11 janeiro 2011

Prostituição - pessoal e intransmissível(?) (Para o A. e para quem (se) pergunta)

Claro que posso tentar explicar a dificuldade ou facilidade com que uma mulher se prostitui por características da sua personalidade; cada mulher é única, cada uma sentirá o que faz de uma forma diferente. Contudo, – sabes tu que fui sempre a mesma mulher – quando decidi prostituir-me de bolsos vazios e aflição nos dedos, custou-me, sim, a angústia imperou; quando decidi fazer exactamente a mesma coisa apenas por mais algum conforto, apenas – confesso – porque me apeteceu mais do que contemplar montras com coisas giras, foi incomparavelmente mais "leve". Sim, poderia achar que sou uma criatura estranha, absurda, desconectada com a realidade mas, garanto-te, outras meninas que conheci traziam a dor no olhar se nos bolsos traziam aflição e vazios, e olhos muito mais tranquilos quando em situações menos extremas ou nada extremas. Concluí, então, que, se a personalidade de cada uma é factor que influencia a emoção com que vive esta situação, os motivos que nos trazem aqui também devem ser pesados; da junção destes dois se formam respostas. É bem vindo quem quiser contrapor, comentar, acrescentar, perguntar; é certo que aqui existem tantas verdades quantas pessoas; eu respeito quem tudo procura, é muito mais fácil reduzir do que indagar.

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