( - Já chegou o tempo de acender a lareira, que o entardecer arrefece...)
Trago-te na palma da mão
E sorvo-te só de um trago
Sirvo-te
Enquanto ardo
Em lume brando
No chão
E na mão cabe o teu seio
Que me sabe
Ao doce enleio
De o saber na minha mão
Como a tua pele macia
Quase fria à luz do dia
Emudece a solidão
Tenho-te na minha pele
No tremor da tua narina
Que sorve o ar que respiro
No suspiro de menina
Na ardência da mulher
Na urgência que me impele
Que me instale no teu corpo
Que sinta o fogo da pele
Que tu és mar
Do meu chão
Toda eu te sorvo
Salgada
Bebo o teu fogo
O teu mel
Venho-me em ti
Minha amada
E no instante quase-nada
Fico eu à tua guarda
Fico assim
Na tua mão.
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Uma por dia tira a azia