17 dezembro 2004

Insónias

foto: Reinhard Otto


-Gostas?
Perguntou ele, enquanto limpava com um dedo uma gota de suor que descia no rosto dela, virado para a parede.
Ela sem palavras, mas com um movimento do corpo, respondeu: "Sim".

O mundo naquele momento era aquela parede fria à sua frente. A parede contra a qual ele a empurrava, a esmagava.
As mãos dele nas ancas, apertando-a, puxando-a para ele.
O calor, o cheiro que emanava dos dois corpos.
Aquela voz rouca, arfante que potenciava o prazer.
Ele desceu a língua sinuosamente nas costas dela, enquanto com um movimento das ancas, do sexo, a levantava no ar.
Uma das mãos moveu-se. Acariciava-lhe agora o clítoris.
Ela sentia o sexo, a língua, a mão...

Sentou-se de repente na cama, pensou:
- Porque é que nunca tenho um papel à mão quando me lembro destas coisas?

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