"Tão simples, meu amor.
Nem poemas subtilmente eróticos, nem metáforas em chamas barrocas, nem olhares de paixão lânguida e doce.
Tão simples, meu amor.
Nem cartas românticas escritas nas minhas coxas, nem bilhetes perfumados desenhados nos meus lábios.
Tão simples, meu amor.
Nem vinhos aromáticos bebidos na concha do meu sexo de seda, nem sorrisos de encanto sussurrados na minha boca de beijos, nem barcas de sonho cavalgadas nos meus rins em tons de azul.
Tão simples, meu amor.
Apenas o teu corpo na minha cama. Apenas tesão e espasmos solitários. Apenas a língua, apenas a pele, apenas o grito sufocado.
Apenas suor lambido a sal.
Apenas o orgasmo final.
Apenas as tuas asas de anjo esta noite."
LolaViola, Julho 2004
O OrCa, sempre que gosta, ode também:
à LolaViola, com chapelada
por vezes basta ter assim o corpo à flor da pele
fazer dele o tom e o som da vida toda
dá-lo todo sem perguntas
nem demoras
nem perturbadas ansiedades a desoras
como se fosse de mar só
todo o desejo
e num beijo se encerrasse a vida toda
por vezes basta ter assim o corpo à flor da pele
e dele fazer-se um mar só de desejo
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