29 janeiro 2015

«A cabra Carriça» - Bartolomeu

"Também tive uma cabra, chamava-se Carriça. 
Lembro-me bem que era uma cabra fingida e me obrigou a rabear bastante até que cedesse às minhas investidas apaixonadas. Ofereci-lhe flores, chocolates, até um anel mas, para minha surpresa, só se deixou convencer quando certo dia lhe levei um pucarinho de aveia.
O diacho foi que, quando estava já deliciosamente a papar-lhe a belíssima greta, enquanto em simultâneo lhe afagava um par de generosas tetas apareceu, sem que eu desse por isso, o marido. E não é que o sacana, aproveitando-se da minha nudez e da posição em que me encontrava, não foi de modas, levantou as patas da frente e encavou-me o piço até às guelras que até vi estrelas. Mas pronto, como sou um gajo com um apurado sentido de democracia, pensei: olha, Bart, já que está, deixa estar e não te mexas, não vá o cabrão mudar de ideias e em lugar de te enrabar, dar-te uma marrada... ou duas.
A partir daquele dia, sempre que ia trepar na Carriça, o sacana do cabrão aparecia sempre. Cheguei a duvidar se ia lá pela pachacha da cabra ou pelo piçalho do cabrão. E se o cabrão lá ia para me comer a peidola, ou se ia porque gostava de me ver comer-lhe a cabra..."


Bartolomeu