Amor, se não me deres a tua palavra nua,
a roupa dela fica entre a minha pele e a tua...
Deixa-as despir,
primeiro baixinho,
como a brisa começa por sentir
as velas de um moinho.
Amor, já não te entrego a minha pele nua
porque a cautela vestiu a minha palavra e a tua...
Deixa-as sentir,
despir cada momento,
corpo noutro corpo existir
como a brisa existe no vento.
Amor, se vestíssemos a lua, mesmo de belo espartilho,
a nudez do seu brilho, não inundava a rua.
a roupa dela fica entre a minha pele e a tua...
Deixa-as despir,
primeiro baixinho,
como a brisa começa por sentir
as velas de um moinho.
Amor, já não te entrego a minha pele nua
porque a cautela vestiu a minha palavra e a tua...
Deixa-as sentir,
despir cada momento,
corpo noutro corpo existir
como a brisa existe no vento.
Amor, se vestíssemos a lua, mesmo de belo espartilho,
a nudez do seu brilho, não inundava a rua.
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