A todos os meus amantes parece-me que tenho dito - e algumas vezes até com palavras - não me enches, não me chegas! Mas terei eu culpa de tão grande vazio dentro de mim? E terei eu culpa que escolham os dedos das mãos e que apenas os das mãos estiquem para aqui chegar? É sempre tão curta, a carne. E aqueles que eu puxei para dentro de mim? Sentiram-se pairar no meu vazio, desamparados. Terei eu culpa que não saibam que não existem só os vazios que estão vazios? Será minha culpa que não saibam que eu estou dentro de mim? É que eu só tenho esta escolha; não tenho escolha senão viver dentro de mim. Ouve-me, este é o meu grito!
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Uma por dia tira a azia