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Cuida-te, amor. Ama. Debruça-te e colhe a flor. “Carpite florem”, que se não for colhida por si mesma cairá. Sem beleza, cairá. Onda dura. Mais dura do que a rocha, se a não escava. São essas águas, tépidas e flexíveis, as do teu corpo, de que preciso para sobreviver; é o mel da tua língua e a carícia interior do teu sexo de que preciso para limar e arejar e amolecer a pedra triste do meu corpo. “Tu mihi sola places!” 993
O teu sexo quando o orgasmo sobrevém:
uma caixinha de música molhada.
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Amo-te porque não te conheço.Saibas tu manter-me na ignorância dos teus enigmas.
Fotografias de Luís Mendonça
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Uma por dia tira a azia