Eleutério emudeceu
Com a prenda que lhe deu
Aldegundes no escritório
Era Natal e Eleutério
Perseguia o desidério
De receber prenda fina
Das mãos daquela garina
Envolta em denso mistério
(Mas que era boa a sério...)
Aos seus avanços
A bela respondera bem singela
Que esperasse pelo Natal
Altura mais que propícia
Para ele colher a delícia
De envolvimento carnal
Aldegundes foi-se a ele
Mais bela que o luar
E o belo corpo a vibrar
Até lhe ouriçou a pele
Com ela levava a prenda
Que com um beijo na testa
Nas mãos lhe depositou
“- Eleutério, meu bem, entenda,
Não me dou eu, dou-lhe só esta
Para que faça uma festa
Pensando que ela... eu sou...”
E toda ela a mexer
Afastou-se de Eleutério
Deixando ao escriturário
Uma boneca de encher...
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Uma por dia tira a azia