro que tem há anos.
Estoicamente resistiu depois com o seu faraó enfaixado e receoso de nunca mais abandonar o estado de múmia invocando uma qualquer maldição para me impedir de o acompanhar à mudança de penso apesar dos meus insistentes rogos por me estar a coarctar a oportunidade única de ver um penso ensanguentado num sexo de homem e só me permitiu voltar a ver o meu pequenino finda a fase de pousio para a primeira rodagem.
Talvez tudo continuasse pacatamente como um placebo se eu não tivesse tido a ideia peregrina de numa noite ir ter com ele à casa de banho e encontrá-lo a mergulhar as duas placas numa pouca de água com um comprimido efervescente perante o seu olhar arrepiado por me desnudar a sua cara subitamente envelhecida sem os dentes. Nunca mais me conseguiu encarar.
Tive de conter o riso quando depois de ir ao médico me contou cabisbaixo que após tantos anos tinha de ir faca fazer uma circuncisão. Pareceu-me cruel perguntar-lhe o que é que não tinha feito na adolescência e nos anos seguintes para nunca ter dado conta e resolvi antes incentivá-lo com as vantagens do tunning da ferramenta como quem coloca um motor novo no carro que tem há anos.
Estoicamente resistiu depois com o seu faraó enfaixado e receoso de nunca mais abandonar o estado de múmia invocando uma qualquer maldição para me impedir de o acompanhar à mudança de penso apesar dos meus insistentes rogos por me estar a coarctar a oportunidade única de ver um penso ensanguentado num sexo de homem e só me permitiu voltar a ver o meu pequenino finda a fase de pousio para a primeira rodagem.
Talvez tudo continuasse pacatamente como um placebo se eu não tivesse tido a ideia peregrina de numa noite ir ter com ele à casa de banho e encontrá-lo a mergulhar as duas placas numa pouca de água com um comprimido efervescente perante o seu olhar arrepiado por me desnudar a sua cara subitamente envelhecida sem os dentes. Nunca mais me conseguiu encarar.
Postalinho da Baixa de Coimbra
"O Mata-Frades está há muitas décadas no Largo da Portagem, em Coimbra, com uma folha de papel e uma pena. Dizem os estudantes que é para anotar os nomes das raparigas que chegam a Coimbra virgens e saem de lá virgens... e juram que ainda não o viram mexer um dedo!
A estátua dele está envolvida por um bonito e cuidado jardim circular...
... com um gradeamento em ferro forjado trabalhado e encimado por flores...
... muito bonitas, sendo que...
... uma delas se transfigurou e agora é um belo de um caralho com asas!"
PM
A estátua dele está envolvida por um bonito e cuidado jardim circular...
... com um gradeamento em ferro forjado trabalhado e encimado por flores...
... muito bonitas, sendo que...
... uma delas se transfigurou e agora é um belo de um caralho com asas!"
PM
29 março 2014
«Cinema em 7 Cores» - curta-metragem Porta-Curtas
Documentário
Diretor: Felipe Tostes, Rafaela Dias
Duração: 34 min
Ano: 2008
País: Brasil
Sinopse: "Cinema em 7 Cores traça um panorama histórico de como o personagem gay foi retratado nas telas grandes brasileiras, desde sua origem nas chanchadas dos anos 50 até os dias atuais. O filme investiga as origens dos preconceitos, estereótipos, assim como a importância da identificação com representações construtivas desses personagens".
Diretor: Felipe Tostes, Rafaela Dias
Duração: 34 min
Ano: 2008
País: Brasil
Sinopse: "Cinema em 7 Cores traça um panorama histórico de como o personagem gay foi retratado nas telas grandes brasileiras, desde sua origem nas chanchadas dos anos 50 até os dias atuais. O filme investiga as origens dos preconceitos, estereótipos, assim como a importância da identificação com representações construtivas desses personagens".
«Perfumes eróticos em tempo de vacas magras»... é um pouco o que é este blog, com a crise que por aí anda
Manuel da Silva Ramos é um escritor da Covilhã (a "terra dos conas da mãe", como descobriu da pior forma o Carlos Queirós, em 2010) que decidiu - e muito bem, digo eu - escrever estes contos que cruzam deliciosamente duas coisas teorica e praticamente inconciliáveis: o erotismo e a puta da política.
De todos os 1.760 livros da minha colecção, este «Perfumes eróticos em tempo de vacas magras» é um dos que recomendo a toda a gente de mente e pernas abertas (mesmo que seja apenas de forma alternada). E as ilustrações de João Pedro Lam são um regalo para o olho (salvo seja) e dão ainda mais «perfume erótico» aos vários contos deste livro. Ficam alguns exemplos:
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
28 março 2014
Henrique VIII, o campeão do matrimónio e do divórcio, já agora
Henrique VIII, frequentemente representado em pinturas que caberiam numa moldura quadrada, foi um dos mais marcantes monarcas da longa história da realeza britânica, tendo governado durante cerca de 38 anos. Durante esse período, para além das profundas reformas que levou a cabo, ficou famoso pela sucessão de matrimónios e pela forma como simplificou o processo de divórcio.
Assim, começou por casar com Catarina de Aragão, viúva do seu irmão Artur, mas como esta apenas lhe deu uma filha e não o tão desejado filho varão, acabou por separar-se dela e colocou-a em prisão domiciliária. Quem não achou piada a isto foi o Papa que resolveu não dar a necessária autorização para a separação do casal. Henrique não se resignou e desatou este nó gordiano ao declarar-se chefe da igreja inglesa e subtraindo-a à autoridade de Roma.
Casou em seguida com Ana Bolena que, infelizmente, também não conseguiu dar-lhe o tão desejado filho, apenas uma filha chamada Elizabeth que, quiçá amaldiçoada pelo facto de ser indesejada pelo pai, haveria de morrer virgem. Muito convenientemente, Ana foi acusada de bruxaria, incesto, adultério e conspiração contra o rei e acabou por ser executada.
No dia seguinte à execução de Ana Bolena, Henrique VIII anunciou o seu noivado com Jane Seymour, uma das aias da falecida rainha, tendo casado 10 dias depois. Jane teve sucesso onde as outras falharam, conseguindo gerar um filho à custa da própria vida, já que morreu ao dar à luz. O jovem Eduardo haveria de governar apenas durante 6 anos, morrendo com 15 anos de idade.
Como a um rei ficava mal não ter rainha, Thomas Cromwell, um dos fiéis conselheiros do rei, sugeriu o casamento de Henrique VIII com Anne de Cleves ao que este acedeu após aprovar os retratos desta que lhe foram mostrados. Contudo, os pintores terão favorecido demasiado a pobre mulher já que, ao encará-la pela primeira vez, Henrique não lhe achou piada nenhuma e retirou-se a dada altura da festa de casamento. Anne foi mais tarde declarada honorificamente irmã do rei tendo o casamento sido dissolvido. A rainha saiu desta história com vida mas a mesma sorte não teve Thomas Cromwell, que acabou por ser executado.
Enquanto Thomas Cromwell estava ocupado com a sua própria execução, o rei casava com Catherine Howard, sua prima e antiga aia de Ana Bolena. Se ao casar Henrique perdeu a cabeça e ofereceu à sua noiva todas as propriedades do malogrado Cromwell, a rainha não fez por menos e, menos de dois anos após o matrimónio, perdeu mesmo a cabeça após ser acusada de adultério.
Já bastante experiente no processo, Henrique casou no ano seguinte com Catherine Parr, uma viúva abastada que assim casava pela terceira vez, e que acabaria por ser a sua última esposa. Uma proeza se tivermos em conta a obesidade mórbida, os furúnculos recheados de pus, a gota, a ferida ulcerada numa perna e as constantes flutuações de humor de que o rei já padecia.
Contas feitas, o rei casou por 6 vezes e teve, que se saiba e desconfie, algumas dezenas de amantes. Nada mau para alguém que antes da morte do irmão estava destinado a ser Arcebispo da Cantuária.
Terá sido esta performance conjugal a servir de inspiração para a construção da armadura do rei Henrique Coitavo, perdão, Henrique Oitavo que está actualmente em exposição na Torre de Londres?
Assim, começou por casar com Catarina de Aragão, viúva do seu irmão Artur, mas como esta apenas lhe deu uma filha e não o tão desejado filho varão, acabou por separar-se dela e colocou-a em prisão domiciliária. Quem não achou piada a isto foi o Papa que resolveu não dar a necessária autorização para a separação do casal. Henrique não se resignou e desatou este nó gordiano ao declarar-se chefe da igreja inglesa e subtraindo-a à autoridade de Roma.
Casou em seguida com Ana Bolena que, infelizmente, também não conseguiu dar-lhe o tão desejado filho, apenas uma filha chamada Elizabeth que, quiçá amaldiçoada pelo facto de ser indesejada pelo pai, haveria de morrer virgem. Muito convenientemente, Ana foi acusada de bruxaria, incesto, adultério e conspiração contra o rei e acabou por ser executada.
No dia seguinte à execução de Ana Bolena, Henrique VIII anunciou o seu noivado com Jane Seymour, uma das aias da falecida rainha, tendo casado 10 dias depois. Jane teve sucesso onde as outras falharam, conseguindo gerar um filho à custa da própria vida, já que morreu ao dar à luz. O jovem Eduardo haveria de governar apenas durante 6 anos, morrendo com 15 anos de idade.
Como a um rei ficava mal não ter rainha, Thomas Cromwell, um dos fiéis conselheiros do rei, sugeriu o casamento de Henrique VIII com Anne de Cleves ao que este acedeu após aprovar os retratos desta que lhe foram mostrados. Contudo, os pintores terão favorecido demasiado a pobre mulher já que, ao encará-la pela primeira vez, Henrique não lhe achou piada nenhuma e retirou-se a dada altura da festa de casamento. Anne foi mais tarde declarada honorificamente irmã do rei tendo o casamento sido dissolvido. A rainha saiu desta história com vida mas a mesma sorte não teve Thomas Cromwell, que acabou por ser executado.
Enquanto Thomas Cromwell estava ocupado com a sua própria execução, o rei casava com Catherine Howard, sua prima e antiga aia de Ana Bolena. Se ao casar Henrique perdeu a cabeça e ofereceu à sua noiva todas as propriedades do malogrado Cromwell, a rainha não fez por menos e, menos de dois anos após o matrimónio, perdeu mesmo a cabeça após ser acusada de adultério.
Já bastante experiente no processo, Henrique casou no ano seguinte com Catherine Parr, uma viúva abastada que assim casava pela terceira vez, e que acabaria por ser a sua última esposa. Uma proeza se tivermos em conta a obesidade mórbida, os furúnculos recheados de pus, a gota, a ferida ulcerada numa perna e as constantes flutuações de humor de que o rei já padecia.
Contas feitas, o rei casou por 6 vezes e teve, que se saiba e desconfie, algumas dezenas de amantes. Nada mau para alguém que antes da morte do irmão estava destinado a ser Arcebispo da Cantuária.
Terá sido esta performance conjugal a servir de inspiração para a construção da armadura do rei Henrique Coitavo, perdão, Henrique Oitavo que está actualmente em exposição na Torre de Londres?
27 março 2014
Sãozita, desculpa este post fofinho, 'tá?
eu já vi a Música no Coração uma data de vezes. e o Do Cabaret para o Convento. mesmo assim, não estava à espera que esta irmã cantasse com tamanho tesão pela música, pelo amor e pela fé. WAY TO GO, SISTER!
sonhar
gosto de sonhar contigo
de te beijar nos meus sonhos
de sentir o teu calor
gosto de sonhar contigo
do teu corpo no meu
do sexo que fazemos
gosto de sonhar contigo
de acordar molhada de desejo
de estar tão perto de te sentir
gosto de sonhar contigo
da doce ilusão de te ter...
Corpos e Almas
Caixinhas d'«a funda São» para recolha de Banha da Cobra Cuspideira
Além dos livros e objectos que tenho vindo a comprar e dos muitos que me têm sido oferecidos pela malta amiga, dá-me um especial prazer os objectos criados por mim.
As caixas para recolha de Banha da Cobra Cuspideira são uma dessas minhas criações. O difícil foi encontrar as caixinhas adequadas mas usei caixinhas de ourivesaria. De resto, foi só fazer a impressão da tampa e criar bulas para pôr dentro de cada caixinha. O texto da bula é este:
1. O que é
A cobra cuspideira amestrada – variante sem dentes da Naja nigricollis Reinhardt – é uma serpente-de-sangue (de carne sem osso) muito robusta quando ataca mas inofensiva e frágil quando em descanso. Alonga-se e alarga a cabeça, em «capelo», sob a acção de fêmeas que passem ou com que sonhe. Não tem olhos, pelo que se julga que se orienta pelo cheiro. Tem duas bolsas, reservatórios da banha da cobra e que servem de patitas. Da sua pequena boquinha pode lançar a banha da cobra a distância considerável.
Tem uma alimentação variada (marcha tudo), embora prefira bivalves, mergulhando em tocas húmidas e escuras (mas também vem comer à mão, quando a fome aperta).
2. Como extrair a banha da cobra
Fácil! Use a boca ou qualquer orifício ou sulco do corpo ou ainda algo que esteja mais à mão, que a cobra cuspideira baba-se com grande facilidade. Proteja os seus olhos (aquilo arde... dizem!) e o seu cabelo (aquilo pega-se... dizem!). Quando a cobra cospe (em média, 4 centímetros cúbicos de banha da cobra de cada vez), é só recolher para a caixinha.
3. Composição
Contém Na, K, Ca, Zn, Mg, ácido cítrico, proteínas, frutose, fosfatos, nitrogénio não proteico, cloretos, colina e prostaglandinas. Cada dose contém cerca de 35 calorias, proteínas e gorduras... e uns bichitos de cauda comprida que por lá andam a nadar.
4. Instruções de uso
A banha da cobra cuspideira pode-se injectar, cuspir ou engolir. Dizem que também faz muito bem à pele e que é óptima para colar páginas de revistas.
5. Contra-indicações
Pode causar gravidez!
Mas o melhor ainda de tudo é tudo isto servir de pretexto para criar amizades e partilhar bons momentos. Estas caixinhas originaram uma «queixa» enviada pela minha amiga índia da Amazónia, do blog Chama a Mamãe:
"Como advogada, posso entrar com uma ação contra essa Cobra Cuspideira, alegando propaganda enganosa, com base no Código da «Consumidora». Apesar de toda essa composição, a cobra vem apresentando, em algumas pacientes, efeitos colaterais danosos, levando-as ao estágio grave de depressão, forçando-as a procurarem, em outros «produtos», Cobras de boa procedência.
Seria assim,a petição:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da 6ª Vara de Família da Comarca da Serra da Estrela/PT.
Cona(n), a bárbara, residente e domiciliada na Melhor Região do Mundo, no endereço Rua da Antiga Ditadura, nº Zero, vem, com o devido respeito, por meio de sua advogada abaixo identificada, apresentar CONTESTAÇÃO, considerando os fatos a seguir apresentados:
* Às vezes a Cobra cospe;
* A Cobra Cuspideira não tem vida, porque mais passa o tempo dormindo, em visível demonstração de «corpo mole»;
* A Cobra Cuspideira costuma passar doenças, ao ingeri-la, ou mesmo quando introduzida - mesmo via vaginal - por ser um «medicamento» que passa de boca em boca e de... a... (por respeito a Vossa Excelência, omiti outros lugares por onde a Cobra Cuspideira passa);
* Ao contrário do que estampa a bula, a Cobra Cuspideira não tem iniciativa. Precisa ser estimulada e pressionada para começar a fazer efeito;
* O efeito da Cobra Cuspideira dura, aproximadamente, 1 minuto, e sua dosagem só pode ser usada 15 dias após, o que já causa um certo estresse nas pacientes.
Pelas razões expostas, confia a Reclamante seja julgada totalmente PROCEDENTE a presente ação, por ser imperativo de Justiça!
Protesta pela produção de todas as provas em Direito admitidas, especialmente depoimento pessoal das pacientes depressivas pelo resultado insatisfeito da Cobra Cuspideira, sob pena de confissão, testemunhais e perícia, se for o caso.
Termos em que
Pede Deferimento
Chama a Mamãe!
post scriptum - ... óooo... «dêxadizêr» uma coisa aqui: tenho a pele bem limpa. Devo reconhecer que as Cobras Cuspideiras desta Região são «tratadas» à base de afrodisíacos naturais.Mas não conheço nenhuma daí, portanto, não sei o efeito quando «injetada»."
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26 março 2014
«Hmm…» - João
"Naquele quarto amplo era também ampla a cama. Alva e fofa. Tu estavas deitada de barriga para baixo, com a cabeça apoiada nos braços cruzados, e eu deitado de lado, a olhar-te. Olhaste-me com aquele ar que não sei explicar – ou prefiro não explicar -, e com um pequeno beicinho ouviu-se “hmm…”, e questionei. Sim? Já se fodia. Como? Já se fodia, querido. E enquanto isso abanavas devagarinho o rabo, ligeiramente empinado, como que a provocar. Mentira. Não era provocar. Era mesmo convite. Então repetiste, João, fode-me João. Quero que me fodas. Num movimento contínuo, deitei-me sobre ti, e deixei o meu caralho entrar na tua cona sem resistência, descruzei-te os braços e pressionei os pulsos, afastados, contra a cama. Com parte do meu peso, estavas imobilizada, enquanto eu entrava e saía de ti, e respirava os teus cabelos. Com as minhas pernas, que estavam do lado de fora, apertava as tuas que, fechadas, ficavam assim sempre mais juntas, e só o meu baixo ventre fazia como um baloiço, que ora se aconchegava na tua pele, ora ganhava balanço. E o calor, a humidade, tudo estava molhado, sentia-o nas coxas, sentia-o nas virilhas, sentia-o no pau hirto que te namorava e depois entrava fundo, no limite suportável da dor. E depois dizes-me que queres olhar-me, que não queres vir-te já, e eu mais que isso, e já abraçados de olhos nos olhos dizemos o que sentimos sem sequer falar, e deixamo-nos vir, perdidos sem sentidos, cravados um no outro, afundados em espaços que não têm palavras."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
«conversa 2057» - bagaço amarelo
Eu - De baixa intensidade?!
Ela - Sim, claro. Preciso apaixonar-me por alguém, mas só um bocadinho.
Eu - É das coisas mais estranhas que já ouvi.
Ela - Quando me apaixono muito fico fragilizada. Se me apaixonar só um bocadinho, sou eu que mando na relação.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
25 março 2014
Eva portuguesa - «Apenas puta»
Senti o teu cheiro, aquele cheiro que me arrepia a pele, ainda antes de tu chegares.
Na expectativa desse encontro há tanto adiado, a minha mente divagava pelas lembranças dos nossos últimos momentos. Conseguia reviver cada gesto, cada palavra, cada lágrima, cada sorriso. Conseguia sentir o calor do teu corpo, ao mesmo tempo tão longe e tão perto. E a melancolia aproximou-se ao mesmo tempo que o nervosismo e o desejo. O ódio, a paixão que nunca devia ter existido, a crença e a desilusão gritavam dentro de mim pedindo para sair. E, para me libertar, só havia uma forma: deixar que toda essa turbulência se apoderasse de mim, do meu corpo, percorrendo cada centímetro daquilo que iria ser teu. E deixando-me ir sem pensar, senti o desejo, esse desejo tão carnal, sexual, insaciável e incurável que sempre nos uniu; enroscar-se em mim, trepando pelo meu corpo como uma cobra prestes a atacar. E essa cobra mordeu-me, fazendo com que me realizasse e te completasse através de mim, do toque dos meus dedos, do som dos meus gemidos, do meu suor que cheirava a ti. Realizei-me em mim, por ti. E, ao som do arfar da minha respiração, recordava a perfeição do nosso encaixe, a forma como os nossos corpos se completavam um ao outro, fazendo com que parecesse um só.
E depois do último tremor do orgasmo que me deste sem estares presente, comecei a cair no mar dos sentimentos. Sendo abandonada pelas sensações, entreguei-me a viver algo de mais profundo, algo doloroso. Lembrei os planos, as promessas, as ilusões, o riso fácil e espontâneo. Lembrei os momentos de perfeição, aqueles que eram só nossos. Lembrei aquele motel onde nos perdemos e achámos um no outro. E comecei a procurar as marcas físicas no meu corpo, aquelas feitas pela dor da minha alma. E apesar da desilusão, do engano, da esperança vã, da mágoa, da raiva, do sentimento de injustiça e desespero, não havia marcas na minha pele. Apenas o brilho do prazer solitário e a imensidão dos meus olhos conseguiam retratar a realidade. A minha realidade. A nossa realidade.
Porque, mais uma vez, tu não vieste. E finalmente recordei aquilo que tanto queria esquecer: para ti, assim como para os outros, eu era apenas uma puta...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Na expectativa desse encontro há tanto adiado, a minha mente divagava pelas lembranças dos nossos últimos momentos. Conseguia reviver cada gesto, cada palavra, cada lágrima, cada sorriso. Conseguia sentir o calor do teu corpo, ao mesmo tempo tão longe e tão perto. E a melancolia aproximou-se ao mesmo tempo que o nervosismo e o desejo. O ódio, a paixão que nunca devia ter existido, a crença e a desilusão gritavam dentro de mim pedindo para sair. E, para me libertar, só havia uma forma: deixar que toda essa turbulência se apoderasse de mim, do meu corpo, percorrendo cada centímetro daquilo que iria ser teu. E deixando-me ir sem pensar, senti o desejo, esse desejo tão carnal, sexual, insaciável e incurável que sempre nos uniu; enroscar-se em mim, trepando pelo meu corpo como uma cobra prestes a atacar. E essa cobra mordeu-me, fazendo com que me realizasse e te completasse através de mim, do toque dos meus dedos, do som dos meus gemidos, do meu suor que cheirava a ti. Realizei-me em mim, por ti. E, ao som do arfar da minha respiração, recordava a perfeição do nosso encaixe, a forma como os nossos corpos se completavam um ao outro, fazendo com que parecesse um só.
E depois do último tremor do orgasmo que me deste sem estares presente, comecei a cair no mar dos sentimentos. Sendo abandonada pelas sensações, entreguei-me a viver algo de mais profundo, algo doloroso. Lembrei os planos, as promessas, as ilusões, o riso fácil e espontâneo. Lembrei os momentos de perfeição, aqueles que eram só nossos. Lembrei aquele motel onde nos perdemos e achámos um no outro. E comecei a procurar as marcas físicas no meu corpo, aquelas feitas pela dor da minha alma. E apesar da desilusão, do engano, da esperança vã, da mágoa, da raiva, do sentimento de injustiça e desespero, não havia marcas na minha pele. Apenas o brilho do prazer solitário e a imensidão dos meus olhos conseguiam retratar a realidade. A minha realidade. A nossa realidade.
Porque, mais uma vez, tu não vieste. E finalmente recordei aquilo que tanto queria esquecer: para ti, assim como para os outros, eu era apenas uma puta...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
«Copo» - Susana Duarte
Beijo-te através de um copo de vinho
que é sangue e é corpo.
Beijo-te através das letras que as minhas mãos te desenham
no rosto.
As mãos desenham-te arabescos de vida,
e eu, sou um porto.
[As vielas da vida são as estradas iluminadas dos teus cabelos de sol e mosto].
Beijo-te, no cais dos dedos,
de onde partem carícias e segredos.
[amo-te na flor da noite e do leito, como o copo de vinho que se entrega à boca voraz].
Aqui, a teu lado, o meu corpo.
Jaz deitado na face da lua, onde
és homem, e eu, sou maré nua.
As algas das noites solitárias espraiam-se no leito.
O teu corpo: é nele que me deito.
[As algas das noites solitárias morrem no calor do meu peito
O teu peito é a aurora tingida de sangue que verte das lágrimas de um Fado].
Eu, aqui, beijo-te o corpo de vinho
e sal e pedras e flores e pontes e portos e chegadas.
E luas. E asas nuas. E Alma…quando me iças nos braços
e deitas, sobre mim, marés de laços que não se desatam e, de ti,
me não tolhem.
[Pode vir a chuva].
Se a chuva vier devagarinho, na noite,
se a chuva vier violenta, na noite,
serei a luz do sol que te enxuga as lágrimas da despedida.
Deita-me sobre a lua e abraça-me a noite da partida.
Bebo-te o corpo de manhãs claras
e celebro em ti a vida,
e as veias,
e o copo de vinho,
e a luz
e as imagens
e as marés que me percorrem dentro de uma mão.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
"Pescadores de Fosforescências"
Alphabetum Edições Literárias
Dezembro de 2012
Prefácio: Maria Elisa Ribeiro
Fotografias: Ivano Cetta
Relembrando os videos de apresentação da minha colecção - 3 - Um olhar repleto de pulsações
Terceiro vídeo de apresentação de «a funda São» - colecção (muito) particular de arte erótica, de Setembro de 2011, com um poema de Jorge Castro lido pela voz de ouro de Luís Gaspar (do Estúdio Raposa).
As peças apresentadas fazem parte de um espólio com mais de 3.000 objectos e mais de 1.700 livros com a temática do erotismo e da sexualidade.
A música do genérico é «Sometime Ago», de Bill Evans (do álbum «You must believe in spring»).
A produção e a realização do video são de Joana Moura.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
As peças apresentadas fazem parte de um espólio com mais de 3.000 objectos e mais de 1.700 livros com a temática do erotismo e da sexualidade.
A música do genérico é «Sometime Ago», de Bill Evans (do álbum «You must believe in spring»).
A produção e a realização do video são de Joana Moura.
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24 março 2014
Luís Gaspar lê «Silvia» de Benjamin Neukirch
Porque praguejas, Sílvia, quando esta negra mão
C’o teu seio quer brincar?
Era alva como tu, e o fogo da paixão
Assim a fez ficar.
Se com teu fogo vens meu corpo incendiar,
De mármore nem neve pode minha mão ser.
Dizes-lhe que não busque e não faça o que faz.
Tens razão. Há-de ser.
Mais não busca que a ti, mais não quer do que paz
E seu jogo jogar.
De que te queixas, pois? E que razões ter julgas,
Já que favores iguais não os negas às pulgas?
Benjamin Neukirch
Poeta natural de Bojanowo, hoje, Polónia (1665-1715)
Tradução de João Barrento
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
C’o teu seio quer brincar?
Era alva como tu, e o fogo da paixão
Assim a fez ficar.
Se com teu fogo vens meu corpo incendiar,
De mármore nem neve pode minha mão ser.
Dizes-lhe que não busque e não faça o que faz.
Tens razão. Há-de ser.
Mais não busca que a ti, mais não quer do que paz
E seu jogo jogar.
De que te queixas, pois? E que razões ter julgas,
Já que favores iguais não os negas às pulgas?
Benjamin Neukirch
Poeta natural de Bojanowo, hoje, Polónia (1665-1715)
Tradução de João Barrento
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
«conversa 2055» - bagaço amarelo
Eu - Caramba! Recebes mais mensagens do que o Pai Natal.
Ela - Pois recebo. É por causa do Facebook.
Eu - Do Facebook?!
Ela - Sim. Cada vez que alguém comenta uma coisa minha, eu recebo uma mensagem no telemóvel a avisar.
Eu - Ah! Já sei. Eu desliguei isso tudo. Também o podes fazer...
Ela - Eu sei que posso, mas não faço.
Eu - Não?! Isso, assim, é uma tortura. Recebes uma mensagem de dois em dois minutos...
Ela - Pois é, mas o meu marido fica roído de ciúmes. Pensa que são amigos meus...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
23 março 2014
«Masturbação Feminina» (documentário)
"A masturbação das mulheres continua a ser, hoje em dia, um dos grandes tabus. O canal Odisseia apresenta este fascinante documentário que quebrará o silêncio que envolve este tema. Conheceremos Betty Dodson em Nova York, a médica que pode ser considerada como a primeira "treinadora de orgasmos". Esta mulher sem complexos ensinou mulheres de todas as idades, crenças e procedências uma habilidade aparentemente simples: como se masturbar. E agora, pela primeira vez, três mulheres para quem a masturbação é um tema difícil de enfrentar, estão dispostas a experimentar a sua terapia com Betty perante as câmaras. Não percam este original documentário onde poderemos presenciar uma semana intensa de instrução tanto psicológica como prática, incluindo sessões privadas e grupos de trabalho. Atrevem-se a quebrar o tabu?"
Loirice
O seu sorriso fluía naturalmente e depois, era loiro como o Pitinho o que em termos estéticos contrasta que nem ginjas com a minha tez morena pelo que o ritual de sedução estava tacitamente deferido.
Convidou-me para visitar a sua casa e esclareceu logo que era na zona in da Expo. Imediatamente desejei que continuasse tudo em cima. Já lá mostrou-me o painel digital das várias funções da casa. Pensei que se ele abreviasse as explicações num instantinho o digitava todinho. Mostrou-me depois o plasma novo que acabara de comprar enquanto eu me entretinha a despi-lo com os olhos imaginando-me a plasmá-lo em mim. Ele continuou a exibir-me os brinquedos tecnológicos que possuía desde a máquina fotográfica digital à Bimby discorrendo especificações e marcas num tal arrazoado que quase me senti bimba por acreditar em príncipes loiros. Mas da minha cara não transpareceu o pensamento e como não estávamos numa história de banda desenhada ele não podia ler a minha filactera em forma de nuvem e com bolinhas. Vai daí que ainda me fez uma demonstração do gingarelho que aspirava sozinho e eu abri a minha boca num bocejo e com o espanto dele ainda não estar a aspirar com o nariz espetado no meu Monte de Vénus.
Peguei-lhe em ambas as mãos não fosse ele levá-las dali para me alardear mais uma porra qualquer e confessei-lhe que tinha sangue índio. Tanto que era antropófaga e gostava particularmente de degustar aquela parte do corpo que os índios do Brasil ofereciam aos seus convidados de honra e assim também aos portugueses quando estes lá arribaram. O resto são amendoins.
Convidou-me para visitar a sua casa e esclareceu logo que era na zona in da Expo. Imediatamente desejei que continuasse tudo em cima. Já lá mostrou-me o painel digital das várias funções da casa. Pensei que se ele abreviasse as explicações num instantinho o digitava todinho. Mostrou-me depois o plasma novo que acabara de comprar enquanto eu me entretinha a despi-lo com os olhos imaginando-me a plasmá-lo em mim. Ele continuou a exibir-me os brinquedos tecnológicos que possuía desde a máquina fotográfica digital à Bimby discorrendo especificações e marcas num tal arrazoado que quase me senti bimba por acreditar em príncipes loiros. Mas da minha cara não transpareceu o pensamento e como não estávamos numa história de banda desenhada ele não podia ler a minha filactera em forma de nuvem e com bolinhas. Vai daí que ainda me fez uma demonstração do gingarelho que aspirava sozinho e eu abri a minha boca num bocejo e com o espanto dele ainda não estar a aspirar com o nariz espetado no meu Monte de Vénus.
Peguei-lhe em ambas as mãos não fosse ele levá-las dali para me alardear mais uma porra qualquer e confessei-lhe que tinha sangue índio. Tanto que era antropófaga e gostava particularmente de degustar aquela parte do corpo que os índios do Brasil ofereciam aos seus convidados de honra e assim também aos portugueses quando estes lá arribaram. O resto são amendoins.
22 março 2014
Duas mulheres exploradas...
... reciprocamente, na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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A Dora não adora a mudança d'hora!
Para saberem algo mais sobre este assunto, nada erótico, vão ao blog «Persuacção» (etiqueta «mudança de hora») onde, inclusivamente, há uma página especialmente sobre a mudança de hora.
21 março 2014
«Posso mudar a vida das pessoas»
Diz que ser feminista não é nada de extravagante, defende a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, gosta do estilo do Papa Francisco, indigna-se com a pobreza e com a injustiça.
Maria Clara Sottomayor, 48 anos, é a juíza mais nova na história do Supremo Tribunal de Justiça, uma instituição com sessenta juízes, dos quais só cinco são mulheres. A conselheira tem conta no Facebook e diz que os magistrados devem abrir-se ao mundo e às pessoas.
Excerto da entrevista:
A outra questão é que dos cerca de 60 juízes do STJ, só cinco são mulheres. A desigualdade de género que existe no país também se reflete aqui?
- De facto só há cinco juízas. Durante a ditadura, a lei proibia as mulheres de exercerem funções de autoridade e de ingressarem na magistratura e na diplomacia alegadamente porque eram muito emotivas. Mas já passaram quarenta anos e, apesar da igualdade no acesso se refletir nas outras instâncias, ainda não se faz sentir no Supremo. Há quem diga que não passou tempo suficiente para garantir a plena igualdade. A desigualdade projeta–se durante muitos anos, pois os homens estavam mais adiantados na carreira, mas o facto é que as mulheres têm sempre mais dificuldade em progredir porque são as principais cuidadoras dos filhos e da família.
Foi aos 14 anos que decidiu que queria estudar Direito e, na tomada de posse, disse que foi esta a sua resposta ao absurdo do mundo. O que é que a preocupava nessa altura?
Fui sempre muito sensível à injustiça. E estar no mundo, mesmo quando se tem pouca idade, implica observar e refletir. Tudo o que vi e ouvi, na terra onde passei a infância nas escolas que frequentei, ficou gravado no meu cérebro. Nunca ficava indiferente e cultivei o hábito de me posicionar a favor de quem está a ser lesado. Tive sempre este impulso.
Defende a coadoção e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo?
- Sim. Compreendo que as pessoas tenham reservas e receiem novas formas de família. Afinal todos gostamos de ver confirmadas as nossas crenças. Mas ser pai ou ser mãe é algo muito profundo. Tem que ver com valores morais, afetivos e emocionais que tanto têm os casais de sexo diferente como os do mesmo sexo. E a ciência confirma que as crianças que vivem com pais do mesmo sexo estão tão bem como as outras.
Dizem que é feminista…
- Ser feminista não é nada de extravagante, como erradamente se pensa, por preconceito. É ser defensora da igualdade de género e da igualdade de oportunidades para todas as pessoas, em prol de uma sociedade melhor. O movimento feminista tem lutado em todo o mundo pelas causas mais nobres que conheço: o direito de voto das mulheres, o acesso à educação, a igualdade de direitos e deveres no casamento, a autonomia da mulher casada e a independência económica das mulheres, a proteção das vítimas de violência e das crianças, só para citar alguns. Em Portugal, a igualdade só foi consagrada na Constituição de 1976 e, passados quase quarenta anos, verificamos que a desigualdade permanece nas práticas sociais, nas crenças e nas representações. Uma coisa é a igualdade formal, que temos; outra é a igualdade de facto, que não existe. Os salários das mulheres são mais baixos, os homens é que estão maioritariamente em cargos de responsabilidade e na política, as mulheres são as principais vítimas de violência e são silenciadas. A desigualdade não é um problema que se resolva só com as leis, mas sim no plano social.
Cartão de Visita
Triângulo Felpudo, maior de idade, Português, nem baixo nem alto, peso na média, não possui caralho colossal, não dá três sem tirar, nunca fez uma cena a três, alimenta sérias objecções higiénicas ao sexo grupal, não é sedutor, não é irresistível, não está em forma, não se entusiasma com o Benfica, nem com a perspectiva de sexo anal.
Mas fode.
20 março 2014
amo-te
não são palavras que te digo
nem gestos que ensaio
não é o sorriso quando te olho
nem o desejo que escondo
não é adormecer nos teus braços
como se estivesses ao meu lado
não é acordar a pensar em ti
à procura de te encontrar
não é a calma ao teu lado
ou o desassossego de não te ter
é tudo o que sinto
é tudo o que quero
mas não sei escrever...
Militar e "mulher" das Caldas da Rainha
No 10º Encontra-a-Funda, em 23 de Novembro de 2008, fomos visitar a oficina do sr. Francisco Agostinho, em Chão da Parada. Conhecido pelos amigos como «Chico das Pichas», o sr. Chico é, com a sua esposa, D. Cassilda Figueiredo, um dos últimos fabricantes da louça malandra das Caldas.
Cantámos-lhe uma música com letra do Charlie («A lenda oculta das Caldas e o Chico das Piças») e o Raim fez e ofereceu-lhe uma caricatura, emoldurada.
Aproveitei para comprar duas piç... peças, para a minha colecção:
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Cantámos-lhe uma música com letra do Charlie («A lenda oculta das Caldas e o Chico das Piças») e o Raim fez e ofereceu-lhe uma caricatura, emoldurada.
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