10 fevereiro 2010

Maria: o conto dos monstros

Amor; há monstros e também os que vivem dentro de ti. Amor, eu não desvio o olhar deles; mesmo que os esconda debaixo da cama, eles continuam a existir; mesmo que tape a cabeça, eles continuam a olhar para mim.

Amor, há monstros e também os que vivem dentro de mim. Amor, eu não os tento ocultar; mesmo que os oculte debaixo da cama, eles continuam a existir; mesmo que tu tapes a cabeça, eles continuam a olhar para ti.

Amor, não tenhas medo de me perguntar como são os meus monstros; não tenhas medo de os ver; amor, quem sabe eles não sorriem para ti?

Amor, há monstros e também há os que vivem dentro de nós. Amor, não vamos desviar o olhar deles; mesmo que os escondamos debaixo da cama, eles continuam a existir e quando tapamos a cabeça, amor, trocamos o medo dos monstros que nos olham pelo medo dos monstros que imaginamos a olhar. E nunca os imaginamos a sorrir; e, quem sabe, eles não podem até sorrir para nós?

Não tenhas medo de encontrar os meus monstros nas tuas perguntas, meu amor.

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