"Vou contar uma que se passou com um motorista que conheci.
Era motorista de um coronel, casado e que era comandante de uma região militar, acho que do sul, ou coisa que o valha. Resumindo, o coronel passava temporadas a sul, a mulher em Lisboa, porque não «curtia» a monotonia de um quartel.
Por vezes, o motorista que conheci vinha a Lisboa buscar a senhora para passar um ou dois dias com o marido e depois voltava a trazê-la.
Numa das viagens de regresso, ao passarem junto a um terreno onde pastavam vacas e... bois, a senhora perguntou lá de trás ao motorista, se ele sabia como é que os bois conheciam quando as vacas estavam com o cio. O homem ficou um tanto embasbacado com a pergunta e preferiu calar-se, mas a senhora insistiu, acrescentando: "os bois, ou os cavalos... ou os cães..."
O motorista meio receoso, lá respondeu, todo cerimonioso... pelo cheiro, minha senhora, e deitando o «rabo do olho» pelo retrovisor, percebeu que a senhora se mexia inquieta no banco, mas mantêve-se calado o resto do percurso e a senhora também.
Chegados a Lisboa, parou o carro, saiu e abriu a porta para a senhora sair. Ela saiu, parou um segundo à frente dele e olhando-o nos olhos, disse-lhe:
- O melhor que tem a fazer é consultar um otorrino.
Neste caso seria mais um rino, porque dos oto, acho que ele estava bem de mais.
Mas a gaja era a mulher do patrão...
Bartolomeu"
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