30 junho 2013

«Poema da buceta cabeluda» - de Bráulio Tavares


Poema da buceta cabeluda from Pequenos Delitos on Vimeo.

«A turma dos matulões» - Quito Pereira


O professor de Geografia era bruto. Um grande bruto. Um dia, se não me baixava, quando sentado na carteira ouvia mais uma lição sobre os Montes Apalaches, levava com a cana na cabeça, arremessada com a força e a maestria de um lançador de dardo. Mas tinha razão o austero professor, descontando os seus acessos de fúria. Na verdade, os alunos deixavam muito a desejar. Namoradeiros, faltavam com frequência às aulas, para se embrenharem pelo Jardim da Sereia, onde faziam juras de amor às desprevenidas donzelas, que embarcavam desfalecidas na nau argumentativa dos farsantes.
Na realidade, a única disciplina que levavam a peito, até só era dada na Universidade: anatomia comparada.
Quando a professora de História Universal, apareceu vestida de preto no seu traje de viúva, houve um esgar de espanto na arena. Trinta e poucos anos muito bem conservados e um vestido justo que pôs o Pedro Chá-Chá a delirar de entusiasmo, enquanto descascava umas pevides com aquele barulho irritante que vinha lá do fundo da sala. Trac–trac-trac…
Ela, a professora, talvez já avisada que ao entrar na sala de aula era mesma coisa que embarcar num navio de corsários, quis impor-se logo de início. Hirta e solene na secretária, que por infelicidade dela e gáudio dos galfarros deixava ver as pernas bronzeadas e bem moldadas, a docente por decoro sentava-se de lado, como se tivesse um furúnculo na região glútea.
Descaradamente, a classe dos pardalões não disfarçava nada, com os olhos pregados no fundo da secretária, muitos mais interessados nos atributos da Senhora, que nas barbaridades jacobinas do Senhor Robespierre.
Foi então que a paciente professora, pediu um livro de História Universal para consultar. Azar o dela. Avançou então o compêndio do Francisco Mendes que, pacientemente, tinha recortado de um livro todas as caras das figuras de Walt Disney e colado nas imagens dos grandes vultos da Historia. Assim, Luís XVI com as suas sumptuosas vestes, com a cara de um dos irmãos Metralha, Maria Antonieta com a risonha simpatia da pata Margarida e Napoleão Bonaparte montado no seu cavalo rampante, com o rosto do avarento Tio Patinhas. Foi então, que aquele semblante carrancudo da viúva triste se desfez. Cada virar de página, uma gargalhada. Decididamente, a entusiasmante professora tinha perdido o controlo da nave dos loucos.
Porém, a turma dos matulões tinha por ela um certo carinho e consideração. Talvez por ser tão nova e desamparada de marido, embora se perceba que o que não faltava era ombros onde pudesse encostar a cabeça, ávida de uma palavra de conforto.
Mas a consideração que tínhamos por ela, nada a tinha a ver com o respeito que um padre idoso que um dia lá apareceu, também nos deveria merecer, para lecionar uma nova disciplina: MORAL …
O Padre Bento, diretor do Colégio, achou que os desvairados alunos precisavam urgentemente de umas lições que iluminasse o caminho dos desavindos. Achou mal. No dia em que um padre amparado numa bengala, recrutado no seminário, apareceu para a primeira aula, o grupo olhou-o com desconfiança e de sobrolho franzido. O velho padre, dialogante, quis pôr a turma à vontade. Perguntem o que quiserem meus filhos, até podemos falar das dúvidas e angústias que vos atormentam sobre a vida sexual – disse ele com a sua bonomia clerical estampada nas bochechas gordas e rosadas. Fez mal. Porque as perguntas e dúvidas eram de tal maneira escabrosas, que o ancião pediu a demissão. À segunda aula, acabou-se a disciplina de Moral.
Há tempos, encontrei o Valera, também ele ex - aluno do Colégio naquela época. É hoje general do exército angolano, terra onde nasceu e reside. Foi com emoção que nos abraçamos. Jamais o reconheceria de tão diferente que está. Mais de quarenta anos passados, o reencontro. E lembrámos as tropelias e diabruras de que também fomos cúmplices no Dom João de Castro. E rimos até às lágrimas…
Quito Pereira
Blog Encontro de Gerações do Bairro Norton de Matos

Swapa-me



HenriCartoon

Cartão cliente


Aquela relação de cartão cliente, com os papéis preenchidos na Conservatória Civil, funcionava para ambas as partes. Quanto mais uso, maiores eram os descontos. Um exemplo disso é que por vezes as duas meias pernas viam a sua depilação remetida para segundo plano por outros afazeres e ele enganchava as deles nas minhas, como se não estivéssemos a rechear um peru sem previamente o ter chamuscado. Noutras alturas, ele chegava a casa à beira de um ataque de exaustão e por manifesta carência de forças que quase só lhe mexiam os olhinhos, atirava-se derrotado para o sofá e eu acercava-me de mansinho, corria-lhe o fecho das calças e fazia saltar para as minhas mãos o pardalito atordoado alisando-lhe as penas em bicadinhas e lambidelas molhadas para o arrebitar.

É claro que estes cartões de fidelização nos iludem com os descontos e acabamos por insistir nas compras como uma obrigação ou carregamos com embrulhos que de outra forma não compraríamos como o tio chato como a potassa, a sogra intrometida como o bico de um aspirador ou um daqueles animais de estimação que desenham com rasgos de génio nos sofás e cortinados ou que nos obrigam a ir à rua três vezes ao dia faça sol ou faça chuva. Fora aqueles dias em que cada um ocupa todo o espaço dos expositores e o outro fica a mais em qualquer canto que seja.

Nada disto acontece no mundo perfeito das compras extraordinárias sem cartão, nos dias marcados em que os produtos se apresentam a 100% da atractividade como numa expo-qualquer-coisa, tanto mais que estes frescos têm um prazo de validade limitado. O único azarito é que se nesse dia falhar a temperatura ambiente não há desconto para ninguém.


Abecedário do sexo



Via Saute Narcisse

29 junho 2013

«Eyes With Shit» (pastiche de «Eyes Wide Shut»)


Eyes With Shit...(Eyes Wide Shut pastiche) from Patrice De Bruyne on Vimeo.

«conversa 1995» - bagaço amarelo

Ela - Precisei chegar aos quarenta para deixar de ter problemas com homens.
Eu - Maturidade?
Ela - Solidão. Com esta idade já ninguém me quer...
Eu - Lá vem essa história da carochinha...
Ela - Da carochinha?
Eu - Sim. Falas como se só as mulheres envelhecessem.
Ela - Os homens envelhecem no corpo, mas na mentalidade não. Tens razão... também é uma questão de maturidade.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Jarro das Caldas da Rainha com pega

Uma variante interessante da louça típica das Caldas que tenho na minha colecção.


Um sábado qualquer... - «Valeu a tentativa»



Um sábado qualquer...

27 junho 2013

Colecção de pacotes de açúcar «O Falo das Caldas - Tradição e Inovação»

Boas novas que recebi hoje:

"Caras e caros confrades.
A tão esperada colecção de pacotes de açúcar "O Falo das Caldas - Tradição e Inovação" vai ser finalmente apresentada ao público no dia 5 de Julho (6ª feira), numa sessão quer terá início às 18.30 horas, no salão nobre da Junta de freguesia de Nossa Senhora do Pópulo (antiga Câmara Municipal).
O evento merece um porto de honra acompanhado por doces malandrices... E assim será!
As peças que deram origem à colecção vão estar em exposição no átrio da junta de freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, não no dia dia 5 mas no sábado seguinte, dia 13 de Junho  das 10.00 às 23.00 horas, por forma a coincidir com o 2º Bazar à Noite que se irá realizar nesse dia na Praça da Fruta.
Trata-se de uma edição limitada e vocacionada para coleccionismo  constituindo uma inédita homenagem à tradição fálica caldense e, ao mesmo tempo, um meio de angariação de fundos para a Confraria do Príapo.
Antes de tornar pública a colecção e da mesma entrar no mercado coleccionista  estamos a fazer a sua divulgação prévia aos caríssimos Confrades que, deste modo, poderão manifestar o interesse na sua aquisição. Por comum acordo com os nossos parceiros coleccionistas, cada série será vendida pelo preço de 10 euros.
Saudações priapianas,
Edgar Ximenes
Presidente da Direção da Confraria do Príapo"

Já fiz a encomendinha destes pacotes de açúcar para a minha colecção. Entretanto, aproveitei para enviar uma mensagem para os meus confrades e confreiras:

"Muito bom! Parabéns!
Quero uma série para a minha colecção.
Já agora, aproveito para informar que firmei um acordo de parceria com uma empresa para a instalação da exposição permanente da minha colecção de arte erótica (...) em Lisboa.
Estamos neste momento a avançar já com a fase de projecto.
Embora, com muita pena minha, não se tenha concretizado o que eu durante muitos anos tentei - que a minha colecção ficasse nas Caldas da Rainha - da minha parte estou disponível para que o artesanato erótico das Caldas esteja devida e merecidamente representado nesse espaço, quer em termos de exposição, quer em termos de loja, quer ainda em termos de promoção e divulgação. Assim haja, mais do que vontade, interesse legítimo e demonstrado na prática por parte dos artesãos, do Município, da Confraria do Príapo e de outras entidades que directa ou indirectamente vejam vantagens potenciais nesta oportunidade.
Oportunamente auscultar-vos-ei com detalhes sobre o que proponho e, obviamente, estarei receptiva e agradecida por todas as sugestões e propostas que entendam apresentar-me.
Boa continuação de semana para todos
São Rosas"

Deliciem-se com os 8 pacotes de açúcar, com imagens de peças emblemáticas de (re)criadores de artesanato erótico das Caldas da Rainha:









A malta anda agitada

«Túnel do Grelo» - Patife

Não há muito mais a dizer. Este fim-de-semana fui pinar uma gaja que vivia em Bucelas. Para lá chegar tive de passar no Túnel do Grilo. O que funcionou como uma espécie de preliminares, pois assim que lá cheguei aventei logo que já podia ir directo para o Túnel do Grelo. Ela pareceu não gostar do comentário. Chamou-me ordinário e sugeriu que eu guardasse essas coisas para os momentos apropriados. Ia pedir esclarecimentos mas sou perspicaz. Por isso, foi precisamente quando lhe estava a rebentar as bimbas da chona com esta assustadora verga que gritei um apropriadíssimo ao momento “Toma no túnel do grelo!”. Gostava que vissem a expressão da moça. A sério. Assim entre o pânico e o desolado, com uns fragmentos de incredulidade pelo meio. Foi remédio santo, pois com o esgar de horror comprimiu as bordas lassas da pachacha e ficou tão apertadinha como uma senisga pré-baile de finalistas.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Uncut

Jan van Huysum

Há algures uma fotografia, creio que de Mapplethorpe, onde a mão de um homem segura um prepúcio que, de tão vasto e carnudo, se assemelha a esta magnífica rosa pintada por Jan van Huysum no século XVII.
Na foto não há vestígio de formiga, nem de qualquer outro animal menos aconselhável.
Esta similitude interessante faz-me reflectir no facto de ser dado como certo que um prepúcio carnudo, espaçoso, extenso e desenvolvido, prova que pertence a um pénis que, erecto, vai atingir proporções significativas, humilhando a equipa que no balneário compara muito discretamente os pénis que pendem ao sabor do sabonete. A proporção do prepúcio indicia a capacidade do pénis de se distender e de crescer sem um travão limitado. Quanto maior for o capuz, maior será a cabeça que protege.
Esta conclusão, sem qualquer base científica que a sustente e a levante, é básica e parece evidente e, mais do que parecer, é comprovada pelas experiências que tenho a sorte de vivenciar. Os “uncut” estão, nesta perspectiva, em desvantagem. Adivinhamos as dimensões do teatro pelo tamanho da cortina.  

Camille

Toc toc

E você nota a chegada de e-mail novinho na sua caixa de entrada.



Garanto que o outro mensageiro está se debulhando em gargalhos na outra torre.

Capinaremos.com

26 junho 2013

«Horizonte» - João

"Dizias-me que ias espreitando, acima das águas, de vez em quando. Na praia, longe, estava eu sentado, com a minha fogueira, acesa dia e noite, queimando madeira em labaredas enormes, visíveis a muitos quilómetros da costa. Muitos quilómetros, por oposição a muito poucos milímetros, quando o tempo era outro e as noites mais longas, quando se passava por torres muito altas onde a paisagem era extensa mas invisível, sob um manto de nevoeiro espesso que nos remetia para o escuro e para o silêncio interrompido pela pele contra a pele. Dizias-me que ias espreitando, de vez em quando, só para ver a fogueira. Só para me ver. Um sinal de vida, um sinal do calor, a certeza de uma chama activa. E disseste que me preocupasse quando deixasses de aparecer. Quando deixasses de espreitar, erguendo a cabeça acima das águas, deixando de olhar para a praia, deixando de procurar o meu cheiro no vento.

Enterrados os pés na areia, atiço a chama com um galho próximo, e observo o horizonte, atento, varrendo com o olhar tudo quanto à minha frente se apresenta. E não te tenho visto. Não te tenho ouvido. O vento não tem carregado com ele o teu cheiro. Inquieto-me, afundando os pés da areia fina, achando que chegou o tempo da profecia, o tempo em que devia preocupar-me, como havias dito, que seria mau sinal, que seria da côr das costas voltadas quando deixasses de aparecer no horizonte, quando do meu varrimento resultasse o nada. Deixando o galho chamuscado cair sobre a areia, já envidraçada do calor, talvez fosse, então, de deixar a fogueira esmorecer. Se já não existem sereias nem barcos ao largo para guiar, talvez fosse, talvez seja, de deixar as labaredas cair ao vento, deitá-las para dormir, tirar-lhes, a pouco e pouco, a madeira para queimar, devagarinho, sem pressa, até ficar apenas uma chama-piloto, como nos esquentadores, até que um qualquer olhar acima das águas consiga discernir uma luzinha pequena, acesa, testemunho, ou uma mão rode por fim a torneira que chama a água quente, bem quente, que molhe e escalde, que convide às mãos que ensaboam e traçam, a espuma, caminhos conhecidos, que da água levam à praia e aos lábios mordidos."

João
Geografia das Curvas

Priguntas do Nelo: covas???


Melhéres!

Adevinheim:

Perque quéu nam asho grassa au nóço prezidente?

(quem adevinhar, gánha um broshe, ofressido pelo Nelo)
çe nam adevinhareim, tou ali atrásh do armáirio

«jantar inesperado» - bagaço amarelo

Foi dos encontros mais esquisitos que já tive com uma mulher. Não por causa dela, note-se, mas sim por causa dum amigo meu que estava apaixonadíssimo por ela. Eu nem sequer a conhecia pessoalmente. Apenas tinha ouvido falar bastante dela, através dele.
No trabalho, sempre que fazíamos o mesmo turno, ele não falava doutra coisa. Era a Dora para aqui, a Dora para ali. Enfim, não se calava com a Dora. O problema é que esse amigo meu era bastante tímido e não tinha a coragem de dar o primeiro passo. Eram os dois frequentadores do mesmo ginásio e ele até já ficava à espera que ela chegasse, para poder entrar, de forma disfarçada, mais ou menos ao mesmo tempo. Depois tentava correr numa passadeira perto dela, frequentar as mesmas aulas de exercícios que ela, etc, mas nunca lhe dirigia a palavra. Fora isso, passava o tempo todo do trabalho a falar-me dela.
Um dia lá acabou por ter coragem, penso que por ela lhe ter sorrido timidamente, e aproximou-se para a convidar a jantar fora. Só que na hora da verdade enfraqueceu e acabou por lhe dizer qualquer coisa do género: "tenho um amigo que não conheces, mas que me pediu para te perguntar se aceitas ir jantar com ele". E foi assim que acabei, num sábado ao fim da tarde, num restaurante do Porto à espera duma mulher que nunca tinha visto na vida.
Cheguei primeiro e fui bebendo uma cerveja na mesa reservada para nós. O plano improvisado era, depois do jantar, conseguir levá-la a um bar na Ribeira onde ele estaria. Quando ela se aproximou e me perguntou se eu era eu, admito que senti uma choque na espinha. Era realmente bonita e atraente. Além disso, tinha uma voz que parecia um violino sempre afinado. Tinha os cabelos relativamente curtos e loiros, uns olhos verdes do tamanho do mundo e os lábios ligeiramente sobressaídos. Sentou-se e começou a falar abertamente comigo, com um à vontade espontâneo e sedutor, enquanto eu me encolhia cada vez mais na cadeira e me refugiava nos copos que ia bebendo.
Para além de uma beleza rara, era também capaz de falar de tudo e mais alguma coisa, mesmo daquilo que admitia não conhecer muito bem. Para mim, isso era apaixonante. Acabei por ser um ouvinte durante toda a noite e por esquecer completamente o meu amigo que, entretanto, era suposto estar à minha espera no bar. Não foi uma atitude consciente. Apenas fiquei como que hipnotizado e, quando dei por mim, estava com ela numa discoteca qualquer, penso que em Leça da Palmeira. Só me lembrei dele quando, já a noite ia longa, ela me perguntou por ele.

- Então não chamas o Daniel para vir cá ter? - perguntou.
- Posso chamar... - respondi, já sem saber o que fazer.
- É claro que eu não acredito que o jantar era para ser contigo. Ele é que é um tímido e um trapalhão. Até pensei que vocês tinham um esquema para ele se encontrar comigo depois do jantar...

Acabei por lhe confessar que me tinha esquecido totalmente do meu amigo e que, àquela hora, provavelmente ele estava com vontade de me matar num bar da Ribeira. Peguei no telefone e reparei que tinha uma chamada dele não atendida. Depois telefonei-lhe insistentemente e ele não atendeu. Acabei por desistir e sentir-me um bocado mal com tudo aquilo.
A Dora reparou que eu estava alterado, foi buscar duas cervejas e sentou-se ao meu lado, como que à espera que eu lhe contasse o meu problema. Contei-lhe tudo, incluindo que não sabia como é que ia enfrentar o meu amigo dois dias depois, no trabalho, e dizer-lhe simplesmente: "desculpa lá! esqueci-me completamente de ti no outro dia porque a miúda era mesmo gira e eu perdi a capacidade de raciocínio".

- Não faz mal! - disse ela - A mim tiraste-me duma situação que podia ser embaraçosa, porque eu não gosto dele. Aliás, nem dele nem de ti. Só aceitei jantar para me divertir à vossa custa um bocadinho. Para te ser sincera, eu nem sequer me apaixono por homens. Só por mulheres.

Tive um ataque de riso. Ela também. Nesses tempos acabou por ser uma das minhas melhores amigas, e eu acabei por contar tudo ao Daniel, que no princípio amuou durante algum tempo, mas depois acabou por esquecer o assunto.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Intifoda

Beijos feitos granadas na explosão dos corpos a foder como se estivessem a combater a morte com a sua mais evidente negação.

Feministas...



Via Meus Nervos!

25 junho 2013

Postalinho botânico

"Não sei se conhece a Hydnora Africana, mas tenho a certeza que se não a conhecer vai achar piada a algumas fotos...
Um Abraço
Cláudio Rama"




Eva portuguesa - «Danificada»

Sinto-me quebrada, partida, estragada...
Como se fosse um artigo em segunda mão defeituoso que ninguém vai querer....
Acho que a primeira vez que me senti assim foi quando a minha mãe morreu, tinha eu 11 anos. Todas as amigas diziam: a minha mãe isto, a minha mãe aquilo, vou com a minha mãe,etc... e no dia da mãe?! Sentia-me estranha, envergonhada até, pois não tinha ninguém a quem oferecer nada, uma mãe com quem fizesse planos. A palavra mãe tinha desaparecido do meu vocabulário... e isso fez-me sentir estragada, incompleta, como se tivesse um defeito....
Voltei a sentir-me quebrada quando me divorciei, como se não conseguisse levar uma tarefa até ao fim, senti que falhei, que me desiludi a mim e aos outros... e o facto de os amigos comuns se afastarem ainda aumentou mais a sensação de ser defeituosa... como aquela boneca que deixamos de gostar e mandamos para o fundo do armário ou, pior, deitamos fora....
Voltei a sentir-me um artigo com defeito quando fiquei desempregada a primeira vez... não o previ, não o mereci, não o adivinhava... e mais uma vez senti-me estragada, com defeito...
Em cada relação amorosa, que rapidamente se transformava em desastre amoroso, partia mais um pouquinho de mim, tornava-me mais estragada...
Creio que o culminar de tudo isto foi quando perdi aquele que seria o meu segundo filho no quinto mês de gravidez. Aí sim, senti que tudo em mim se partira, quebrara, estragara... Aí percebi claramente o quão estragada estou...
E, sejamos sinceros, depois de tudo isto e da entrada no mundo da prostituição, quem vai querer (e não me refiro ao sexualmente, mas sim à vida) alguém tão danificado como eu?...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«Sal» - Susana Duarte

saber das lágrimas é saber das grutas
de sal, onde o mar habita, e as mãos se perdem
entre algas, limos, prados marinhos dos olhos
e salinas montanhas de solidão na noite.

as lágrimas são reinos de sol, e de sal,
onde aves marinhas ondeiam círculos de liberdade
e elos de paixão. albatrozes sobrevoam os braços,
e asas de mar salgam a vida. estás onde
as asas se perdem e as escamas vivem.
estás onde o sol aquece as águas e o ventre.
estás onde o albatroz pia e chama o mar em si.
estás onde gotas de água se espalham na noite.
estás onde o mar nos recua as areias da língua,
e onde a língua é sal, e fogo, e água, e mar
da existência. flor de todas as flores de todas
as águas, és a alga viva do meu corpo. as ondas
todas, onde me deito. o sal todo, da minha pele.
és, enfim, o voo de cada movimento, de cada
gota de água, de cada onda deste mar revolto
__________________que sou________________.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Casal apanhado

Placa rectangular em bronze com uma cena erótica...


... com detalhes muito curiosos...


... como o quadro na parede:


A partir de agora, ficam apanhados na minha colecção.

24 junho 2013

«Aqua panna» - vê-se que a água faz bem...


Aqua panna from Raphael Kourilsky on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (246)» - bagaço amarelo



Às vezes vou a casa duma amiga minha beber uma caneca de chá. Digo-o assim porque, por mais tempo que passe, é sempre para um chá que ela me convida. Seja de manhã, à tarde ou à noite, telefona-me de vez em quando e pergunta-me se quero ir beber chá. Admito que, não sendo um grande adepto dessa bebida, gosto muito do que ela faz e bebo-a com uma dose acrescentada de prazer. Não sei como é que ela faz, mas sei que para além de mergulhar a saqueta com uma planta qualquer na água a ferver, acrescenta ainda mais alguns ingredientes. Canela é um deles.
Há uns tempos, por qualquer motivo, acabou o assunto entre nós assim que ela me deu uma segunda caneca para beber. Eu tinha acabado de lhe dizer que gostava muito do chá dela, especialmente em noites frias como aquela, e ela tinha-me perguntado se eu queria aprender como é que se fazia.

- Não. - Respondi.

Não se sentiu ofendida. Calou-se, tal como eu, e encostou-se para trás no grande sofá da sala. Fez-se silêncio. Bebi todo aquele líquido saboroso em pequenos e delicados goles, para não fazer barulho. Não sei quanto tempo demorei, mas talvez uns quinze ou vinte minutos. O que eu sei é que foram quinze ou vinte minutos de tranquilidade total. Conseguia ouvir o respirar dela e, penso eu, o meu próprio bater do coração.
Depois, quando a caneca chegou ao fim, lá lhe expliquei porque é que não queria aprender a fazer o chá.

- Mesmo que me ensinasses a fazer este chá e mesmo que o conseguisse fazer da mesma forma, nunca ia ser igual. Já me habituei a bebê-lo aqui na tua casa, e é a estes momentos que eu associo este sabor e este conforto.

Ela sorriu. Percebeu, ou fingiu perceber, o que eu lhe tinha dito. Despedi-me e saí passado pouco tempo. No caminho para casa, de mãos nos bolsos e o casaco apertado até ao queixo para me proteger do frio, fui a pensar em como é confortável ter momentos destes. Pensei que nunca na vida conseguiria explicar a alguém a sua importância, até porque dizer que um dos momentos especiais que se tem na vida é quando se vai beber chá a casa duma amiga, pode parecer bizarro.
Foi nessa noite que decidi voltar a brincar com sons e experimentar fazer umas músicas. Estive até às quatro ou cinco da manhã a trabalhar e, assim que acabei, encontrei a minha amiga online no facebook. Mandei-lhe o mp3 por email e perguntei-lhe se ela conseguia ouvir tudo até ao fim.
Esperei uns minutos. Os cinco minutos e três segundos que a música tem e mais um bocado, sempre a olhar para o espaço em branco onde as letras escritas por ela apareceriam supostamente em qualquer altura. Era como se estivesse a olhar para o futuro e ele não quisesse ser presente.
Depois, por fim, ouvi o sinal de que tinha mensagem nova no facebook.

- É esquisita! - escreveu. - mas eu gostava de saber fazer músicas assim.
- Queres que eu te ensine a trabalhar com o software? - Perguntei.
- Não.

Não me explicou porquê.


USDA - Underground Sound Division of Aveiro
No Facebook e no Bandcamp

bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Ode às mulheres da vida» - poema de Miguel Torga

"Gatas humanas da rua,
Que poema de Janeiro!
Que epopeia branca e nua
Ao luar do mundo inteiro!

Amam? Não amam? Que importa
Saber mistérios alheios?
A carne pode estar morta
E ter quentura nos seios.

Encolhidas nos portais,
Debruçadas na janelas,
São amantes naturais
Prostitutas e donzelas.

Todas beijam, todas são
Aberta terra em pousio;
Calor de fecundação
Num desespero vazio.

Alguém passa, alguém as quer,
Alguém que é alto e moreno...
Como vai qualquer mulher
Senão assim, a um aceno?

E num quarto e numa cama,
E num lençol de amargura,
Nua e branca, quem é dama,
Ou mulher de vida impura?

Humildes servas de Deus,
Do Deus homem que as chama,
Que humanos versos os seus,
A brilhar na sua lama!"

Miguel Torga
in «Diário III» - Lisboa, 16 de Janeiro de 1946

Protegendo



Quem não se sente mais seguro com um colete salva vidas?

Capinaremos.com

23 junho 2013

20 anos dos D'Artesão

"Boa tarde

Para quem se interessar e estiver disposto a vir ao bar À Capella em Coimbra, dia 28 de Junho às 23h00.
E, claro, estão convidados a aparecer.

Texto de apresentação:
O erotismo constitui-se de desejo e imaginação, de liberdade e transgressão. É acção estética que inflama o prazer e o prolonga através do seu caracter íntimo , velado e secreto. Eis a elegância da sensualidade, da paixão e da ebulição emocional, enfim do erotismo.

A literatura erótico-satírica desnuda os desejos íntimos, dotando-os de corpo humano e acendendo a imaginação voluptuosa, oferecendo encenação e graça ao mesmo tempo que desafia a simples vulgarização e mecanização da sexualidade.

Com o intuito de dar a conhecer essa realidade poética, os D'Arte São constituíram-se há vinte anos (o primeiro espectáculo ocorreu a 25 de Março de 1993) tendo, desde essa altura, actuado um pouco por todo o país. No espectáculo de poesia-performance agora proposto, é feito um percurso por textos de consagrados mestres da literatura universal, numa partilha com o público da oralidade poética, onde os aspectos mais festivos da poesia terão lugar de destaque.

Autores:
Ovídio - (43 ac - 17 dc)
J. W. Goethe - (1749-1832)
Alvaro Magalhães - (1951-)
João de Deus - (1830-1896)
Adília Lopes - (1960-)
Cesáreo Verde - (1855-1886)
Guillaume Apollinaire - (1880-1918)
Nuno Bragança - (1929-1985)
Luis Pacheco - (1925-2008)
Fernando Lemos - (1926-)
Carlos Drummond de Andrade - (1902-1987)
Natália Correia - (1923-1993)
António Lobo Antunes - (1942-)
Júlio Machado Vaz - (1949-)
Alberto Pimenta - (1937-)
Ary dos Santos - (1936-1984)
Bocage - (1765-1805)
Fernando Correia Pina - (1954-)
Francisco Eugenio Tavares - (1867-1930)
Guerra Junqueiro - (1850-1923)
Marcial, Catulo e outros autores romanos - (Séc. 1ac-séc1 dc)

Abraço
João Curto"


100 palavras (brasileiras) para Vagina

A minha colecção vai ter um espaço de exposição permanente

Pensei que gostariam de saber que o Acordo de Parceria está assinado por ambas as partes.
Estou toda molhadinha.
Tanto esperei por este dia...

«Circulação monetária» - por Rui Felício


Era conhecido no bairro onde morava, como um simpático estoira-vergas, sempre envolvido em noitadas com muito álcool, discotecas, mulheres, patuscadas...
A meio do mês já costumava ter o dinheiro do ordenado totalmente espatifado, mas a Dona Gertrudes, sua mulher, ia segurando as pontas do orçamento familiar com os proventos que amealhava com os trabalhos de modista bem afreguesada que, de manhã à noite, ia executando em casa.
Mas depois de o Adrião Monteiro ter caído no desemprego e, especialmente, quando se esgotou o período em que andou a receber o magro subsidio, as coisas complicaram-se.
A Gertrudes trabalhava cada vez mais, mas, felizmente, tinha conseguido arranjar uma boa cliente, uma senhora que lhe encomendava belos vestidos.
Via-se que era uma senhora fina e que lhe pagava pontualmente o trabalho.
O Adrião, apesar das dificuldades financeiras, continuava a fazer o mesmo tipo de vida que fazia antes.
Andava até enrolado com a Carmen, uma espanhola de Málaga que há tempos conhecera numa boite de alterne dos arredores.
Estava-lhe na massa do sangue!
Passava as tardes fora de casa, prolongando muitas vezes as ausências pela noite dentro, sempre à custa dos dinheiros que pedia à Gertrudes que, condoída, achava que ele precisava de espairecer.
- Meu amor, custa-me tanto ter que te pedir, mas não me consegues arranjar cem euros?, perguntou, naquela manhã, o Adrião à mulher, enquanto lhe afagava o cabelo com carinho.
A Gertrudes virou para ele os olhos cansados, desfez-se da agulha e da linha com que costurava, sorriu-lhe e retribuiu o afago acariciando-lhe a mão.
Levantou-se e foi ao quarto onde tinha guardada uma nota de cem euros num pequeno guarda jóias de louça.
Desdobrou-a e reparou que alguém tinha escrito num canto, os dizeres:
“Nunca mais voltarás à minha mão”
Achou graça e escreveu a lápis, por baixo dos tais dizeres:
“Nem à minha!”
Voltou à sala e entregou-a ao marido que, refastelado no sofá, seguia atento o Big Brother.
- Obrigado meu amor. És uma querida, disse o Adrião, levantando-se e dando-lhe um beijo fugaz na face, metendo, apressado, a nota no bolso.
Dirigiu-se ao hall, mirou-se ao espelho dando um toque na madeixa de cabelo que lhe descaía para a testa e, antes de sair, ainda afivelou um ar pesaroso e perguntou à mulher:
- Se calhar este dinheiro faz-te falta, meu amor...
- Não te preocupes, querido. Hoje vou receber cem euros do vestido que fiz para aquela senhora fina de que te falei e que ultimamente me tem encomendado muitos trabalhos.
O Adrião saiu, mais descansado, e foi à sua vida.
Ao fim da tarde voltou, beijou a Gertrudes ainda agarrada à máquina de costura e sentou-se no sofá.
- Olha meu querido, já cá veio a tal cliente e pagou-me os cem euros do vestido, disse a Gertrudes, sorridente abanando a nota que tinha recebido.
Ao fazê-lo, reparou que, tal como a outra, tinha uns dizeres escritos por alguém.
Olhou melhor e nem queria acreditar!
A nota era a mesma, não havia dúvidas. Lá estava no canto, a lápis, com a sua caligrafia:
“Nem à minha!”
- Pode lá ser? Ripostou o Adrião, com o coração descompassado...
E em voz quase inaudível:
- Como é que se chama essa tua cliente?
- É a D. Carmen, respondeu pausadamente a Gertrudes...
Porquê, conhece-la?
- Eu? Não, nunca a vi, articulou a custo o Adrião.

EPÍLOGO
A D. Gertrudes divorciou-se e hoje é uma empresária de sucesso. Ficou com um hábito para o resto da vida. Não há nota que lhe passe pela mão que não lhe escreva uma marca identificativa...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Linguado


Lânguido, húmido e persistente era o seu beijo sempre que mutuamente nos escamavámos na viscosidade escorregadia das nossas secrecções. Eu era a sereia a espanejar a cauda e ele um tritão, dois seres completamente imaginários para aconchegar as nossas solidões como sardinhas em lata.

Podia nem haver palavras ou apenas as de circunstância que aquilo era como ir à enfermaria tomar uma vacina contra a tristeza e stress diários e ambos sabíamos disso que a puta da idade não permite acreditar em ilusões por mais que breves minutos.

E com as hormonas de prazer assim diluídas na corrente sanguínea lá íamos às nossas vidinhas ordenadas em mil ficheiros de obrigações de horários de trabalho, créditos bancários, filhos e cadilhos, como se tivéssemos todo o tempo do mundo para viver a vida noutra altura.

Sabe, Senhor Doutor, o linguado não me mata o desejo e como o azeite, apenas vem a cima para aspirar o pó dos dias.

«Monstro auto-chupador»


Via Penelope Gazin

22 junho 2013

«The Script System» - por Milo Moiré


"The Script System" from Milo Moiré on Vimeo.

«conversa 1989» - bagaço amarelo

(no carro dela)

Ela - Tenho que ir pôr gasolina.
Eu - Mas... ainda tens o depósito a meio.
Ela - Nunca deixo passar disto. Tenho medo de me distrair e ficar parada, sem gasolina, num sítio qualquer.
Eu - Está bem, compreendo. Mas pôr já gasolina quando ainda tens meio depósito é um exagero. Com o que tens fazes pelo menos duzentos quilómetros...
Ela - Não me interessa. Vou encher o depósito e pronto.
Eu - Pronto, okay... tu é que sabes...
Ela - Antes de me divorciar, acho que a última discussão que tive com o meu marido foi igualzinha a esta.
Eu - Que discussão de merda para se ter.
Ela - Estás a ver?! Achas que é uma discussão de merda para se ter entre marido e mulher, mas não achas que seja uma discussão de merda para se ter entre dois amigos.
Eu - Na verdade também acho.
Ela - Então porque é que começaste a tê-la comigo?!
Eu - Não sei... só estava a dizer que é muito cedo para pores gasolina...
Ela - Não, não. Estavas a criar uma discussão onde ela não devia existir.
Eu - Mas se ainda tens meio depósito...
Ela - E pensas que não sei isso?! Sou burra ou quê?! Eu sei que tenho meio depósito, mas o meu método de pôr gasolina é este. Podes ter respeito pelo meu método de pôr gasolina no meu automóvel?
Eu - Posso. Já cá não está quem falou.
Ela - Ah! Bom!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Tiara em plástico para festas

Há tanta diversidade de peças modernas com toques de malandrice que seria impossível abarcar tudo numa só colecção, além de serem peças que, na sua maioria, não têm grande interesse.
De qualquer forma, tenho na minha colecção algumas peças exemplificativas destas... modernices. Como esta tiara em plástico, especial para despedidas de solteira:



Um sábado qualquer... - «Argumentos»



Um sábado qualquer...

21 junho 2013

SobreKarga (banda do Chile) - «Historia de un Malón»


SobreKarga / Historia de un Malón / NSFW / Videoclip Oficial from Alvaro Pruneda on Vimeo.

Roma: diz que é amor ao contrário e assim.


Ai Sãozita, fui visitar Roma. Sim, a cidade que significa amor, mas ao contrário. Onde se come muita e boa pasta e gelados com sabores que nunca mais acabam. Sim, acabei por trazer 3kg a mais (e não foi na bagagem). O que me vale é que ouvi dizer na rádio que a almofadinha abdominal da gaija é coisa que o gaijo considera sexy. Por isso, siga!
Tinha as expectativas muito elevadas quanto aos italianos com os quais me poderia cruzar na rua: diziam-me que eram giros, de olho claro. Pois, está bem. Mas deviam ter estado TODOS a trabalhar durante os dias da minha visita. O único assim mais para o apessoado que vi acabou por ser mesmo na igreja. E era o padre.
Fiquei com as expectativas muito elevadas quando a guia me disse, no Vaticano, que iríamos ver uma escultura de um homem perfeito e blá blá blá... mas tudo o que resta é isto.
 


Uns com tão pouco e outros com tanto. A via delle tre pile, ali mesmo a cruzar com a via spagheti (que eu inventei, não existe no mapa nem sequer em Roma!) a fazer lembrar que nem tudo são estátuas com, ou melhor, SEM!
 


Não encontrei italianos lindos de morrer, mas delirei no Coliseu e no Panteão. E vá, uma ou outra igreja assim para o maravilhosa. Há coisas que se repetem nas ruas de Roma: igrejas, farmácias, gelatarias e lojas de cigarros electrónicos (deve ser moda!).

Beijinho bom na FundaSão!