Foto: Marta Canas
A noite entra por todo lado.
Pelas frestas das portas,
pelos cortinados esvoaçantes, ondulantes.
O Luar ainda tem tons laranja
Vestígios de um dia quente, seco.
As paredes brancas da rua reflectem sombras
Pássaros,
Vida,
Alguém
Ninguém.
O corpo regressa serenamente à cama
Onde todos as noites termina o dia
Fechando capítulos, momentos, episódios
Aguarda o sono,
O sonho
Por entre florestas e bosques
Com cheiro a orvalho
Que se confunde com a maresia,
Com o som das ondas,
E o canto das sereias.
De manhã quando os olhos abrem
O corpo levanta-se a cheirar a algas
A língua ao passar sobre os lábios
Sente ainda o sabor a sal.
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Uma por dia tira a azia