14 janeiro 2011

ascensão

travessa
atravessas meu espaço
reptícia à distância do meu braço
estremeço
e adormeço o embaraço
de algum tempo nos ser assim tão escasso
suspiras
e aspiro-te a fragrância
impossível de conter a tal distância
e quando um olhar teu
poisa no meu
sem receio neste caminho do céu
eu apuro
com espanto e estupor
que no breve desatino
de um destino
um ressalto - nada mais
breve fulgor
já chegado sou ao velho sexto piso
e sem grito
sem reparo
sem aviso
estremece e estaca o ascensor…

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Uma por dia tira a azia