Via CTRL+PELS
31 janeiro 2015
«O amor pode tardar mas não falta» - por Rui Felício
Enclausurada em casa, às vezes sentia-se abandonada, proscrita.
Como desejava que as mãos daquele homem bonito que vivia em frente a percorressem, que sentissem o perfume, a maciez, a textura e o aveludado do seu corpo!
Mas ele parecia nem reparar nela.
Nem um olhar fugaz lhe dirigia.
Era nova ainda, na força da vida.
Ele iria gostar dela quando lhe tocasse, quando o roçagar suave e sensual dos seus movimentos o despertassem.
Quando a apertasse nos braços ele ficaria rendido à sua beleza.
E ela alcançaria a felicidade. O seu sonho apaixonado seria finalmente realidade.
Tinha que se encontrar com ele.
Não podia continuar fechada em casa. Tinha que proporcionar um encontro com ele.
Subitamente, o ansiado dia aconteceu.
Foi jantar, num lugar romântico, com o belo vizinho e no regresso ele abraçou-a, acariciou-a por fora, por dentro, por todo o lado dando-lhe a vida que lhe faltava.
A vida daquele blusa de seda há muito abandonada no cabide, que naquela noite, por sorte, a dona escolhera para vestir...
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Lote de 13 selos e blocos
Selos e blocos de S. Tomé e Príncipe, União Soviética, Antígua Barbuda, Guiné Equatorial e Butão.
Mais 13 selos eróticos a juntarem-se a muitos outros na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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30 janeiro 2015
Averbamentos
Demasiada malta não entende as relações amorosas sem estarem devidamente averbadas num registo de propriedade.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«O desenho da foda» - João
"Dei por mim a pensar por que razão o sexo se desenha na minha cabeça com os traços com que se desenha. São traços que vão um pouco (muito!) além do tradicional. Nada obsto às danças mais pornográficas do sexo, aquele agarrar dos tornozelos enquanto se esfregam os corpos e se olha a fêmea nos olhos, nada tenho contra uma foda de lado, uma tesoura, uma canzana, tudo isso me parece perfeito e muito desejável. Nem sequer obsto à tradicional posição do missionário, que também tem o seu espaço. Tudo isso é perfeito, tudo isso é bom, se as cabeças estão sintonizadas. Os corpos sempre vão atrás, se nada físico os impedir. Mas o sexo pode ter outros desenhos. Desenhos em tudo diferentes, sobrepostos aos mais conhecidos, ou neles contidos. É talvez uma questão de atitude, porque, reparem, há muitas maneiras de enfiar um caralho numa cona por trás. Há a maneira do taberneiro, e há outra maneira, mesmo que possam parecer iguais. E não são. O cuidado no ritmo, a forma como as mãos desenham linhas imaginárias no corpo da mulher que se funde connosco, a estética do movimento que pode ser tão diferente consoante se foda como martelo pneumático para satisfação primária rápida ou como comunicação sem verbos, dos corpos a suar em uníssono. Dei por mim a pensar de onde me viria esta necessidade pela estética, o prazer pelos detalhes, esta exigência de corpos que não funcionam em self-service mas em fantasia conjunta. A resposta pode estar em duas coisas que fiz quando era muito jovem. A primeira, as várias temporadas de ballet contemporâneo a que assisti no maravilhoso grande auditório da Gulbenkian, a segunda, a minha prática de karaté, em que o que mais apreciava era a estética das kata, a beleza existente mesmo nos mais agressivos movimentos do corpo. Os nossos corpos – mesmo os mais imperfeitos ao terrível olhar masculino – têm muita música em si, e quando a deixamos tocar, o sexo é mais do que pornografia utilitária. O sexo torna-se bailado. Torna-se kata."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
29 janeiro 2015
«A cabra Carriça» - Bartolomeu
"Também tive uma cabra, chamava-se Carriça.
Lembro-me bem que era uma cabra fingida e me obrigou a rabear bastante até que cedesse às minhas investidas apaixonadas. Ofereci-lhe flores, chocolates, até um anel mas, para minha surpresa, só se deixou convencer quando certo dia lhe levei um pucarinho de aveia.
O diacho foi que, quando estava já deliciosamente a papar-lhe a belíssima greta, enquanto em simultâneo lhe afagava um par de generosas tetas apareceu, sem que eu desse por isso, o marido. E não é que o sacana, aproveitando-se da minha nudez e da posição em que me encontrava, não foi de modas, levantou as patas da frente e encavou-me o piço até às guelras que até vi estrelas. Mas pronto, como sou um gajo com um apurado sentido de democracia, pensei: olha, Bart, já que está, deixa estar e não te mexas, não vá o cabrão mudar de ideias e em lugar de te enrabar, dar-te uma marrada... ou duas.
A partir daquele dia, sempre que ia trepar na Carriça, o sacana do cabrão aparecia sempre. Cheguei a duvidar se ia lá pela pachacha da cabra ou pelo piçalho do cabrão. E se o cabrão lá ia para me comer a peidola, ou se ia porque gostava de me ver comer-lhe a cabra..."
Bartolomeu
Lembro-me bem que era uma cabra fingida e me obrigou a rabear bastante até que cedesse às minhas investidas apaixonadas. Ofereci-lhe flores, chocolates, até um anel mas, para minha surpresa, só se deixou convencer quando certo dia lhe levei um pucarinho de aveia.
O diacho foi que, quando estava já deliciosamente a papar-lhe a belíssima greta, enquanto em simultâneo lhe afagava um par de generosas tetas apareceu, sem que eu desse por isso, o marido. E não é que o sacana, aproveitando-se da minha nudez e da posição em que me encontrava, não foi de modas, levantou as patas da frente e encavou-me o piço até às guelras que até vi estrelas. Mas pronto, como sou um gajo com um apurado sentido de democracia, pensei: olha, Bart, já que está, deixa estar e não te mexas, não vá o cabrão mudar de ideias e em lugar de te enrabar, dar-te uma marrada... ou duas.
A partir daquele dia, sempre que ia trepar na Carriça, o sacana do cabrão aparecia sempre. Cheguei a duvidar se ia lá pela pachacha da cabra ou pelo piçalho do cabrão. E se o cabrão lá ia para me comer a peidola, ou se ia porque gostava de me ver comer-lhe a cabra..."
Bartolomeu
Lucerna romana com falo alado
Réplica de lucerna do império romano, que veio de Espanha para se juntar a outras que já faziam parte da minha colecção
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Californication
Patife
@FF_Patife no Twitter
28 janeiro 2015
"Português vulgar"?
Olás...
Encontrei essa "pérola", de Luís Fernando Veríssimo, embora já bastante difundida, há poucos dias a reli, enviada por uma das filhas (um dos motivos ela deve ter pensado: "Isso é a cara da mamãe"). E é!
Encontrei essa "pérola", de Luís Fernando Veríssimo, embora já bastante difundida, há poucos dias a reli, enviada por uma das filhas (um dos motivos ela deve ter pensado: "Isso é a cara da mamãe"). E é!
"Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente
válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com
a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo
sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português vulgar que vingará
plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas
apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios,
seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.
"Pra caralho", por
exemplo. Qual expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade do que "Pra
caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A
Via-Láctea tem estrelas Pra caralho, o Sol é quente Pra caralho, o universo é
antigo Pra caralho, eu gosto de cerveja Pra caralho, entende?
No gênero do
"Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso
"Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma
credibilidade "Não, absolutamente não" o substituem. "Nem fodendo" é
irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranquila, para
outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17
anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem
paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido,
NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar
com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do
Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as
situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o
justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível
imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como
comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou
"ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma! . O "porra nenhuma", como
vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se
estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa
mesma gênese os clássicos "aspone", "chepne", "repone" e, mais recentemente, o
"prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente
clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato
"Puta-que-o- pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba...
Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te
coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se
reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar
de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"?
E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!". Você
já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o
limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega!
Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua
auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar
firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo
nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de
maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais
avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente
e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de
ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu
autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo
assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem
carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você
parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma
pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda- se!"
aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me
liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda
sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar
assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e
foda-se!.
Grosseiro, mas profundo... Pois se a língua é viva, inculta, bela e
mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Nem fodendo..."
Chama a Mamãe
27 janeiro 2015
Lembras-te dos exercícios de aquecimento da Michelle Jenneke...
... corredora australiana de 19 anos, totalmente desconhecida até então, numa prova do Campeonato Mundial Júnior de Atletismo em Barcelona, em Julho de 2012?
Ah, poeta do sexo!...
Palavras que se desfazem na boca como rebuçados com sabor de beijo, com o gosto do desejo que as palavras gostam de propagar.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«quando me despires, despe-te também» - Susana Duarte
quando me despires, despe-te também. despe
as roupas de outrora, e as vestes com que te escondes.
despe-me as auroras despojadas de luz e, de ti,
os contrabaixos da solidão. quando me despires,
despe-te também. deixa que as rochas flutuem
onde antes eram impossibilidades. persegue, no ar,
o odor das aves soltas e o curso livre do rio. nas vertentes
úmbrias do sonho, procura a fonte da luz e caminha
até à foz. sobrevoa as marés e despe-me dos temporais.
quando me despires, despe-te também. despe
as ruas onde o Fado foi outrora solitário e ama-me.
ama os despojos do luar e enfrenta a manhã. quando
te despires, despe-me de mim, e de ti próprio.
encontra-me onde todas as esperanças renascem,
e todos os beijos antecipam sorrisos. encontra-me
onde o ontem é a reminiscência dos sonhos azuis,
para que eu te possa ver, nesta manhã branca
por onde, agora, quero seguir caminho. despe-te,
e tira de mim as heras que me prenderam nas paredes
de outras manhãs. se me encontrares, terás sobrevoado
os tempos. as vidas. as manhãs todas, para me beijar.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
as roupas de outrora, e as vestes com que te escondes.
despe-me as auroras despojadas de luz e, de ti,
os contrabaixos da solidão. quando me despires,
despe-te também. deixa que as rochas flutuem
onde antes eram impossibilidades. persegue, no ar,
o odor das aves soltas e o curso livre do rio. nas vertentes
úmbrias do sonho, procura a fonte da luz e caminha
até à foz. sobrevoa as marés e despe-me dos temporais.
quando me despires, despe-te também. despe
as ruas onde o Fado foi outrora solitário e ama-me.
ama os despojos do luar e enfrenta a manhã. quando
te despires, despe-me de mim, e de ti próprio.
encontra-me onde todas as esperanças renascem,
e todos os beijos antecipam sorrisos. encontra-me
onde o ontem é a reminiscência dos sonhos azuis,
para que eu te possa ver, nesta manhã branca
por onde, agora, quero seguir caminho. despe-te,
e tira de mim as heras que me prenderam nas paredes
de outras manhãs. se me encontrares, terás sobrevoado
os tempos. as vidas. as manhãs todas, para me beijar.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Jogo da pétanque (petanca) e Fanny
Cinzeiro em bronze com jogadores de petanca e, no verso, uma Fanny, mulher a mostrar o rabo.
A petanca é um jogo de bolas tradicional muito popular em França. Antigamente, os jogadores que perdessem por 13 a 0 tinham de beijar o rabo da Fanny, representação de uma mulher de costas, a mostrar o rabo, sob a forma de cartaz, cerâmica ou escultura. Actualmente é mais uma peça que se encontra em lojas e mercados de antiguidades. Mas todos os clubes de «pétanque» exibem uma Fanny e este ícone é parte do seu património.
Uma peça como esta (um cinzeiro de dupla face) não é tão comum... e por isso foi a que escolhi para fazer parte da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
A petanca é um jogo de bolas tradicional muito popular em França. Antigamente, os jogadores que perdessem por 13 a 0 tinham de beijar o rabo da Fanny, representação de uma mulher de costas, a mostrar o rabo, sob a forma de cartaz, cerâmica ou escultura. Actualmente é mais uma peça que se encontra em lojas e mercados de antiguidades. Mas todos os clubes de «pétanque» exibem uma Fanny e este ícone é parte do seu património.
Uma peça como esta (um cinzeiro de dupla face) não é tão comum... e por isso foi a que escolhi para fazer parte da minha colecção.
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26 janeiro 2015
«Oozing» - João
"Percorrendo a casa, de porta em porta, surgem as janelas abertas e cortinas esvoaçantes, do vento que corre mais depressa, acelerado, entrando por um extremo e saindo por outro. Há camas desfeitas, lençóis perfumados e muito amarrotados, diria mesmo manchados, mobiliário um pouco fora de sítio, movimentado a impulsos, tapetes que perderam alguma da sua ortogonalidade, sapatos atirados a um canto, roupas no chão. As minhas, as tuas. A tua lingerie jaz junto à porta da rua depois de arremessada, removida a pressa e a gosto, e se referi os lençóis perfumados, tanto mais diria do ar que a casa só agora começa a perder por causa das janelas abertas, e não é de um perfume caro, mas é um perfume de luxo. É o luxo da nossa foda. Escorre foda destas paredes, o ar está carregado, nas nossas narinas entra o resultado de dias seguidos a foder, vês, aquele canto, aquela parede, aquele sofá, aquela cama, boa parte daquele chão, estas cadeiras, até a porra da bancada da cozinha e tantas destas ombreiras de porta, as janelas, vê as marcas dos dedos nos vidros das janelas, em algumas vejo até a marca dos teus pés, é um cheiro intenso a foda, mas tão bom, e não fossem as gentes que aqui possam entrar, ficava assim, a pairar no ar, a intensificar o apetite, a lembrar-nos, e tu que me dizes que não podemos continuar assim, tens razão, tens sempre razão, temos de descansar, que vamos ficar desfeitos assim, mais magro fico é certo, mas ainda assim tens razão, precisamos dar descanso, que as articulações estão fracas, as pernas bambas, os corpos marcados, com riscos e manchas, o meu caralho já me dói e a tua cona pede férias, que isto assim não pode ser, e já damos por nós caídos no chão, encostados um ao outro para não tombarmos redondos, e o ar a limpar, o cheiro da foda a sair pelas janelas, e as pessoas na rua sem o saberem a pensar em foda, a sentir vontades, entumescimentos inexplicáveis, um contágio que me faz sorrir – devagarinho, da face dorida de tanto te saborear entre as coxas -, a tua mão na minha, e acabarmos por adormecer não sem antes dizermos algo pouco perceptível mas que parecia ser a confirmação de sermos loucos. Um pelo outro."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
«respostas a perguntas inexistentes (292)» - bagaço amarelo
Na verdade, considero-me um pessimista relativamente ao mundo e um optimista relativamente às pessoas. Praticamente já não leio jornais e abdiquei totalmente dos programas de televisão, que considero tão estúpidos quanto estupidificantes e me fazem sentir mal. Depois, quando conheço alguém, raramente corresponde ao que considero ser essa estupidez. É por isso que cada vez que travo um conhecimento nasce de novo em mim uma esperança qualquer.
Acho que a amizade passa muito por aqui, por nos salvarmos todos os dias do enorme absurdo em que o mundo se tornou. O Amor também, com a vantagem de que ele próprio é um mundo diferente.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
25 janeiro 2015
Postalinho de Almeria
Mesón gallego Cala Carallo
Datos de contacto del Carallo
Paseo Marítimo de Aguadulce, s/n
04720 Aguadulce, Almería
Descripción del Carallo
Situado en primera línea de playa, nos encontramos con un rincón único, el Mesón Gallego Del Carallo, con su especialidad de pulpo a la gallega, como no podía ser de otra manera.
Especialidades del Carallo
Tapas gallegas, Tapas mediterráneas, Tapas especiales, Raciones, Carnes, Pescados, Mariscos, Menú infantil y Postres.
E os galegos são do carallo!
Datos de contacto del Carallo
Paseo Marítimo de Aguadulce, s/n
04720 Aguadulce, Almería
Descripción del Carallo
Situado en primera línea de playa, nos encontramos con un rincón único, el Mesón Gallego Del Carallo, con su especialidad de pulpo a la gallega, como no podía ser de otra manera.
Especialidades del Carallo
Tapas gallegas, Tapas mediterráneas, Tapas especiales, Raciones, Carnes, Pescados, Mariscos, Menú infantil y Postres.
E os galegos são do carallo!
Controle íntimo
Pegou-a com ambas as mãos que era pequena e encostou-a ao seu corpo. Depois, pousou-a no colo e acariciou-lhe toda a superfície numa electrização inspiradora. Sabia que lhe podia controlar as aberturas e até lhe podia modular a nitidez dos sentimentos expressos. Prolongou o momento deleitando-se a visualizar a profundidade de campo. Sentia o desejo a crescer em si cada vez mais intensamente. Hesitou em pendurá-la no seu pescoço ou no ombro mas decidido pela primeira hipótese carregou-a para o quarto e desatou a pressionar-lhe o botão repetidas vezes a intervalos regulares. O espaço da sua intimidade merecia ser fotografado.
E o senhorio não se rala nada
Patife
@FF_Patife no Twitter
24 janeiro 2015
São Rosas? Oui... c'est moi...
A propósito de liberdade de expressão... de bloqueios no Facebook... se querem falar com alguém especialista, contactem a São Rosas. Desde 1993 a ser censurada pelo Google, pelo Blogger, pelo Instagram, pelo Facebook,...
#JeSuisSãoRosas
#JeSuisSãoRosas
«Psicanálise» - por Rui Felício
O consultório do Dr. Morais, psicanalista onde ela regularmente ia por causa dos problemas que a atormentavam desde a separação do marido, fica no 5º andar daquele edifício da Av. da República.
Ainda na rua, olhou o relógio e estugou o passo. Já estava atrasada uns cinco minutos.
No átrio do prédio, um letreiro espetado na porta avisava que o elevador estava temporariamente avariado.
Nervosa, abanando a cabeça, não teve outro remédio senão subir a pé as escadas dos cinco andares.
Em cada degrau, revoltada, proferia um palavrão diferente, à medida que ia subindo.
Ficou admirada. O seu reportório de obscenidades era muito mais vasto do que ela própria supunha.
Retiniu finalmente a campainha da porta do consultório, cumprimentou o Dr. Morais, entrou e atirou-se para o divã, ofegante.
Deitada de costas, durante uma hora foi falando do ex-marido. Contou o sonho que teve na noite anterior em que ele uma vez mais a traía com a sua melhor amiga.
Detestava chorar em frente a estranhos, mesmo sendo o seu médico psicanalista. Mas não conseguiu reter as lágrimas de revolta ao recordar o sonho, perante o imperturbável silêncio do Dr. Morais, sentado atrás do divã onde ela estava deitada.
Prosseguiu os seus relatos, sem uma única palavra do psicanalista que nada dizia, sem a interromper.
Ela apenas lhe ouvia o respirar compassado atrás dela.
Aquele silêncio ajudava-a mais do que mil palavras. Sentia-se mais descontraída, menos nervosa.
O Dr. Morais era na verdade um grande médico. Fazia-lhe tão bem...
Respirou fundo. Ao fim de uma hora calou-se finalmente, aliviada.
Soergueu-se do divã, ajeitou o vestido, levantou-se e olhou-o para lhe agradecer.
O conceituado psicanalista Dr. Morais, na penumbra do consultório, sentado na cadeira por trás do divã, de cabeça pendente e um ténue fio de saliva a escorrer-lhe pela comissura dos lábios, dormia profundamente...
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Amuleto Biser
Pendente de colar em porcelana da Sargadelos com fio em couro, com casal de pernas entrelaçadas, para dar sorte a quem procura o amor.
Sargadelos é uma empresa com fábricas em A Coruña e Lugo, na Galiza (Espanha).
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Sargadelos é uma empresa com fábricas em A Coruña e Lugo, na Galiza (Espanha).
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23 janeiro 2015
Tropeções na língua
"Vou ter um orgasmo".
Quem não conheça bem a língua até pensa que vai dar uma coisa má à pessoa.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«Cherry on top» - João
"Um orgasmo é a cereja no topo do bolo, e há muita gente a esquecer-se do bolo. Eu não. Gosto da cereja, mas adoro o bolo. Adoro lambuzar-me no bolo. Talvez por isso já me tenham dito que sou um gajo estranho. E é pena, porque acho que os homens deviam gostar muito de lambuzar-se com o bolo, e as mulheres só apanham gajos que querem a cereja. E ainda por cima comem a cereja de boca aberta, mastigando-a ruidosamente como se fosse courato num tasco. Acho que as mulheres andam acompanhadas sobretudo de bichos, não de homens. E nos dias em que dou por mim a pensar nisso, deixo tombar a cabeça e lamento, lamento muito. Mas não somos todos iguais. Há gajos estranhos. Como eu."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
22 janeiro 2015
«É canja!» - Bartolomeu
"As galinhas lá de casa também tiveram os seus momentos de paixão.
Só que no caso delas, tudo se resumia ao acto... num só acto.
Eu explico-te: à galinha, nunca pedi que me fizesse um «bico», deves imaginar facilmente porquê.
E depois, como a entrada era uma só, nunca sabia se estava a ir ao cu à galinha, se ao pito. Deve ser esse o motivo pelo qual a bichinha tinha orgasmos duplos, sucessivos.
E não me posso esquecer do seu cacarejar sedutor quando me sentia aproximar da capoeira e, da forma sensual com que ela mexia a anca enquanto se dirigia ao poleiro. Sim, ela tinha sempre o cuidado de subir três degraus para ficar com o cuzinho... a coninha... ahhh... aquilo... à altura certa.
E no final, depois de se vir loucamente, já exausta, deixava-se tombar para dentro do ninho e, ficando de barriga para o ar, piscava-me o olho atrevida, sugerindo-me que lhe lambesse a... o... aquilo!
(será que o Barreto vai vomitar quando ler isto?!)"
Bartolomeu
Só que no caso delas, tudo se resumia ao acto... num só acto.
Eu explico-te: à galinha, nunca pedi que me fizesse um «bico», deves imaginar facilmente porquê.
E depois, como a entrada era uma só, nunca sabia se estava a ir ao cu à galinha, se ao pito. Deve ser esse o motivo pelo qual a bichinha tinha orgasmos duplos, sucessivos.
E não me posso esquecer do seu cacarejar sedutor quando me sentia aproximar da capoeira e, da forma sensual com que ela mexia a anca enquanto se dirigia ao poleiro. Sim, ela tinha sempre o cuidado de subir três degraus para ficar com o cuzinho... a coninha... ahhh... aquilo... à altura certa.
E no final, depois de se vir loucamente, já exausta, deixava-se tombar para dentro do ninho e, ficando de barriga para o ar, piscava-me o olho atrevida, sugerindo-me que lhe lambesse a... o... aquilo!
(será que o Barreto vai vomitar quando ler isto?!)"
Bartolomeu
Anjos e pecados
Pequena taça em porcelana branca e com ouro da Sargadelos, uma empresa com fábricas em A Coruña e Lugo, na Galiza (Espanha).
Uma pequena história contada em círculo, na minha colecção.
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