16 agosto 2012

«Bem-vinda à Foda dos Milhões» - Patife

Chamem-lhe cliché ou o que quiserem. Mas é um facto que existe toda uma comunidade de sardaniscas que pede para ser tratada por puta na cama, de forma a aumentar a intensidade do orgasmo. Quero deixar aqui o meu apreço à auto-confiança destas moçoilas. É preciso ter um ego bem solidificado para se darem desta maneira. Já muitas me pediram para as chamar de putas a meia-foda, umas só o conseguem fazer um nano-segundo exacto antes de se virem, outras gritam para toda a vizinhança ouvir que são umas putalhonas e outras apenas sussurram para não ficarem muito conotadas com o pedido. Mas todas elas têm um ponto comum: ganharam o meu respeito. É preciso ser-se muito pouco puta para pedir para se ser tratada assim. Experimentem lá chamar puta às meretrizes profissionais e vão ver o que vos acontece. Quero pois manifestar o meu louvor a esta comunidade que se quer crescente, quase tão crescente como se põe o meu nabo sempre que uma me pede para ser chamada de puta na cama. Isto a propósito da estouvada de coração grande cujo quadro de referências era mais delicado que uma porcelana chinesa. Tratei-a por puta e até sou capaz de jurar que nesse momento ouvi o coração a partir-se. Quando lhe dei as boas-vindas aqui à foda dos milhões devia ter de pronto avisado que na cama sou uma carta fora do baralho comum. É que assim era previsível que ela se iria tornar uma carta fora do caralho. Com a fúria enquanto ia saindo de minha casa deixou muitas coisas partidas. Além do coração. Que esse à partida já estava fadado. Quanto ao resto do corpo, já estava fodido.

Patife
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