3m e 80cm!
31 dezembro 2008
A omissão
Não importam os copos de plásticos a bordejarem-nos os pés para atapetar o Bairro porque a malta está mesmo ali para descontrair à força de vapores etílicos e dar aso ao instinto de comer outro ou outra da mesma espécie conforme o gosto.
Pelo canto do olho o gajo já tinha galado os cus de todas as gajas do grupo e entre mil e uma piadas sobre a faculdade e a falta de trabalho estava agora na inspecção demorada dos parapeitos com mais ou menos carne à mostra consoante fossem adeptas da ticharte a recortar cada centímetro das formas e a mostrar a cor das alças do sutiã ou das túnicas linha império a alçarem as mamas para um enorme decote que as descobre.
Com mais uma cerveja ele começou a gorgolejar ridente que procurava a mulher da sua vida e a mexer nos cabelos da fauna presente até se deter em mim a repetir se já me tinha dito que era gira, muita gira num rebolar das sílabas como marcação de deixa. O gajo era um pão alto e magro com um rabiosque direitinho e escorreito e tão intensamente moreno que até lembrava o Matthew Fox que ninguém em seu perfeito juízo se recusaria a papar não fosse ter interiorizado dos meus paizinhos a tendência para ponderar que ali ao vivo numa farra não lhe lia os erros ortográficos nem as sms com abreviaturas e capas.
Mas como para dar uma voltinha mais não podia exigir puxei-lhe as orelhas para junto da minha boca e perguntei ao meu para não haver equívocos nem omissões se queria cá vir para despejar o vergalho ou se era mais alguma coisinha.
Pelo canto do olho o gajo já tinha galado os cus de todas as gajas do grupo e entre mil e uma piadas sobre a faculdade e a falta de trabalho estava agora na inspecção demorada dos parapeitos com mais ou menos carne à mostra consoante fossem adeptas da ticharte a recortar cada centímetro das formas e a mostrar a cor das alças do sutiã ou das túnicas linha império a alçarem as mamas para um enorme decote que as descobre.
Com mais uma cerveja ele começou a gorgolejar ridente que procurava a mulher da sua vida e a mexer nos cabelos da fauna presente até se deter em mim a repetir se já me tinha dito que era gira, muita gira num rebolar das sílabas como marcação de deixa. O gajo era um pão alto e magro com um rabiosque direitinho e escorreito e tão intensamente moreno que até lembrava o Matthew Fox que ninguém em seu perfeito juízo se recusaria a papar não fosse ter interiorizado dos meus paizinhos a tendência para ponderar que ali ao vivo numa farra não lhe lia os erros ortográficos nem as sms com abreviaturas e capas.
Mas como para dar uma voltinha mais não podia exigir puxei-lhe as orelhas para junto da minha boca e perguntei ao meu para não haver equívocos nem omissões se queria cá vir para despejar o vergalho ou se era mais alguma coisinha.
Punho de bengala erótico
Não sei se já vos tinha dito que tenho na minha colecção várias bengalas, uma das quais é para mim especial. Espero até poder vir a utilizá-la daqui a uns anos - seria bom sinal - acariciando-a com o polegar enquanto faço uma retrospectiva da minha vida.
Entretanto, fiquem-se com este punho de bengala, compradinho de fresco:
Entretanto, fiquem-se com este punho de bengala, compradinho de fresco:
30 dezembro 2008
CISTERNA da Gotinha
Os pés podem ser muito sexy.
Nunca mais levo os meus filhos ao Jardim Zoológico. É um lugar de deboche e depravação.
Calendário 2009 para as Meninas.
Nunca mais vem o Verão, não é?...
29 dezembro 2008
01:15
Entrou sorrateiramente sem acender qualquer luz. Dirigiu-se à casa de banho, fechou a porta em silêncio e sorriu: decidiu fazer-lhe uma surpresa. Despiu-se, tomou um duche rápido e, só se tendo secado, apagou a luz, abriu a porta da casa de banho e ficou imóvel. Não ouvia nenhum ruído, nem sentia qualquer movimento. Pé ante pé foi até à cama, onde se deitou com mil cuidados. Sentiu o fresco do lençol e o calor que emanava do corpo desejado. Sorriu e tocou-lhe suavemente. Feliz, teve um ligeiro tremor de excitação: a surpresa ia começar…
A luz do candeeiro acendeu-se.
O corpo imóvel moveu-se e sentou-se: mão no interruptor e cara de tempestade.
– Deves pensar que sou uma puta!
Entre o espanto do tom, da luz, da cara, esqueceu-se de retirar a mão que pousara na perna e sentiu-a afastar-se até que a mão caiu desamparada no lençol.
– Uma puta?!
– Sim, uma puta! – A luz fraca da lâmpada economizadora distorciam-lhe as feições e o silêncio da noite amplificavam-lhe a voz.
– Uma puta?! – tornou a perguntar, à procura de um sinal em sentido contrário, de um sorridente “Enganei-te!” ou de algo que… de qualquer coisa que… não sabia mas ainda esperava qualquer coisa. – Porquê uma puta?
A luminosidade da lâmpada aumentava mas o que via não se tornava mais claro, pelo contrário: a mão que continuava agarrada ao interruptor, os olhos perdidos em pálpebras demasiado abertas que não descolavam dos seus, os lábios numa linha horizontal de força quase descontrolada, o pescoço retesado com as veias salientes num esforço de contenção… Tudo o que via enegrecia o quadro.
Entristeceu definitivamente sentindo que a luz afastava a remota possibilidade do “Enganei-te!”, que a claridade já não permitiria, e olhou para a casa de banho onde desejou estar e recomeçar tudo de novo.
– Uma puta! – O volume baixara mas o tom era mais duro, a mão largou o interruptor e os braços alinharam-se ao longo do corpo, terminando em punhos cerrados que entravam pelo colchão. – Sim, deves pensar que sou uma puta para estar aqui, a esta hora – olharam de viés para o relógio –, a esta hora de pernas abertas à espera de vossa excelência para foder!
Olhou de novo para o relógio, não se enganara, era 1:15. “E que não fosse” censurou-se por entender que estava a justificar o injustificável.
– A seguir vais-me perguntar onde é que andei? – perguntou, enquanto se sentava na cama. Tentava pensar mas não conseguia, as ideias, os pensamentos, as dúvidas, as perplexidades atropelavam-se, caíam em catadupa umas atrás das outras e anulavam-se.
– Não posso?
O aguçado “Não posso?”, manejado com fria e letal destreza, fez-lhe pior que a surpresa da “puta à espera de pernas abertas”, que a luz do candeeiro a iluminar uma relação que não sabia condenada, que a expressão disforme e animalesca que os reflexos sombrios do seu interior e da sua fraca lâmpada mostravam.
– Não, Paulo, não podes. – Ela rodou sobre as nádegas e pousou os pés no chão. – Agora não podes.
A luz do candeeiro acendeu-se.
O corpo imóvel moveu-se e sentou-se: mão no interruptor e cara de tempestade.
– Deves pensar que sou uma puta!
Entre o espanto do tom, da luz, da cara, esqueceu-se de retirar a mão que pousara na perna e sentiu-a afastar-se até que a mão caiu desamparada no lençol.
– Uma puta?!
– Sim, uma puta! – A luz fraca da lâmpada economizadora distorciam-lhe as feições e o silêncio da noite amplificavam-lhe a voz.
– Uma puta?! – tornou a perguntar, à procura de um sinal em sentido contrário, de um sorridente “Enganei-te!” ou de algo que… de qualquer coisa que… não sabia mas ainda esperava qualquer coisa. – Porquê uma puta?
A luminosidade da lâmpada aumentava mas o que via não se tornava mais claro, pelo contrário: a mão que continuava agarrada ao interruptor, os olhos perdidos em pálpebras demasiado abertas que não descolavam dos seus, os lábios numa linha horizontal de força quase descontrolada, o pescoço retesado com as veias salientes num esforço de contenção… Tudo o que via enegrecia o quadro.
Entristeceu definitivamente sentindo que a luz afastava a remota possibilidade do “Enganei-te!”, que a claridade já não permitiria, e olhou para a casa de banho onde desejou estar e recomeçar tudo de novo.
– Uma puta! – O volume baixara mas o tom era mais duro, a mão largou o interruptor e os braços alinharam-se ao longo do corpo, terminando em punhos cerrados que entravam pelo colchão. – Sim, deves pensar que sou uma puta para estar aqui, a esta hora – olharam de viés para o relógio –, a esta hora de pernas abertas à espera de vossa excelência para foder!
Olhou de novo para o relógio, não se enganara, era 1:15. “E que não fosse” censurou-se por entender que estava a justificar o injustificável.
– A seguir vais-me perguntar onde é que andei? – perguntou, enquanto se sentava na cama. Tentava pensar mas não conseguia, as ideias, os pensamentos, as dúvidas, as perplexidades atropelavam-se, caíam em catadupa umas atrás das outras e anulavam-se.
– Não posso?
O aguçado “Não posso?”, manejado com fria e letal destreza, fez-lhe pior que a surpresa da “puta à espera de pernas abertas”, que a luz do candeeiro a iluminar uma relação que não sabia condenada, que a expressão disforme e animalesca que os reflexos sombrios do seu interior e da sua fraca lâmpada mostravam.
– Não, Paulo, não podes. – Ela rodou sobre as nádegas e pousou os pés no chão. – Agora não podes.
28 dezembro 2008
post-natal
São, como não deixei prenda naquele saquito que estava na tua funda chaminé - e que parecia mesmo uma camisinha, valha-te maria-josé... - aqui fica um post-natal, com maresia:
e lá se foi o Natal – essa quadra tão magana
enchendo a todos de gana de querer ser solidário
ao fundo um retardatário bate co’ as botas no fundo
das costas ou cu se gostas de chamar p’lo nome os bois
a ver se logo depois se aconchega ao borralho
que está de arrebimba-ò-malho o tempinho cá na rua
e farto de ver a Lua anda o velhote da história
que tem seu mês de glória um só e em cada ano
triste e só anda este mano quem sabe vive de esmola
que a cena da Coca-Cola acabou já faz uns tempos
agora ele é só lamentos pela roupa vermelhusca
pela criançada cusca e aquela barbaça hirsuta
que seria coisa bruta não fosse ela alva de linho
corre pois ele para o ninho farto de prendas e renas
como se penasse penas por tanto a todos pesar
que com ele é só comprar – comprar – comprar – e comprar
não tem nada que enganar mas não há já quem o ature
e não sabe ele como fure este destino aziago
de do consumo ser mago e coisa de meter dó
ouvir-se-lhe o oh-oh-oh no espaço sideral
no centro comercial ou no écran de plasma
e a malta toda pasma de viver tanto o velhote
sem haver quem o enxote pois graça não tem nenhuma
a não ser aquela uma de favorecer as compras
ah não se ouvirem as trompas de alguma divina orquestra
dando ao Natal que nos resta personagens mais catitas
e acabar com as fitas de um pai natal que coitado
viverá desconsolado nos quintos do pólo norte
maldizendo a triste sorte de ter só com ele as renas
dores nas cruzes e as tais penas de vaguear tão sozinho
melhor muito melhorzinho ficaria o Nicolau
se em vez do banco de pau que o espera em seu ermo
a tal multinacional ao ermo pusesse um termo
e lhe desse companheira
roliça – doce – matreira – brincalhona – prazenteira
também de rubro vestida mas sem barba tão comprida
de precária situação ou com termo de contrato
mas que desvie o ancião do destino caricato
e lhe dê prendas a ele que tão farto está das penas
e das cenas com as renas e com razão afinal
e nos deixe no Natal o presépio cultivar
sem ter que comprar – comprar – oh-oh-oh
tão só comprar…
e lá se foi o Natal – essa quadra tão magana
enchendo a todos de gana de querer ser solidário
ao fundo um retardatário bate co’ as botas no fundo
das costas ou cu se gostas de chamar p’lo nome os bois
a ver se logo depois se aconchega ao borralho
que está de arrebimba-ò-malho o tempinho cá na rua
e farto de ver a Lua anda o velhote da história
que tem seu mês de glória um só e em cada ano
triste e só anda este mano quem sabe vive de esmola
que a cena da Coca-Cola acabou já faz uns tempos
agora ele é só lamentos pela roupa vermelhusca
pela criançada cusca e aquela barbaça hirsuta
que seria coisa bruta não fosse ela alva de linho
corre pois ele para o ninho farto de prendas e renas
como se penasse penas por tanto a todos pesar
que com ele é só comprar – comprar – comprar – e comprar
não tem nada que enganar mas não há já quem o ature
e não sabe ele como fure este destino aziago
de do consumo ser mago e coisa de meter dó
ouvir-se-lhe o oh-oh-oh no espaço sideral
no centro comercial ou no écran de plasma
e a malta toda pasma de viver tanto o velhote
sem haver quem o enxote pois graça não tem nenhuma
a não ser aquela uma de favorecer as compras
ah não se ouvirem as trompas de alguma divina orquestra
dando ao Natal que nos resta personagens mais catitas
e acabar com as fitas de um pai natal que coitado
viverá desconsolado nos quintos do pólo norte
maldizendo a triste sorte de ter só com ele as renas
dores nas cruzes e as tais penas de vaguear tão sozinho
melhor muito melhorzinho ficaria o Nicolau
se em vez do banco de pau que o espera em seu ermo
a tal multinacional ao ermo pusesse um termo
e lhe desse companheira
roliça – doce – matreira – brincalhona – prazenteira
também de rubro vestida mas sem barba tão comprida
de precária situação ou com termo de contrato
mas que desvie o ancião do destino caricato
e lhe dê prendas a ele que tão farto está das penas
e das cenas com as renas e com razão afinal
e nos deixe no Natal o presépio cultivar
sem ter que comprar – comprar – oh-oh-oh
tão só comprar…
Ah leoa!
Há quem diga que os leões são uns preguiçosos já que enquanto as leoas vão à caça para alimentar as barriguinhas eles ficam pachorrentamente a fazer umas sonecas à sombra das suas jubas e raramente as acompanham.
Outros há que contra-argumentam que eles precisam de poupar forças porque as leoas são muito exigentes na cama. A questão é que no período de acasalamento mensal que dura de 2 a 5 dias, as leoas precisam de fazer sexo umas 50 vezes ao dia, seja de dia ou de noite e em bando, elas tendem a ter cio todas ao mesmo tempo, de onde se julga ter nascido o epíteto de rei das selvas.
Outros há que contra-argumentam que eles precisam de poupar forças porque as leoas são muito exigentes na cama. A questão é que no período de acasalamento mensal que dura de 2 a 5 dias, as leoas precisam de fazer sexo umas 50 vezes ao dia, seja de dia ou de noite e em bando, elas tendem a ter cio todas ao mesmo tempo, de onde se julga ter nascido o epíteto de rei das selvas.
_______________________________
O Bartolomeu vem demarcar o seu território:
de juba farta e dourada
E na foda não é «corte»
traz a leoa bem consolada
Eu na selva sou elefante
com minha tromba afamada
Atrombo na minha amante
E no resto da manada
Vêm hienas do deserto
pedindo aquele minete louco
Trazem o cono bem aberto
E o seu risinho maroto
Aparecem tambem as girafas
de cabeças bem levantadas
(pedindo choramingas)
- Bartolomeu, vê se me safas
faz-me umas belas trombadas!
Vêm macacas, doninhas
invadem a selva num instante
- Atromba nas nossas coninhas! -
pedem elas insistentes
E esta tromba comprida
Sempre pronta pr'ó trabalho
enche-lhes a cona escorrida
Como se fosse um caralho"
O Nelo exorcisa a azia às covas:
que fases do minete farpa
Tens uma forma eisquezita
de lamberes a cova à jirafa
Çe nam foçe eu çaber
çeres melhér q´ du falar beim goshta
diria quereres antes faser
du méu falar coiza de tróssa
Pois çe çou melhér que fala
co´a prefeissão ca lingua le deve
nam çei perqueim éi quele çe istalfa
a inventare cu Nelo mal iscreve...
Beim çei que éi Girafa
o bicho eçe de grande bescoço
mas que quereim çó miscapa
o iscrever "jirafa" e prontos.
Mas mete aind´ o Bartas e dele
uns macacus e umas doninhas
umas trombas e umas rizinhas
tudu prás covas, çeim apelo.
neim uma frase prá alma, eshta
que éi bisha rezidente
o que çeria deshte broshe
u que çeria deshta jente?
Maj nãu! Ele éi trombada
ele ei falar de covas
ele éi: Çenhores que farta
queu istou, dehste Barta e çuas trovas.
Inda tive uma isprança
quande iscreveu u bisho com "jí"
pençei cu bescoço comprido
hera coiza para mim
Mas nam paçou de gozo
com este pobre homeimzeksual
De jirafa paçou ao cono:
- A arcaide-cova feminal. -
E mustrar como é çacana
disvalendo u queu valho
acabou a Ode eim covas
escurrendo tudu prum caralhu"
O OrCa não pode ouvir falar em oder que aparece logo para ajudar "a endireitar um pouco os cortinados":
no sexo bem aplicado
e deve tê-los de aço
ou talvez contraplacado
mas é bicho dado a fitas
e tal qual coelho astuto
dá as suas pranchaditas
em bem menos de um minuto
são muitas será bem certo
diz quem lhe inveja o total
mas não me parece esperto
afinal este animal
muitas dá e tanto pena
nas unhadas da consorte:
«- Dois minutos? Ena, ena!
hoje estás touro de morte!...»"
E como quem anda à caça pode levar um tirinho, eis que o Nelo reaparece:
Mais da çua poezia.
Ele é melhér dus més incantos
Ai Orquita u queu te fasia...
Heras mais cum touru de morte
Um lião sheio de vida
Doish minutos? Ó que çorte
O tempo cuntigo, nam teim medida.
Isperu-te Orca onde quizeres
Eim caza ou milhor, no té quintale
Nu meiu das plantas, çelva de praseres
Çente-me melhor, çeres animal
Mazinda vou há nina Plyana´
Eça que goshtava de çer home
Fica çabendu que na cama
Não ção covas u cu Nelo come
Mas nam discarto uma cunverça,
Deças cas melhéres teim çegredo
Falar de broshes, de homes etecetera
Menus de covas, diço teinho medu
Verás cumo a jente çe diverte
Ai melhér, ai que rizota
E çe um dia mudaris de seksu
Terei atrás aberta a porta..."
27 dezembro 2008
Era uma vez…
Ela estava sempre a repetir que ninguém a queria.
Ele o que menos queria era contrariá-la.
E viveram infelizes para sempre.
Ele o que menos queria era contrariá-la.
E viveram infelizes para sempre.
La luz
La luz quebró la noche
que anidaba en tu mirada oscura,
y me iluminó las manos,
para volver consagrada
a su luna,
desnuda
y sola.
El artista desnudo
E mais portas dos fundos
Quando o acesso é pago, convém que não seja demasiado fácil aceder aos conteúdos sem pagar.
Por exemplo:
Retro Pics - conteúdos: secção 1 secção 2
Mike Hawk Movies - conteúdos
Por exemplo:
Retro Pics - conteúdos: secção 1 secção 2
Mike Hawk Movies - conteúdos
Contos e Novelas de La Fontaine com ilustrações de Brunelleschi
Lembras-te de eu recentemente ter comprado um livrinho de 1801 com «Contos e Novelas em Verso» de La Fontaine?
Pois agora recebi de fresco dois volumes de «Contes et Nouvelles de La Fontaine» mas agora numa edição de 1940 com ilustrações de Brunelleschi que são um mimo.
Pois agora recebi de fresco dois volumes de «Contes et Nouvelles de La Fontaine» mas agora numa edição de 1940 com ilustrações de Brunelleschi que são um mimo.
26 dezembro 2008
Novo imposto em 2009!
(Ideia original daqui)
Ouvi dizer que o governo fez contas no Magalhães e, para ajudar a superar a crise, vai criar o imposto do caralho.
Até agora o caralho tinha escapado ao IRS. As razões eram estar 99% do tempo pendurado sem emprego, 0,2% do tempo trabalhar às mijinhas, 0,5% do tempo ter trabalho duro e 0,3% do tempo estar metido num buraco. Além disso, não ajuda nada ter dois dependentes que não arranjam trabalho em lado algum e não têm onde se meter.
A taxa do imposto variará conforme o tamanho, com os escalões seguintes:
25 a 30 cm - imposto sobre bens de luxo...........€ 30.00
20 a 24 cm - imposto sobre postes......................€ 25.00
14 a 29 cm - imposto sobre a classe média.........€ 15.00
10 a 13 cm - imposto sobre a maçada..................€ 3.00
Machos que excedam os 30 cm terão que declarar mais-valias de capital.
Qualquer macho abaixo dos 10 cm tem direito a um crédito de imposto.
É obrigatório pagar dentro do prazo. Não serão concedidos prolongamentos!
PDC (Perguntas Do Caralho):
- Haverá multas para levantamentos antecipados?
- O que acontece quando um caralho trabalha por conta própria?
- Quem tiver vários(as) parceiros(as) conta como sociedade?
- As despesas com preservativos são dedutíveis como roupa de trabalho?
- Haverá um agravamento da taxa de imposto para quem não for circuncidado?
Malta, afundem para aí com propostas para o decreto.
Ouvi dizer que o governo fez contas no Magalhães e, para ajudar a superar a crise, vai criar o imposto do caralho.
Até agora o caralho tinha escapado ao IRS. As razões eram estar 99% do tempo pendurado sem emprego, 0,2% do tempo trabalhar às mijinhas, 0,5% do tempo ter trabalho duro e 0,3% do tempo estar metido num buraco. Além disso, não ajuda nada ter dois dependentes que não arranjam trabalho em lado algum e não têm onde se meter.
A taxa do imposto variará conforme o tamanho, com os escalões seguintes:
25 a 30 cm - imposto sobre bens de luxo...........€ 30.00
20 a 24 cm - imposto sobre postes......................€ 25.00
14 a 29 cm - imposto sobre a classe média.........€ 15.00
10 a 13 cm - imposto sobre a maçada..................€ 3.00
Machos que excedam os 30 cm terão que declarar mais-valias de capital.
Qualquer macho abaixo dos 10 cm tem direito a um crédito de imposto.
É obrigatório pagar dentro do prazo. Não serão concedidos prolongamentos!
PDC (Perguntas Do Caralho):
- Haverá multas para levantamentos antecipados?
- O que acontece quando um caralho trabalha por conta própria?
- Quem tiver vários(as) parceiros(as) conta como sociedade?
- As despesas com preservativos são dedutíveis como roupa de trabalho?
- Haverá um agravamento da taxa de imposto para quem não for circuncidado?
Malta, afundem para aí com propostas para o decreto.
25 dezembro 2008
Oh! Oh! Oh!
Pic by AmeliaG
Dling, dlong...
Dling, dlong...
Dling, dlong...
Abres-me a porta em robe. Não consegues esconder o teu ar surpreendido. Ooo, ooo, ooo!Disseste-me num tom de oh! oh! oh!
Afinal tinhas uma prenda surpresa...
Tens a mesa coberta de doces e a sala iluminada pelas luzes da árvore de Natal.
Um CD de Tom Waits aquece o ambiente da casa inteira. Riste com o olhar brilhante enquanto sentes a textura do meu fato de Maman Noël e abraças-me fortemente. Os teus gestos começam a fundir-se no meu corpo, descobres-me as coxas nuas e acaricia-las rodeando a fita do cinto de ligas que suporta as meias brancas brilhantes, agarras-me as nádegas com desejo e desapertas os laços da minha tanguinha naïf.
Liberto-te do peso do robe aveludado e encontro o teu corpo nu, bronzeado como se fosse sempre Verão nele. Desapertas-me alguns botões do corpete e acaricias-me os braços, os ombros, os seios.
Afastas os livros que andas a ler de uma das mesas e sentas-me nela... Lambes-me toda e sentes o meu clitóris encharcado de prazer. Vais-me estimulando, vou-te masturbando enquanto solto a saia vermelha e o resto dos botões do corpete branco, faço-te um broche longo e tu suspiras de prazer. Enches-me os seios com a boca e as tuas mãos fortes e precisas, puxo-te e faço entrar o teu pénis sedento dentro da minha vagina molhada.
Aahh, oohh, uuhh...
Fodes-me tão beeem!
Agarras-me e levantas-me, não saindo de dentro de mim e deitas-me no tapete junto à árvore. As minhas mãos deslizam no chão enquanto me contorço de prazer e venho-me com o teu pénis a encher-me bem. Agarro-o e enfio-o na minha boca e tu gritas de loucura, vens-te também enchendo-me o corpo com o teu sémen delicioso.
Feliz Natal a todos!
"Portarem-se bem durante o ano tem as suas recompensas"
[Cartaz - "Querido Pai Natal, nós sabemos que é pedir muito, mas tudo o que realmente queremos no Natal este ano é o Brad Pitt. Assinado: El & Sa (as gémeas)"]
24 dezembro 2008
Boas Festas
23 dezembro 2008
[noite]
Espera... Vou acender as velas. O incenso já está a queimar. Esse CD que aí está... coloca-o a tocar. Sabes que o som do saxofone me desperta os sentidos. A ti também. Só faltam os copos de vinho tinto. Hoje quero todos os clichés dos amantes. Fazemos um brinde? Não precisamos de ser originais. Vamos ouvir a música, beber um pouco. Conversar. Rir. Seduz-me como se fosse a primeira vez. Sabemos que vamos acabar na cama. Mas sabíamos isso desde o primeiro encontro. Por isso, vamos aproveitar a noite. O ambiente perfeito. Quero-te todo, de todas as formas. Agora beija-me.
22 dezembro 2008
A Lenda Oculta das Caldas... agora ilustrada
É entrar, senhores e senhoras! É entrar!
Poema de Charlie, escrito por ocasião do 10º Encontra-a-Funda, que se realizou nas Caldas da Rainha nos dias 22 e 23 de Novembro de 2008, em homenagem a Francisco Agostinho, mais conhecido por Chico das Piças e ilustrado por Raim.
__________________________
E adoro este espírito de "se me odes também te odo" do Bartolomeu:
feitos de barro amassado
Quem os molda já tem calos
Mas ainda não está cançado
Toda môça que se preze
E no grêlo sinta cócegas
Vá às Caldas muitas vezes
Mas não compre caralhos às cegas
Pode o barro estar estalado
ou ter a pintura a saltar
Convém levá-lo entalado
Qué pra não se questipar
Eu por mim quero saber
Em que terra amassam conas
Já estou farto de foder
Tantas gajas boazonas
(esta última rima lembrou-me a história da raposa e das uvas)"
Adenda:
"Para o Nelo meu amigo
A quem a cona agonia
Há nas Caldas o artigo
Que o enche de bonomia
E pode provar à vontade
Dos marsápios os maiores
Ção de 5 litros de capacidade
Mas isso p'ro Nelo são peanuts"
Sim, sim, o Nelo tem direito de resposta:
"Beim, cu já mintendeim neshta
Farça feita du Barta e Dele
Çou melhér pra diser: Basta!
De guzar com o Nelo, Cacête!!!
Ei as gaijas de covas fartas
Éi us homes que nam me dãu nada
Éi o Lalo ca pochete me palma
e inté a Ção, que me desgrassa
Nam eziste neshtas melhéres
o respeito cu hás bishas çe les deve
Paçóm o tempo num goso que çerve
prá les incher o pacote de febre
E pur iço, eu Nelo tôu fartu
Deste goso, E é meu devere,
Dôje eim diante dizer beim altu:
- Voltu les o cu e mandu us fuder!"
Como se fazem os preservativos
Isto faz-me lembrar a visita à fábrica de preservativos e chupetas.
Primeiro foram ao pavilhão das chupetas, onde uma máquina enorme fazia "chluf-pch...-tic-chluf-pch...-tic-chluf-pch...-tic-...".
- Que engraçado. Porque é este som repetitivo?
- É fácil. - explicou o director da fábrica - O "chluf" é a injecção de latex no molde. O "pch..." é a conformação da chupeta. E o "tic" é a fazer o buraquinho na ponta.
Depois foram para o pavilhão dos preservativos. Lá, uma máquina em tudo idêntica à das chupetas fazia "chluf-pch...-tic-chluf-pch...-tic-chluf-pch...-tic-...".
- O som é de quê?
- O "chluf" é a injecção de latex no molde. O "pch..." é a conformação do preservativo...
- Não me diga que o "tic"... é para fazer um buraquinho na ponta?
- Claro que é. Se não fosse assim, como é que vendíamos as chupetas?
21 dezembro 2008
Calha bem que é antes de almoço
É hoje o Global Orgasm Day (Dia do Orgasmo Global). Em Portugal é às 12h04m. Acertem os vossos relógios...
Loirice
O seu sorriso fluía naturalmente e depois, era loiro como o Pitinho o que em termos estéticos contrasta que nem ginjas com a minha tez morena pelo que o ritual de sedução estava tacitamente deferido.
Convidou-me para visitar a sua casa e esclareceu logo que era na zona in da Expo. Imediatamente desejei que continuasse tudo em cima. Já lá mostrou-me o painel digital das várias funções da casa. Pensei que se ele abreviasse as explicações num instantinho o digitava todinho. Mostrou-me depois o plasma novo que acabara de comprar enquanto eu me entretinha a despi-lo com os olhos imaginando-me a plasmá-lo em mim. Ele continuou a exibir-me os brinquedos tecnológicos que possuía desde a máquina fotográfica digital à Bimby discorrendo especificações e marcas num tal arrazoado que quase me senti bimba por acreditar em príncipes loiros. Mas da minha cara não transpareceu o pensamento e como não estávamos numa história de banda desenhada ele não podia ler a minha filactera em forma de nuvem e com bolinhas. Vai daí que ainda me fez uma demonstração do gingarelho que aspirava sozinho e eu abri a minha boca num bocejo e com o espanto dele ainda não estar a aspirar com o nariz espetado no meu Monte de Vénus.
Peguei-lhe em ambas as mãos não fosse ele levá-las dali para me alardear mais uma porra qualquer e confessei-lhe que tinha sangue índio. Tanto que era antropófaga e gostava particularmente de degustar aquela parte do corpo que os índios do Brasil ofereciam aos seus convidados de honra e assim também aos portugueses quando estes lá arribaram. O resto são amendoins.
Convidou-me para visitar a sua casa e esclareceu logo que era na zona in da Expo. Imediatamente desejei que continuasse tudo em cima. Já lá mostrou-me o painel digital das várias funções da casa. Pensei que se ele abreviasse as explicações num instantinho o digitava todinho. Mostrou-me depois o plasma novo que acabara de comprar enquanto eu me entretinha a despi-lo com os olhos imaginando-me a plasmá-lo em mim. Ele continuou a exibir-me os brinquedos tecnológicos que possuía desde a máquina fotográfica digital à Bimby discorrendo especificações e marcas num tal arrazoado que quase me senti bimba por acreditar em príncipes loiros. Mas da minha cara não transpareceu o pensamento e como não estávamos numa história de banda desenhada ele não podia ler a minha filactera em forma de nuvem e com bolinhas. Vai daí que ainda me fez uma demonstração do gingarelho que aspirava sozinho e eu abri a minha boca num bocejo e com o espanto dele ainda não estar a aspirar com o nariz espetado no meu Monte de Vénus.
Peguei-lhe em ambas as mãos não fosse ele levá-las dali para me alardear mais uma porra qualquer e confessei-lhe que tinha sangue índio. Tanto que era antropófaga e gostava particularmente de degustar aquela parte do corpo que os índios do Brasil ofereciam aos seus convidados de honra e assim também aos portugueses quando estes lá arribaram. O resto são amendoins.
20 dezembro 2008
Alguém me explica...
... de preferência sem palavras caras e com bonequinhos, a posição da igreja católica sobre o apelo feito por 66 países pedindo a despenalização universal da homossexualidade?
Te espero
cantando con las flores del jardín.
Cuando llegues; no me abraces.
¡Desnúdame la noche!
y acaricia mis sueños
con tu piel.
El artista desnudo
Sábado à noite
Aninhou-se no sofá; agarrou no comando da televisão e aninhou-se no sofá; rodou as três grandes pedras de gelo com um habituado gesto de pulso dentro do imenso balão de baileys quase cheio, pouso-o no braço do sofá, agarrou no comando da televisão e aninhou-se no sofá; olhou desconsolada para o comatoso telemóvel, rodou a cabeça para confirmar o que já sabia na caixa vazia do Outlook e no silent messenger, torceu o nariz ao livro no chão, bebeu um longo gole de baileys ainda em pé, mordeu o lábio inferior, sentou-se, descalçou as havaianas de trazer por casa, rodou as três grandes pedras de gelo com um habituado gesto de pulso dentro do imenso balão de baileys quase cheio, pousou-o no braço do sofá, agarrou no comando da televisão, aninhou-se no sofá e ficou na penumbra a olhar para o ecrã apagado, de braço direito estendido com o comando em riste e o esquerdo encolhido agarrado ao imenso balão que embalava suavemente num gesto automático e, aninhada, ficou pensando em si, ali, num sábado à noite, se era louca ou misantropa, se o mal era dela ou do mundo, se se queria encontrar com alguém ou se queria permanecer ali sozinha sem sequer chorar com um doloroso nó na garganta como uma rolha de cortiça que flutuava até lhe cortar a respiração.
– Afinal, quem sou eu? – ouviu-se perguntar com voz rouca, embargada e acendeu a televisão para não sentir as lágrimas e bebeu para afogar a rolha e levantou-se, deixando o copo meio e a televisão acesa e as coloridas havaianas no chão, e correu, correu, correu, correu para a cama que ficava meia dúzia de passos mais à frente e deitou-se de barriga para baixo, incapaz de continuar a chorar, enfiando a cabeça na almofada e esperando sabe-se lá o quê, sabe-se lá de quem.
– Afinal, quem sou eu? – ouviu-se perguntar com voz rouca, embargada e acendeu a televisão para não sentir as lágrimas e bebeu para afogar a rolha e levantou-se, deixando o copo meio e a televisão acesa e as coloridas havaianas no chão, e correu, correu, correu, correu para a cama que ficava meia dúzia de passos mais à frente e deitou-se de barriga para baixo, incapaz de continuar a chorar, enfiando a cabeça na almofada e esperando sabe-se lá o quê, sabe-se lá de quem.
A São Rosas foi para freira...
... pelo menos foi vista por essas bandas e nesses preparos pela Milena Miguel, do Atelier S. Miguel, artista que é funda fornecedora da minha colecção de arte erótica.
Estas duas peças foram feitas especialmente para o 10º Encontra-a-Funda e foram-me entregues na visita que fizemos ao atelier do Fernando e da Milena Miguel.
Mais duas maravilhas a juntar às outras.
A freira endemoninhada com a serpente e o cão
Abençoado cãozito
Detalhe do trabalhinho da cobra cuspideira
A freira dá a volta à cobra cuspideira
A cobra sabe mexer-se como e onde a freira gosta
Detalhe do trabalho de boca e mão
Estas duas peças foram feitas especialmente para o 10º Encontra-a-Funda e foram-me entregues na visita que fizemos ao atelier do Fernando e da Milena Miguel.
Mais duas maravilhas a juntar às outras.
A freira endemoninhada com a serpente e o cão
Abençoado cãozito
Detalhe do trabalhinho da cobra cuspideira
A freira dá a volta à cobra cuspideira
A cobra sabe mexer-se como e onde a freira gosta
Detalhe do trabalho de boca e mão
Subscrever:
Mensagens (Atom)