«Trabalhar por cona própria» - Patife
Há já algum tempo que não ia a uma festa organizada pelo meu amigo Xerife. Se há coisa que o gajo sabe é organizar festas, que é como quem diz, encher o antro com esgrouviadas da senisga que, todas misturadas, prometem originar um cocktail de javardice a todos os títulos de louvar. Engalanei-me e lá fui a destilar tesão para a festa repleta de pachacha dondoca. Contudo, ou fiquei demasiado exigente, ou o Xerife ficou com os bifes do lombo só para ele e partilhou apenas as peças de qualidade inferior. Aquilo estava apinhado de mulheres desenxabidas. Assim que entrei senti umas largas dezenas de pares de olhos a comerem-me. Não as condeno. Estavam todas a trabalhar por cona própria. Mas eu não me queria apropriar de nenhuma daquelas pachachas. Encosto-me na varanda a beber à bruta quando, nas minhas costas, ouço uma dondoca dizer que estava com cieiro. E foi aqui que se fez luz. Enchi-me de alento, pois sempre acreditei que o cieiro é a doença do cio e tinha agora uma oportunidade de ouro para testar a minha teoria. Virei-me e é aí que a vejo toda altiva e de sublime beleza. Estava pronto para começar a arte do engate mas nem precisei de usar a minha lábia. Apenas usei a lábia dela. Aliás, levei-a mais depressa para o quarto de hóspedes do que o tempo que demora a soletrar a palavra lábia. Confirmou-se assim o cieiro como a doença do cio. Aquilo foi uma genuína parada de orgasmos. Deitei-me satisfeito pela confirmação da teoria e a congratular-me por ter encontrado uma mulher assim no meio de toda a feiura presente. Não só encontrei uma autêntica agulha num palheiro como ainda consegui enfiar-lhe o Pacheco no buraco.
Patife
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