O céu da madrugada num local desabitado enche-nos o peito com a visão das estrelas aos milhões, o lado de fora da janela para o infinito que espreitamos enquanto lhe sonhamos a imensidão que nos esmaga, tão pequenos que somos, e ao mesmo tempo agiganta o instinto explorador.
Um beijo que nos invade com o amor universal, a ânsia do prazer carnal instigada pela emoção que a beleza da madrugada induz. O céu, testemunha involuntária, que cora sob o efeito da primeira luz da manhã e despeja tons de laranja nos olhares de amantes abraçados para combaterem o frio da brisa que agita a pele num suave arrepio, tela panorâmica acima do horizonte sem fim, que sopra como se fosse seu o papel de apagar as estrelas como se fossem velas de uma ceia romântica no terraço do mundo de onde, tão grandes nos sentimos, finalmente assistimos ao nascer de mais um dia que exigimos feliz.
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Uma por dia tira a azia