O teu aceno e a vontade de saberes porque conas ando perdido, relembrou-me por onde andei...
O sorriso, esse, já envelhecido,
fica parado e até quase perdido
de ti...Vejo o aceno da tua mão
na minha boca e silêncios que dão
melancolia. Eles deixam ferido
o sonho que adormece guarnecido
de saudade! Mar de contradiSão!
Se amor não pode olhar o horizonte
se leve graça baila em tua fronte,
se o que resta é cumplicidade...
Então vamos foder!... Beber tua fonte...
Molhar palavras secas com verdade...
Jamais matar a nossa realidade!
Alcaide"
É sempre bom ver o OrCa a oder: "Alcaide, com merecida vénia, ressoneto-te:
a tremura da mão então em desacerto
o vivaz do olhar turvo e mal desperto
e um apêndice murcho de escafedido
esse andar por aí sempre a ser fodido
que nos magoa a vida por tal desconcerto
urgindo aos céus bradar com o peito aberto
que à vida há que dar um diverso sentido
comer-lhe e beber-lhe e gozar e folgar
um abraço ao amigo e deixar sempre à mão
um abraço também p'ra quem for a passar
qual fénix das cinzas regressa o tesão
a aquecer-nos bem mais que lareira no lar
e a fazer da vidinha de merda um vidão!"
O Nelo mandou também uma (supostamente... atrás):
Fasia ja uma rexposta
Ao puema que até arde.
Deçe pueta que é o Orka
Ai mas que bén verseja
Que é da gente partir a moka.
Junta letras e nam falseja,
Nenhum puema é minorca
E çe eu foçe um pueta
Cumo çê quele u é
Nam perdia us més dias.
com Lalitos e Baldés.
Enchia eças livrarias,
Scaparates e quejandos
Com o dinhêro das puezias.
Esculhia é, os més marmanjos
Açim nunca más na vida
Me apanhavam numa retrete
Nem olhava pró Lalito
E us que me palmam a poxete.
Mas a vida é açim
Nam é o que nós queremos.
Tudo não paça dum çonho
Oh Orca, oh mé piqueno.
Nam querás tu çer o home
que me palma o imaginário
Faz-me lá um puema,
Acalma lá o mé calvário..."
O seven desabufa: "Foda-se, que isto é um país de poetas. Posso também versejar?
O sangue subiu ao teu rosto
Quase tiveste um desmaio
Maio, Junho, Julho e Agosto
(Ganda foda!)"
O OrCa não ode uma vez que não queira oder segunda:
que se te não parta a moca
o teu poema é libelo
que pede já outro em troca
em troca ou mesmo ao contrário
e que bem que se diria
ao palmar-te o imaginário
entre nós a poesia
nada como alma sensível
retroactiva ou não
para erguer ao poema o nível
e ao poeta... a inspiração!"
O Alcaide re-ressoneta "o grande OrCa, poeta que me alegrou ao comentar algumas «palavras criuzadas» que principalmente me divertem... e com a devida vénia:
É bela a tua forma de escrever,
que me põe pequeno, sem entender,
como podem tanto uns e outros... não!
Não te digo que é falta de tesão
Nem «apêndice murcho» a aparecer!
Digo-te: o que me fode... é foder
sem amor, sem verdade, sem paixão!
Ah, mas se pega!... Qual vela que enfuna
a noite é curta. Não há quem me desuna
de uns braços de uma boca que me encante!
E a vida lá se passa com fortuna,
como posso. Alcaide só garante
Prazer de te ler... Nisso sou bacante!"
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