Posso apaixonar-me por uma mulher e todos os dias dizer para mim mesmo que tenho sorte em tê-la encontrado. Mais sorte ainda por ela se ter apaixonado por mim da mesma forma que eu apaixonei por ela. Só que a sorte nunca chega para aguentar um Amor de pé, e é por isso que todos os dias, na mulher que eu Amo, procuro as razões desse Amor. Encontro-as em tudo: no corpo, no cheiro, no olhar, nas lágrimas, no ombro, nos pés, na voz, no sono, no sexo e até no adeus. Depois espanto-me por ver tanto daquilo que à partida me parecia invisível.
Conheci a Eugénia por sorte há uns anos, num pequeno passeio que fiz a Braga. Desde então, tenho encontrado em cada livro seu mais uma razão para a ter conhecido. O Zapping Sobre As Madrugadas Idênticas pode ser comprado nestes sítios. Por acaso ou por opção.
"Ver a verdade não é possuir a verdade. Ver a tristeza é possuir a tristeza. Só a reconhecemos porque temos espaço disponível para a sustentar e porque já fomos tristes, já fomos felizes, já fomos contentes, já fomos e sentimos. Já agimos em função desses estados e sabemos que para conseguirmos expulsá-los temos que os reconhecer."
in Zapping Sobre As Madrugadas Idênticas, Eugénia Brito, edição de autor, 2011
Prémio Literário Cidade de Almada 2010
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»