06 abril 2012

«Bocavid Mourão-Ferreira» - Patife

Ontem mascarei-me de espadachim e mascarei o Pacheco de espada. Dada a mestria a manobrar o Pacheco maquilhado de espada, acho profundamente injusto que o David Mourão-Ferreira tenha sido condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. O Pacheco é que é o Grande Oficial deste Cavalheiro que vos escreve. Por isso, hoje acordei a pensar que se o Bocage e o David Mourão-Ferreira fossem um só, podiam ter criado assombros poéticos que justificassem a não entrega desta condecoração aqui ao Pacheco. E se o Bocage e o David Mourão-Ferreira fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Noite Apressada

Era uma queca apressada
depois de um dia tão lento.
Era uma pachacha encarnada
aberta nesse momento.
Era uma boca fechada
sob a mordaça de um lenço.
Era afinal quase nada,
mas o nabo era imenso!

Imensa, a meita perdida
no meio do chavascal;
imensa, a picha da vida
no seu movimento imperial;
imensa, na despedida,
a estucada final.

Era uma chona emproada
pronta a receber este portento.
Era a minha picha enfiada
pronta a dar um aviamento.
Era uma chona assaltada,
por um bacamarte sedento
Era afinal quase nada,
mas o nabo era imenso!

Imensa, a boca decidida
mais parecia uma catedral;
imensa, a voz diluída
com a pressão nabal
imensa, foi toda mordida,
numa brochada fatal!


Patife
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