23 agosto 2012
Desejos na Solidão das Horas & Confissão
Confissão IV
Há sempre dentro do peito
Uma verdade escondida
Um sonho desfeito
Uma alma ferida
Há horas de desespero
Lágrimas que não se contêm
Algo de tão verdadeiro
Que não se mostra a ninguém
Há sempre em cada peito
Um secreto alçapão
Que nunca pode ser desfeito
Nem mesmo em confissão
É algo de que não se fala
Que se enterra bem fundo
E tudo o que o coração cala
Nunca vê a luz do mundo
Mas mói a alma por dentro
Num rendilhado tão fino
Seca-a tira-lhe o alento
E esconde-lhe o destino
A pobre coitada vagueia
Á toa sem se deter
Por todo o lado passeia
Ninguém a pode entender
É assim que eu me sinto
Sem ter com quem falar
Se falo pareço que minto
Se não falo, vou rebentar…
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Há várias maneiras de estar só e de sentir a solidão, estas duas são duas das possíveis.
Num diálogo interior ou num fechar de olhos imaginando ou fantasiando realidades alternativas, explorando desejos e fantasias a "solo"...
PS: Mais trabalhos meus podem ser visitados, comentados e quem sabe, admirados em:
aminhagaleriavirtual.blogspot.com