15 janeiro 2013

Eva portuguesa - «Voltaste?!»

O telefone tocou. Atendo com a "voz da Eva", sensual e calma.
Dizes que me queres visitar. Que já tinhas estado comigo antes.
Realmente a tua voz não me é estranha, mas não a consigo ligar a uma cara...
Chegas à hora marcada.
Quando te abro a porta e vejo que és tu... o meu coração fica louco, galopando sem parar. Sinto esse galope noutras partes íntimas do meu corpo, como que dando-te as boas vindas.
Fico ali, a olhar para ti, sem saber o que fazer. Há tanto tempo que tinha sido a nossa última vez!...
Tomas tu a iniciativa, como o macho forte e dominante que és! Beijas-me nos lábios com fome e volúpia, abrindo caminho na minha boca com a tua língua quente. Agarras-me ao colo como se fosse uma pena e, sem largar a minha boca, encaminhas-nos para o quarto.Sentas-te na poltrona comigo ao colo e soltas-me as mamas, chupando-as como uma criança esfomeada. Gemo... de prazer, de dor, de ansiedade, de tesão... Sinto um volume aumentar nas tuas calças, que roças despudoradamente na minha tanga...

Empurras-me para a cama com alguma violência e arrancas-me a tanga. Entras em mim brutalmente, com alguma agressividade até... queixo-me... mas tu não páras, até me regares as mamas com o teu esperma, com um esgar de alívio e dor.
Olho-te nos olhos, tentando ler neles uma explicação mas tu, ofegante, levantas-te e vais para o duche. Fechas a porta da casa de banho, como que a dizeres que não me queres lá...
Também não iria...
Continuo deitada na cama onde tantas vezes fizemos os dois amor, sentindo-me dorida, triste, zangada e humilhada...
Nem uma palavra trocaste comigo... apenas quiseste aliviar-te, sem doçura, sem preliminares, sem pensares no meu prazer...
Pensei que seria da ansiedade e que voltarias do banho com aquele sorriso doce e maroto que me cativou, que falarias comigo, me darias mimos e depois recomeçaríamos, devagar, a sentir a tua língua a percorrer o meu corpo, os arrepios de prazer a subirem-me pela espinha.
Enganei-me.
Voltaste já vestido, sem um sorriso, algumas pingas de água ainda a escorrerem do teu cabelo.
Pousaste o dinheiro na mesinha de cabeceira, deste-me um beijo na testa e disseste que voltarias.
E saíste... assim...
E eu perguntei-me quem afinal eras tu...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado