04 agosto 2006

A cadelinha do Falcão

"Durante alguns anos residi na zona de Cascais e tive nessa época uma cadelinha amorosa, rafeirinha, a que chamava Pipi.
Por brincadeirinha, quando passeávamos pela marginal ou pela Guia e se aproximava alguma representante do belo sexo, eu, angelicamente chamava:

- Pipi, vem cá ao dono.
Devo confessar que alguns sorrisos, mais ou menos displicentes brindavam a minha «infantilidade». Desisti do processo quando percebi que a minha Pipi atraía muito mais a atenção das passeantes se ficássemos discretamente sentados no paredão da praia dos pescadores. Posso garantir-lhes, queridos amigos, que a minha Pipizinha, mesmo sem conseguir exprimir um único latido em francês, inglês, espanhol ou italiano, proporcionou-me «conhecer» algumas simpáticas meninas. Agora que estou a relembrar esta época, reflicto... e se em vez de uma simples cadelinha, passeasse uma esplêndida égua lusitana?
Ai, a mania das grandezas...

Falcão"

Estou a imaginar-te a atirares um pauzinho à cadela e a gritares:
- Busca Pipi!
Falcão - "Ou então... dar-lhe um doce e exclamar, lambe Pipi! Ai, as coisas que se podem dizer (à) Pipi..."

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