"Fui a um casamento onde o copo de água ocorreu na mansão que iria ser a residência do casal.
Depois dos brindes da praxe e das comezainas e berrainas, subtilmente o casalinho deslizou escada acima a fim de aprimorar a decoração do quarto.
Passados alguns minutos, assistimos estupefactos ao regresso da noiva, completamente nua, chorando a rodos, o que originou a precipitação de todos os convidados na sua direcção. A mãe do noivo, que estava mais perto, foi a primeira a chegar junto da nora e, muito aflita, indagou o que estava a acontecer. Entre soluços, a moça declarou que o recente marido estava morto.
Foi um ohhh geral. A mãe do noivo desatou num pranto estridente, todos a tentarem acalmá-la e a amparar a noiva (eu fui logo dos primeiros, segurei-lhe bem nas nalgas, não fosse a garina desfalecer).
Após o choque inicial da notícia, a mãe do noivo pediu entre soluços que a nora lhe dissesse quais tinham sido as últimas palavras do filho.
Ainda com o olhar projectado no infinito, a recém-casada-viúva relembrou:
- Ai, querida, estou-me a vir!
Afinal, estava-se a ir...
Erro de rota...
Bartolomeu"
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Uma por dia tira a azia