Sou de um tempo em que o amor se dizia, mais do que se escrevia, olhos nos olhos da emoção que tanto intimidava na enorme luta que travava com o medo da rejeição.
Sou de um tempo em que a amizade se vivia, mais do que se prometia, mão na mão da força que tanto consolidava a confiança que se depositava sem temer a traição.
Também sou de um tempo em que a paixão acontecia, mais do que se fingia, lábios nos lábios da atracção poderosa que tanto nos acelerava a pedalada do coração.
Sou de um tempo que passava com vontade de avançar vida fora até ao tempo que é agora sem desistir de sonhar.
E por isso também sou de um tempo que ainda está por chegar.
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Uma por dia tira a azia