15 novembro 2006

Garupa


A sua mão escorreu por mim como leite condensado, a desenhar rebordos nos seios, na linha de cintura, nas ancas e enquanto estendia o guardanapo para envolver a minha cereja encapuçada, gotejava os cinco dedos pela cornucópia pélvica e pelos pãezinhos-de-deus das nádegas.

Ergui-o pelos cabelos e apliquei a mão a levedar a massa até lhe encontrar a consistência desejada, momento em que me deixei tombar de cotovelos na cómoda, alardeando as nádegas lisas e com o dedo médio, a abertura para enfornar três dedos abaixo. Sacudi os longos cabelos escorridos com um abanar de cabeça enquanto ele me segurava a garupa naquele ritmo de língua-de-sogra soprada por uma criança que não pára enquanto não esfodaça aquilo tudo.

Nem ele gritou Ooooh Silver nem eu me fiquei pelo Oooh yesssssss mas centenas de onomatopeias rolaram pelas paredes húmidas de condensação, após o que me virei para lhe penetrar a boca com a língua e abraçá-lo e beijá-lo no coto do braço esquerdo, ali mesmo à altura dos meus lábios molhados.

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