"O Toino chega a casa e apressado procura a sua Gerinvázia. Dá com ela espichada no parapeito, estendendo a roupinha acabada de lavar. Sem beijos nem carícias, puxa-a para dentro e apressadamente explica-lhe:
Gerinvázia um colega lá da fábreca, ensenou-me uma manêra nova de federe, que é do melhore que ha, anda cá deprexa que já estou todo atesuado.
- Ai, Toino, caráxas, dêxa-me ao menos acabar de stender a roupa...
- Qual roupa, qual caralho, vamos é já dar a cavalada como o mê colega me disse.
- Foda-se, Toino, tanta pressa, pera aí pró menos tirar o avintal.
- Anda cá, Gerinvázia, metes-te aqui ao fundo do corredor cas saias pela cabeça queu vou lá pá outra ponta. Quando eu disser, abres bem as pernas, hem?...
- Prontos, Toino, vai lá.
- Abre as pernas, Gerinváziaaaaaaa, aí vou eu....
O Toino, com as pressas, tropeça numa dobra da passadeira de tiras, comprada na feira ao cigano Nelo (não, não é o mesmo) estatela-se e dá com a moca no soalho.
- Ai... ai... ui... - contorce-se de dor agarrado ao macambúzio, enquanto a Gerinvázia, erguendo-se lentamente e olhando para o Toino, reclama:
- Mas que filha da puta de foda é essa que só tu é que gozas?
Falcão"
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Uma por dia tira a azia