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18 agosto 2019

O fundo Baú - 30

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»
Em 22 de Abril, o Karl Marqs e o OrCa fizeram umas odes à rebaldaria dos comentários do blog, que nessa altura fervilhava com trocas de galhardetes que por vezes eram às centenas.

O Karl Marqs fode (contracção de «Fez-me» com «uma ode»)

Estava a bela São sossegada e em descanso
Quando por entre a folhagem de um velho carvalho
Assoma um pequenino mas lindo passaralho
incomodando assim seu merecido descanso

e diz o impertinente:
- Que fazes tu, q'inda agora vieste de férias?
logo responde a São: - deixa-te de lérias
que eu já estou pouco contente!

- Que se passa, bela Dama?
Será que lhe falta xalxixa?
- Ó passaralho, Xalxixa não espicha!
Olha que a mim ninguém faz a cama!

- Senhora, não se zangue (que mais bela ficais)!
- Eu, zangada, não estou
mas tenho aqui os meus ais
Pois rebaldaria no meu bloguinho andou
malta acesa os cortinados sujou.
E se ao Isso e mais ao Jorge apanho
não lhes dou tempo de comer o redanho!

Karl Marqs

Nota da editora - Quem não sabe o que é redanho (ou redenho) vá ao dicionário ou aos comentários do post anterior, em que as minhas visitas mostram o que é erudi São. A cultura é uma coisa bué de fixe!

O OrCa também se veio

À São Funda pr'agradar
O Karl mandou um poema
Quer o Muff um tal minete
Jorge Costa perde o tema
No espanto do radanho
E andará ranho no ar?
Então como é que ficamos
Nesta alegre confraria?
Vamos só ao cão dar banho
Não comemos
Nem bebemos
E nem de cima saímos?
Dancemos, irmãos
Dancemos
Se calhar um minuete
E àqueles p'ra quem o amanho
É confusão e problema
Recordemos que sem tamanho
Vai-se a ver
... nem vale a pena!

OrCa

Nota da editora: OrCa, já mereces estar na lista de colaboradores deste blog... hmmm...

23 julho 2009

Prenda especial para o Charlie

Eva «Tundi» Horvath dança (chamemos-lhe assim) ao som de «Psyché Rock», de Pierre Henry. Guarda objectos que possam cair com abanões!


______________________
Como diz a Paula Raposo, "Não duvido que exista quem goste!"
É o caso do OrCa, que ode tudo o que mexe:

"enorme - brutal - ingente
mamalhão latifundiário
mamas assim nem são gente
são bossas de dromedário

gostava de a ver no metro
Lisboa em hora de ponta
vá de frente ou vade retro
onde encaixar tal afronta

aquilo não é um peito
é coisa mais sideral
mete-nos susto e respeito
p'ra lá do fenomenal

imagino a agonia
se por baixo eu me pusera
morrendo de asfixia
esmagado por tal fera

são alemães os melões
estes mercedes mamários
darão bem p'ràs provisões
de mais de mil usuários

e nem parece que sejam
algo assim siliconado
estão ali p'ra que vejam
o que é ser sobredotado..."


O Charlie faz-se esquisito (acha que as mamas estão verdes, não prestam, só os cães as podem tragar):

"Ai este Orca que com a São
me enchem o cais de vel' em prumo
digo-lhes entanto que não chegais
aos navios da Gota, esses sim um sumo.

Que se a fruta se quer alta
mas à mão dum breve esticar
Quando cai assim é certo que mata
Esta sede que desejo farta
Mas só ao ponto do meu saciar."

O OrCa nunca se satisfaz só com uma ode:

"ai que sacia, sacia
e se queres experimentá-lo
com três chupões ela avia
quem ousar ir lá cantá-lo

aos quatro é inundação
espirra que é um gosto
é mesmo bom tê-la à mão
em caso de fogo posto"

O Charlie bem tenta desvalorizar a mercadoria (ou melhor, o par de mercadorias) mas parece que está hipnotusado:

"ai que sacia, isso sacia!
É palavra Douta e Orca
Mas não quero experimentá-lo
deixo-a de gosto à tua porta
E aos três chupões que avia
quem ousar ir lá cantá-lo
Digo-te: antes melancia
Que perder por lá a minhoca."

Abençoadas tetas que até o Santoninho as ode!

"Nem bossas de dromedário
que apontam para o céu...
e, mesmo cobertas c'um véu,
são mamas de campanário!

Ingentes... in tu mescentes
Prenhes de líquido orgânico,
De um ordenhar mecânico...
precisa que lhe acrescentes!

Eléctrico, a pilhas ou a gás,
em organdi, máscara, na tromba...
E co'a docura de uma pomba,
Sacar-lhe o vírus... e zás!

Depois, uma branlette à espanhola
Que, aquilo, só para isso serve...
E então, fenece-nos a verve...
E dá-nos um tesããoo na tola!"

16 junho 2007

Os Terrores de Santo António Uns Dias Depois


Foto: Malandrices das Caldas


Santo António, santo de pau
ao pular de carnes em fogo
Quase queima o altar
onde o prendem os devotos

É o ouvido das confissões.
De meninas em hormonas
De senhores em aflições
e ele santo: - Por quem me tomam?-

Mas diz isto muito baixinho
preparando a tal desgraça
Pensam que eu sou muito bonzinho
- 'Pera aí que isso já te passa! -

- Ele, que minutos a quer na cama,
E ela p'ra vida na cama o quer
e eu no meio desta mama
-Tenho é mais que fazer.

Deito então as mãos à obra
encho-os de beijos e manjericos
dou-lhes maçã, escondo a cobra
depois de casados, já não é comigo

Fico livre por mais um ano
Salto do altar e nada sobra
Sou perfeito, do sino badalo
que entre copos e saias dobra.

Charlie

O OrCa ainda consegue dar uma ode depois de outra:

"ao António e aos outros santarrões:

o Santo António ladino
é bicho de grande escola
ao colo traz o menino
na toga a sarapitola

santo cioso de bilhas
de que as moçoilas se ufanem
vai às fontes minhas filhas
quebrando-as mal as abanem

no mais nós somos tristonhos
mas nos santinhos que temos
fazêmo-los seres medonhos...
são santinhos como demos

danados p'rà brincadeira
namorados, garganeiros
arranjam sempre maneira
de se safarem lampeiros

vão à fonte pelas bilhas
mas tudo o mais não enjeitam
são santinhos-maravilhas
com as moças bem se ajeitam

sejam mais novas, mais velhas
por trás de moita ou postigo
mais ladinas, mais azelhas
a todas chamam um figo..."


O Nelo não pode ouvir falar em odes que quer logo pôr-se no meio (a chamada sandes de Nelo):
"Orca melhér faz um tempão
Que nam te via aparesser
Neste broshe que é da Ção
Ela como tu, uma grande melhér

Tameim és do Çanto Toino
Deçe Çanto de pau feito
Ai melhér que já nam á homes
cumo os avia tam a jeito

Mas os tempos stão mudados
Nada éi d´antigamente
Çó tu Orca, melhér çabes
cumo as coizas stão diferentes

e per iço fizeste beim
em botar a puezia
Ao menus ainda á alguéim
Que enche o Nelo de alegria

Fico intão sperando em fogo
Teu bater há minha porta
Morro çe te tardas, fofo
Meu querido home-Orca.

Nelo, broshista de çervisso"

15 fevereiro 2008

Frase do Katano


"Uma orgia de tranquilidade!"

É a frase forte do anúncio ao próximo programa "Terra a Terra" da TSF dedicado ao Mosteiro de Alcobaça e que abre todo um manancial de novas possibilidades de marketing. Não me espantaria se, mais dia menos dia, alguém se referisse ao Santuário de Fátima como um deboche da espiritualidade ou um bacanal de religiosidade.
Mas isto sou eu a dizer, que vivo numa verdadeira depravação de ignorância...

Imagem retirada do site do Patriarcado de Lisboa

Adenda: Desde já agradeço à São Rosas esta erectizante oportunidade de me juntar a este grupo de potentes escribas! Beijoca na passaroca!

______________________________________
E que melhores (que boas) vindas que ser odido pelo nosso membro bardo (até custa a dizer, que a língua tropiç... tropeça), Dom OrCa?
"de Centum Cellas e falo
um erudito Caetano
partiu que foi um regalo
para a São feito Katano

ei-lo, sus! que t'arrenego!
sem receio de pecado
deu-nos um belo aconchego
ao sonso Patriarcado

já estou vendo um visitante
na orgia de Alcobaça
cheio de gozo insinuante
a vir-se em meio da praça!"

O Nelo não pode ver o OrCa oder que quer logo oder também:
"Neshte posht cu Orca barda
Com Katanos e o mais qu´ele quer
Mete os Sellas e Caetanos
È um deleite p´ra todos, melhér

Tem jentios a vir-çe na Prassa
Patriarcas eim aconchego
Vizitantes d´Alcubassa
sheios de cumishão no rego

E éi ai que entra o Nelo
Cumishõeis éi o meu artigo
Fico intéi verde e amarelo
Çe por uma cova o veijo perdido

Vá de Metro Sacanás
Ide com as covas lá p´ôutros cantos
deichem Nelo vir-çe de marshá-tráz,
O bacanal vóço é com us Çantos

Cumo dish o Patriarca
e o o Orca ode tão beim
Gaijas venhóm todas, Çantas!
A resar tambéim se vem"

11 março 2008

O OrCa ode a depilação

"Quanto a pilosidades, tendo para o conservador...
Nada como uma pelagem personalizada que, para globalização, já chega o que chega.

depilando o adjacente
da pila ou da sua aljava
dei, enfim, uma diferente
mas algo ali me faltava

tentei saber se seria
por irritação da zona
ou se por estar mais fria
a coisa do que a sua dona

certo é que natureza
se ali colocou os pêlos
algo queria com certeza
e não era p'ra comê-los

cada fenda seu desenho
cada vara seu preceito
tem a foda mais empenho
tendo cada um seu jeito

louras, morenas ou ruivas
de carapinha ou careca
vê lá bem se tu não uivas
ao sentir diferente a queca..."

OrCa

"Orca meu caralho
Também és dos meus
O pito quer-se farfalho
de pintelho que Deus deu.

Tem lá algum gosto
Ou prazer especial
o pau rijo do carosto
na pele lisa escorregar?

Num é nada pra um macho
nem dá tusa qualquer
O pito todo em escarcho
sem um pêlo sequer

É chegar e aviar
Que o pito está ali
sem a procura no mato
onde se esconde o javali.

Para quem gosta de caça
e palmilhar entre as giestas
Caçar bem o pito
é sempre, sempre uma festa.

Passo-lhe os dedos
afasto as ramagens
Procuro pelo cheiro
por entre as fartas pastagens

E qual num é o gozo
quando descubro por trás
dum arbusto raso
Aponto e... Tráz

A seguir é cumó vinho
que já a seguir gloso
não é verso do Minho
mas serve o pito que gozo

"Primeiro vai inteiro
e depois inté ao fundo
o segundo cumó primeiro
o terceiro cumó segundo"

E podia continuar
nesta conta da foda
que cumó vinho que sobra
dá vómito mas na cona.

Por isso meu Orca
és um gajo do caralho
O pito qu'o nosso gosto toca
é cheínho de farfalho!"

Falcão

23 dezembro 2006

O meu canto - por Alcaide

Imagem de carolyn_in_oregon (Flickr)"Virá sempre à memória este meu canto...
canto do peito, meu rio de verdade,
porque a barca do mar lembra a beldade
e navega à bolina como encanto.

Cantasse eu toda vida em desencanto,
mulheres mil... mil poesias e saudade,
só a barca eu queria, realidade,
a erguer a nossa vela, de amor tanto!

E a barca chama o rio e o marinheiro,
velejando em seus olhos, feiticeiro,
enfunando essa vela, o teu olhar.

Unamos nosso rio paralelo,
a barca chega ao fim, ao cabedelo,
depressa com amor, juntos, no mar
Alcaide"

"Alcaide, cá te deixo a chapelada
por assim cantares da barca tal fervor
pois que é raro o sentir-se tanto amor
a cantar nesta pátria mal amada

pátria nossa pobre dela mal cantada
por quem tanto lhe apraz por desprimor
fazer dela uma barca em vil torpor
em preguiças já sem viço abandalhada

mas tu cantas o sentir de corpo inteiro
tão urgente num mar de sensualidade
que nos traz tanto à vida o dom primeiro

tu encantas neste canto de verdade
do destino feito em nós de marinheiro
que nos prende afinal à liberdade.
OrCa"

"Pensemos que de certo nos chamaram
p'ra cumprir a tarefa da viagem...
Calmo o tempo... só a falta de uma aragem
não faz seguir a barca e... atracaram!

Velhas palavras lindas te lembraram!
Quantos castelos ruíram nessa imagem
olhos turvam ao verem que na margem
a barca afunda o sonho que embarcaram!

Nunca a vida decorre sem o vento
Ele traz a liberdade ao pensamento,
se a acalmia repousa o coração

Importa assim viver todo o momento,
com sonhos... viver a hora com paixão...
Felicidade e amor mais ilusão!
Alcaide"

"E eu não queria ficar sozinho na margem
Olhando lá ao longe a barca bela...
Queria tão só ter a miragem
De estar aqui nesta mundo, só eu e ela...


E queria que o Alcaide e o Orca,
Vates, Poetas de eleição,
Não mais batessem à porta
Da Felicidade, do Amor, da Ilusão!


Ser-lhes-ia pois reconhecida
A sua entrega à Vida,
Pelo que receberiam recompensa...


De uma contribuição imensa
Que só se dá a quem pensa
E ama sem contrapartida!
"


Como chamei a atenção ao pela falta de atenção à métrica, ele amuou e mandou a métrica para o caralho (diplomaticamente, só para não me mandar a mim). O OrCa, como sempre, pôs água na fressura... digo, ode na fervura, tal como o Alcaide:

"metro a metro e rima a rima prosseguimos
tropeçando tanta vez em verso incerto
mas trazendo a fresca água àquele deserto
que só chora e ri se choramos e rimos

passo a passo e hora a hora lá seguimos
cara ao vento e o peito a descoberto
nosso riso solto ao ar é mais que certo
ser esteiro de outros mares que descobrimos

ironia mais brejeira ou escarninha
ou sarcasmo contundente ao céu lançado
não enjeito - sinto a vida como minha

não me inibe pois da vida qualquer lado
e percebo em cada puta uma rainha
tudo vai de como se entenda o pecado

OrCa"

"Poética com métrica e com rima,
sem métrica e sem rima vai valer,
balanço de palavras devem ter
as quadras e tercetos desde cima.

Se a métrica ou a rima desanima,
poética só encanta se puder
não são os três em um , se lá couber,
nem é amar a dois...se não anima!

Dizendo o que se quer, um sonho, ou nada,
correndo em desatino ecrevendo,
que é vício fazê-lo de assentada .

Poeta? só escrever,e não me emendo!
Nem basta uma mortal bem encantada
com o balanço... e centímetros fodendo!
Alcaide"

20 novembro 2006

Resumo (isto é, sumo de novo) do 6º Encontra-a-Funda

Aos 18 e 19 dias ( = 37) do mês de Novembro do ano da desgraça de 2006, realizou-se o 6º Encontra-a-Funda em_terras do Pedro Laranjeira e com um programa preparado pelo Bocage (ou terá sido ao contrário?!).
Muitas fodografias se tiraram e o OrCa foi o primeiro a disponibilizar uma apresentação em imagens, no seu blog Sete Mares. Aqui fica um resumo, para que conste:
Crica para aumentar
Depois de uma visita à Casa Agrícola Horácio Simões e de uma prova de vinhos (a maioria de nós não conhecia mas passou a conhecer o vinho Moscatel Roxo), fomos para o restaurante «Tábua de Salvação» onde fomos repastados com um jantar-ceia de arrebimba o malho (seja lá o que for que isto queira dizer). Ali em cima, onde parece estar uma estátua de Cutileiro, estão a ver rojões com migas. Depois de uma sopa alentejana e antes de um guisado de veado...
Crica para aumentar
O Sãorau começou com as poesias erotico-malandrecas deliciosamente ditas pelo OrCa e pelo Pedro Laranjeira, dos trovadores portugueses da Idade Média até autores contemporâneos, passando pelo Bocage e acabando... em poemas de sua própria autoria. Pelo meio, colaborei lendo o «Fado corrido e falado - a morte de João do Viso», da Encandescente.
A Tuna Meliches - em versão MineTuna - tocou e cantou um poema da Encandescente («Que olhas nos meus olhos») e três poemas do OrCa («D'amor ando», «Cirurgia de escárnio e maldizer» e «Amor em novas tecnologias»).
As luzes apagaram-se... e a Arcanja Gabi veio dar a boa nova à virgem Maria, que serzia uns peúgos: ia começar o «Auto Na Tal». Em cima, o burro e o boi, fundamentais com "os seus bafos e as suas bufas" para o bem estar dos figurantes, numa época em que ar condicionado nem sonhá-lo.
Crica para aumentar
A boa nova também foi transmitida aos pastores, que apanharam um cagaço já que estavam a comer umas cabras quando lhes apareceu o chefe dos anjos. Estavam... quero dizer, estava, porque um dos pastores estava a dieta e "era mais voyeur". Só ficou a ganhar, porque a cabra, no meio da abocanhadela, rompeu as calças ao outro pastor. E este teatro que não é subsidiado...
Crica para aumentar
O menino Jasu, que nos ensaios anteriores tinha sido alimentado a tintol, teve que se contentar com um refrigerante, já que não lhe dava jeito, na posição fetal, beber vinho por um jarro. O José bem quis ganhar dinheiro com aquele quadro tão lindo, publicitando a página www.manjedoura.come e cobrando a quem quisesse tirar fodografias, mas consta que não lhe pagaram um tusto. A narradora, lá atrás, bem tenta falar sem se rir, mas é um esforço inglório, com as figuras que este figurões faziam.
Crica para aumentar
Na manhã de domingo fomos passear ao Sado para ver golfodinhos. E eles apareceram. Até deu para reparar que são bichos que têm cara de caralho. A fodografia do OrCa, aqui em cima, mostra que um tarado vê erotismo onde outros não vêem um boi (nem um burro).
Crica para aumentar
Depois de um almoço de peixe grelhado variado, houve quem apresentasse e distribuisse presentes pelos presentes (que giro, "presentes pelos presentes"...) da Erosfarma, desta vez com pilhas incluídas. O OVNI (objecto vaginal, nadegal e intersticial) da imagem foi o que fez mais sucesso. Não, não é o vermelho que está pendurado na parede!
Quem o levou saiu mais cedo para comprar um saco de pilhas numa área de serviço. Aguardamos relatório circunstanciado (não confundir com circuncisado) para podermos encerrar esta acta.
A bem da Dona São

16 setembro 2006

duCO

(ao Nelo - reflexão para um fim de semana sem preoCUpações)

rotundidades duas
outras belezas
que se criam em cada criatura
e se delas o que sai é merda pura
são portal de prazer com mais certezas

pois verdade sem pudor que aqui avanço
é que ter prazer de cu é um descanso.

A Espectacológica faz uma vénia (frontal... nunca fiando): "D. Orca, salvé!

e duas rotundidades
apenas
partes de qualquer cardápio
tão valiosas para muito larápio
esquecem-se da merda das pequenas

a máquina de fazer cócó vira brincadeira
verdade verdadinha verdadeira."


O Bartolomeu intromete-o:

"Também queria ao Nelo
um versinho aqui deixar
Que rimasse com martelo
ou então com enrabar

Mas sinceramente não sei
como fazer tal rimar
Porque ao Nelo nunca dei
uma foda de encantar

Assim sendo, tristemente,
estas quadras vou trocar
Por um vibrador decente
para ao Nelo ofertar

E às meninas receosas
digo com toda a verdade
Não neguem entradas por trás
mesmo aquelas sardas ranhosas
que vos querem tirar a saudade"


Ao OrCa - já sabemos, ninguém ode que ele não oda também: "Cara Espectacológica, que tão bem me respondes...

De vénias não me aproveito
sem que a dona mo consinta
pois de Vénus o proveito
é maior se o par o sinta

o amor feito à traição
dá um gozo relativo
só um sente a fruição
fica o outro ressentido

e na matéria vertente
se é um cu que retalho
se o par está renitente
'Inda m'estraga o caralho..."


A Espectacológica conclui - digo eu, mas o fim de semana ainda vai a menos de meio - este dois em um (uma merda do caralho):

"Tenho prazer, caro Orca
com estas nossas conversas
gozo que nem uma porca
com tantas e vãs promessas

Uma vela se deve meter
em tamanho monumento
mas não se pode acender
ou a coisa fica um tormento

Um simples caralho no cu
e até dá para arrepiar
o cagalhão vem todo nu
e a isso chamamos cagar..."


Quem disse que acabava? O OrCa continua a regar de versos o rego:

"No refego
no sossego
pego não pego
e carrego
mas que doçura!
que apego!
um pouco mais quase a medo
onde mal cabia um dedo
cabe o ego
no olho cego
e assim me afundo qual prego
praga
prega
provo e rego
dentro do profundo rego...

que remanso!
que sossego!
que afago tão redondo!"


E finalmente o Nelo acusa-se:

"Tôu dum todo maravilhado
Pelas coizas que me glozam
Em bom olhal
as letras pouzam
Quandu neshte blog scarrapachado
Fazem do méu coizo portal
e motivu de poezia.

Afinal tudo o que éu cria
era ter um beim aviado
De cabessa eçcorregadia
E corpo de sã largura
Tudo feito em pessa dura
Entramdo dôce emcuanto fura
De bòlinhas pemduradas.
Abanamdo dezgarradas
enxendo-me corpo de fartura.
todo gozo e satisfassão.
Fassom disto mais poemas
Não tenhom de mim nunca pena
E nam lhes falte o tezão"

10 agosto 2006

beijos canibais

.


.

Os beijos que eu gosto...

Beijos canibais
mordidos
lambidos
sugados
devorados
doces
quentes
ardentes
Delicia-me o teu beijo salgado
quando nele me reencontro...
É o paladar do nosso desejo
É o lacre de duas vontades...
Papoila_Rubra
16/ 03/2006

O canibalismo inspirou o Bartolomeu:

"É o pulsar de um desejo ardente
O materializar da foda urgente
É o beijarar-te usando o dente
Que te faz sentir a cona quente

Sou eu e tu em avanços desmedidos
Em espasmos, enlaces e gemidos
Nossos ventres fermentes, destemidos
Na entrega dos corpos bem unidos

E é o tesão avassalador
que inunda a alma de paixão
E és tu que te encaixas no pendor
do estandarte que detens em tua mão

hihihihihihi"

E o OrCa já há muito que não odia:
"do beijo...

e um beijo a saber a queijo?
e outro então a camarão?
e um dado repenicado?
e um furtivo aldrabão?
e aqueloutro sabendo a pouco?
e este aqui com chupão?
e um aguado em linguado?
e um que adoço no pescoço?
e mesmo em cheio num seio?
e no abrigo do umbigo?
e o lingual labial?
e o et coetra e tal?
e carícias ternas nas pernas?
e que deslizas nas coxas?
e um qual fénix no pénis?
e no início ao prepúcio?
e por fim no precipício?
e esse roçar de lábios?...
sabe-los bem... senão, sabe-os!"

O cheiro a carne atraiu também o poetaeusou:

"OFERECE-ME
Junta
Teu Corpo
Tua Alma
Teus Pensamentos
E na noite Calma
Embrulha num Beijo
Esperam os meus lábios Carentes
Que alimentes o meu fogo de Desejo"


O Bartolomeu até deu duas seguidas sem tirar:

"E chega sem saber de onde
essa vertigem breve, insana
abrasa, tenta e não esconde
o caminho que leva à tua cama

E em pueris desmandos me abandono
ao desmancho de fantasmas guturais
Quando pelos sonhos, vem teu cono
derrotar meu caralho entre teus ais"


O Nelo confessa a sua paixão assolapada pelo OrCa:

"Ai Orca melhér, tu odes beim
Navegas lindo nosh sons que lavras
Çe stiveçes máis pertu de mim
Çô éu mejmo que te digo açim:
Podes crer cu nam me scapavash

Fasias logo uma puezia,
Deças mejmo de pé quebrado
Éu asdepois logo te disia
O que com os teus verços fasia
Caundo stivesse todintalado

Hera rima e transrima
E verçejos çem parar
Pulavas-me todo pra sima
Fasias de mim um´ obra prima
Um puema çem igual.

Mas açim perdes o té tempo
Co´eça melhér, a gaija Ção
Que nam çabe o que é o tormentu
Nem dos shoros jogados ao vento
Pur um pacote morto em tezão.

É toda uma tempestade
Que nos naçe dentro do ser
Tolhe-nus cerce a çanidade
O pinçar com claridade
Çó tu Orca me podes valer"

18 maio 2006

ContradiSão - por Alcaide

"São,
O teu aceno e a vontade de saberes porque conas ando perdido, relembrou-me por onde andei...
Tempo de descansar o coração!
O sorriso, esse, já envelhecido,
fica parado e até quase perdido
de ti...Vejo o aceno da tua mão

na minha boca e silêncios que dão
melancolia. Eles deixam ferido
o sonho que adormece guarnecido
de saudade! Mar de contradiSão!

Se amor não pode olhar o horizonte
se leve graça baila em tua fronte,
se o que resta é cumplicidade...

Então vamos foder!... Beber tua fonte...
Molhar palavras secas com verdade...
Jamais matar a nossa realidade!


Alcaide"

É sempre bom ver o OrCa a oder: "Alcaide, com merecida vénia, ressoneto-te:
o sorriso decerto já envelhecido
a tremura da mão então em desacerto
o vivaz do olhar turvo e mal desperto
e um apêndice murcho de escafedido

esse andar por aí sempre a ser fodido
que nos magoa a vida por tal desconcerto
urgindo aos céus bradar com o peito aberto
que à vida há que dar um diverso sentido

comer-lhe e beber-lhe e gozar e folgar
um abraço ao amigo e deixar sempre à mão
um abraço também p'ra quem for a passar

qual fénix das cinzas regressa o tesão
a aquecer-nos bem mais que lareira no lar
e a fazer da vidinha de merda um vidão!"

O Nelo mandou também uma (supostamente... atrás):
"I çe nam foçe assim tam tarde,
Fasia ja uma rexposta
Ao puema que até arde.
Deçe pueta que é o Orka

Ai mas que bén verseja
Que é da gente partir a moka.
Junta letras e nam falseja,
Nenhum puema é minorca

E çe eu foçe um pueta
Cumo çê quele u é
Nam perdia us més dias.
com Lalitos e Baldés.

Enchia eças livrarias,
Scaparates e quejandos
Com o dinhêro das puezias.
Esculhia é, os més marmanjos

Açim nunca más na vida
Me apanhavam numa retrete
Nem olhava pró Lalito
E us que me palmam a poxete.

Mas a vida é açim
Nam é o que nós queremos.
Tudo não paça dum çonho
Oh Orca, oh mé piqueno.

Nam querás tu çer o home
que me palma o imaginário
Faz-me lá um puema,
Acalma lá o mé calvário..."

O seven desabufa: "Foda-se, que isto é um país de poetas. Posso também versejar?
Penetrei-te como um raio
O sangue subiu ao teu rosto
Quase tiveste um desmaio
Maio, Junho, Julho e Agosto

(Ganda foda!)"

O OrCa não ode uma vez que não queira oder segunda:
"Nelo, Nelo, meu desvelo
que se te não parta a moca
o teu poema é libelo
que pede já outro em troca

em troca ou mesmo ao contrário
e que bem que se diria
ao palmar-te o imaginário
entre nós a poesia

nada como alma sensível
retroactiva ou não
para erguer ao poema o nível
e ao poeta... a inspiração!"

O Alcaide re-ressoneta "o grande OrCa, poeta que me alegrou ao comentar algumas «palavras criuzadas» que principalmente me divertem... e com a devida vénia:
Comentas, poeta, a «contradiSão»!
É bela a tua forma de escrever,
que me põe pequeno, sem entender,
como podem tanto uns e outros... não!

Não te digo que é falta de tesão
Nem «apêndice murcho» a aparecer!
Digo-te: o que me fode... é foder
sem amor, sem verdade, sem paixão!

Ah, mas se pega!... Qual vela que enfuna
a noite é curta. Não há quem me desuna
de uns braços de uma boca que me encante!

E a vida lá se passa com fortuna,
como posso. Alcaide só garante
Prazer de te ler... Nisso sou bacante!"

06 dezembro 2005

Hai, Kus!...

A Jacky introduziu-nos ao prazer dos HaiKus (1, 2, 3, 4 e 5). Foi um tal sucesso que o OrCa a desafia a escrever mais alguns para eventualmente publicar na colecção de literatura de cordel da Apenas Livros.
O Nikonman também andou à HaiKuzada (com o patrocínio KY Gel):
"Lambo-te e sorvo-te
Enquanto te bebo.
sabes-me a tremoço."

"Vim-me antes de tempo
Gritavas ainda ai ai!
A toalha caiu no chão."

"saí para o campo
deitada te encontrei,
cheirava a alecrim!"

"Adão, esfomeado
em paixão ardia,
a maçã estava madura."

O Mano 69 fez este
"pequeno fodema minetista de origem Metralha:

Quero lá saber do vermelho
O tição está no ponto
Prepara-te...
É agora ou nunca."


O OrCa também odeu uma rapidinha:
"que suprema arte...
ao ler-te
apetece-me cantar-te."

E vieram-se mais HaiKus, HaiKonas e HaiKaralhos):
"Beijas-me, abraças-me. Penetras-me*.
Vens-te, vais-te.
Adeus.
Matahary
(*em português corrente: fodes-me)"

"Ardo no Inferno
Desde que li a Funda São!
Doce tentação
Jacky"

"Tenho-te na ponta da língua
Teu nome está todo no meu
como olhos estão na alma
Charlie"

"Quem tem sede vai à fonte
Cristalina e poderosa
Sacia a tua e vai em frente
JF"

"Aroma teu
Dobras orvalhadas
Cera fervente
Ferralho"

"que suprema arte...
ao ler-te
apetece-me foder-te.
Corpos e Almas
(o OrCa não se zanga, pois não?)"

"Ai, cu!...
Gotinha"

"Cu
bem
bom

São Rosas"

Ao OrCa, desta vez deu-lhe para teorizar e racionalizar antes de oder:
"Mas então o singular de hay-ku não é hay-kai? (Use-se um hay-kai, dois hay-ku...).
Enfim, internacionalize-se a coisa!...

brejo-ordinário:

Ai-ai... cus-cus
que não há mãe nem pai
p'ra um cu de truz

intenso:

ai-ai-ai-ai-ai-ai-ai
(espera aí um bocadinho!...)
ui-ui-ui-ui-ui-ui-ui

remexido e minhoto:

ó-hay-ku
ó-lari-lo-le-la
eu passo a vida a lambê-la

portunhol:

hay cus qué no se puede
los hay
por quién alguno se pierde

franciguês:

que j'aime ton cou baiser
madame
quand ton cul me laisse entrer

luso-sino:

que glande clepe
ficou ao vel
tão belo cu s'abeilal dele"

28 outubro 2005

Cirurgia de escárnio e mal dizer

(a propósito de uma técnica de cirurgia plástica revolucionária)

- lição rimática: para completar manualmente a rima, a gosto (setembro, outubro, etc.)

ao remirar-se de esguelha
certa dama de alta roda
viu em si perfil de velha
a pele a enrugar-se toda (ninguém lhe dava uma...)

por tanto assim lhe fugiam
os jovens sem dar por isso
nas peles que assim lhe caíam
escondia-se o seu viço (murchava qualquer...)

os seios então pendentes
tais balões esvaziados
estavam tristes dolentes
ao rés do chão pendurados (ninguém os queria...)

e a zona nadegueira
estalada e quebradiça
ainda mais do que madeira
dir-se-ia de cortiça (há que anos não via...)

impunha-se a cirurgia
que lhe esticasse a postura
pondo-lhe o corpinho em dia
com o corte e a costura (que lhe desse a...)

ao dar pelo imenso estrago
o médico cirurgião
condoído e tão bem pago
descobriu a solução (tentou de gatas à…)

pôs-lhe no alto da mona
um parafuso enroscado
quando a ruga vinha à tona
dava-se à rosca um bocado (metia-o bem…)

vê lá agora se gostas
da dona tão esticada
já leva a boca nas costas
e a do corpo atravessada (só ele sabe onde é a…)

OrCa

Ode com ode se c... paga. Ode o Charlie:

Certa dama de alta roda
Estalada e quebradiça
A pela a enrugar-se toda
Dir-se-ia de cortiça

Pensou numa cirurgia
que lhe desse vida nova
Antes dos tratos que urgiam
Lá pediu conselho ao Orca

E em vez da facalhona
ou da lipoaspiração
Meteu-lhe bem na mona
Uma nova solução

E assim como se leu
e lhe aconselhou o Orca
Não foi faca que lhe deu,
enfiou-lhe uma porca!

Sendo ela toda ruga
ou pele em regressão
quando roda aparafusa
estica toda em apertão

Fica toda luzidia
Brilhante até mais não
Vai o Orca qualquer dia
Patentear a invenção

20 abril 2005

Maré quente




O corpo quente. Ardia.
Uma fogueira acesa dentro.
O fogo queimava a pele.

“Ay, abraza-me esta noche …”

A pele roçava o lençol.
A pele sensível ao toque. Ao pensamento do toque.
A pressão no peito. O coração acelerado.
A respiração entrecortada.

“Aún que no tengas ganas… Prefiero que me mientas…”

Quente.
O desejo entre as coxas. Tão presente.
Os músculos contraíam-se. A pressão no baixo-ventre.
O corpo erguia-se com a intensidade do desejo.
Em desejo.

“Acerca-te a mi... Abraza-me a ti por Dios...”

O desejo solto. Percorrendo-a.
Vagas quentes.
Uma maré de lava corria-lhe na pele.
Ardia.

“Ay, abraza-me esta noche…
Acerca-te a mi...
Abraza-me esta noche...”

(Ouvindo "Passion" - Rodrigo Leão)
Encandescente

O OrCa não consegue ler nada disto que ode logo:

À Encandescente, que nos traz tantos hinos à vida:

quanta brasa no calor de cada abraço
que em se dando se demoravam a dar-se
e ardiam na braseira do compasso
tão intenso
no enlace dos enlaces
que se davam
tardando a entregar-se

tanto frio naquele arrepio ardente
que queimava as suas peles
em cada impulso
cada grito mais mordido
tão intenso
na tremura do orgasmo
mais convulso

e no espasmo
no soluço
no abandono
saciados e ansiosos e sedentos
se perderam na braseira desse abraço
se encontraram na paixão
por fim silente.

OrCa


Mas a Encandescente não se fica atrás e ode também o OrCa:

Ao Orca que ode como ninguém:

Quando
Quais guerreiros no final da batalha
Jogadores no fim do jogo
Extinto o fogo
Calado o corpo
Saciado o desejo
O grito solto
E o orgasmo
Calor que os envolve ainda
Chega a hora do cansaço
Chega a hora do abraço
Da entrega da ternura
Da partilha do amor palavra
Que mantém o desejo aceso
E sem a qual
Nenhuma paixão perdura.

Encandescente

15 novembro 2004

«A filosofia do onanismo» ou «da arte de cavalgar toda a sela» - por Anjo Élico e OrCa

OrCa deu o mote - "Curiosa esta língua portuguesa..."

OnanistÉlico - "É curiosa a língua mas com ela não consigo... talvez por ser pequena."

OrCa - "OnanistÉlico, tudo vai de dois ligeiríssimos factores:

1. da capacidade de encurvar a coluna até onde for preciso;
2. da dimensão, em termos de comprimento, do apêndice a onanizar.

Segundo alguns especialistas de renome mundial, a condicionante um esbarra, com frequência, com a curvatura abdominal... Aliás, esta curvatura e a sua proeminência é a causadora da chamada «síndrome do mata-borrão», que pode ser explicada, de forma sucinta, assim:
- dispostos os dois corpos, um sobre o outro, ocorre uma circunstância incompatibilizante, caracterizada pela expressão: se beija, não penetra; se penetra, não beija... Enfim, melhor é experimentá-lo..."

OnanistÉlico - "O problema reside não tanto nos dois factores mas na sua/minha impossível ligeireza...
Quanto à inter-penetração: A sua efectividade pressupõe o alinhamento dos eixos imaginários dos 2 corpos e só depois de devidamente posicionados é que se produz a penetração propriamente dita.
Concordo em absoluto com a crismada "síndrome do mata-borrão" porque borro-me todo sempre que a tento contrariar; da teoria à prática falta-me o sentido de orientação e alguns centímetros."

OrCa - "Interessante abordagem, o alinhamento dos eixos imaginários dos dois corpos na pre-penetração... Daí a gritaria que ocorre com frequência aquando da prática do "amor à paraquedista", com lançamento de um dos corpos em presença, geralmente o masculino, do alto do guarda-fatos, em plena escuridão - e sem o tal alinhamento prévio - que leva, não raramente, à colisão violenta das partes ditas pudendas contra os pés da cama, perante a perplexidade da parceira que ouve gemidos e suspiros e não goza nada.

Esta polémica ainda dá um tratado da arte de cavalgar toda a sela!"

Ai pois vai!...

05 novembro 2004

Odes à Desgarrada

À Encandescente, com Mergulhador à vista:

Pele de pele
Lábios prementes
Língua que toca
E que sabe a mel
Arquejo de dentes
Mãos ofegantes
Mordentes
Trementes
E a perna lisura
Roçando a textura
Da púbis sedenta
Corpo ofertado
Um de cada lado
Este suspirado
Aquele na premência
Do abraço fundido
Quase violência
Quase sem sentido
E de consentido
A febre do orgasmo
Um grito
O espasmo

E depois o mar
A onda
O remanso
Esse cair de amar
E sentir de ti
A carícia
O descanso...

OrCa

Ao Orca:

Preparo-me para o combate
Anseio o embate
Não fujo da luta
Gosto do desafio
Pele com pele
Mãos no corpo
Corpo nas mãos
Carícias trocadas
Em jeito guerreiro
Cavalgando teu corpo
Valquíria me torno

Encandescente

Então, aticemos a imaginação dos nossos desbragados (sem bragas, entenda-se...) leitores:

À Encandescente:

Peça a peça me aproximo de ti toda
Tanjo a carne que me atiça de volúpia
E ao querer ser o senhor do teu desejo
Sofreguidão de nos querermos tão sem culpa
Dou por mim a apropriares-te do meu corpo
E eu do teu
Ambos sedentos
Os dois cúmplices

E assim
Nessa maré de sal de beijos
Se sou o mar onde se afoga o teu desejo
Tu és a areia que me envolve e que me enleia...

OrCa

À Encandescente e ao OrCa:

Se há padrinhos de casamento, porque não há-de haver madrinhas de queca?
Sou eu! Sou eu!

São Rosas

10 julho 2004

Encandescências...

A Encandescente deu-me uma óptima notícia: há uma editora que quer editar um livro dela.
E mostrou-me uma vez mais a doçura que é e que tem, dedicando-me (e ao OrCa) uma poesia. Nunca ninguém me tinha dedicado uma poesia... e logo uma tão bela como esta. Absorvam-na com o corpo todo:

Quem serão estes dois?! A São Rosas e o OrCa? Ai, a liberdade poética...
Com a rima no lugar

Põe a mão no meu peito
Sente como bate acelerado
Como cavalga solto
O meu coração.
Depois rodeia-me o seio
E vê como ele reage
Como ele se torna
A forma da tua mão.
Desliza-a então no meu corpo
Sente a minha pele
Que chama por ti.
Provoca nela o arrepio
Que é calor, desvario
Loucura acesa
Quando me tocas assim.
Desce então mais um pouco
E sente na mão
O desejo a palpitar.
Depois meu amor
Aperta-me
Torna-me tua
Sê o meu corpo
Serei o teu
Façamos do amor lugar

Para a São. A mulher mais surpreendente que conheci nestas coisas da blogoesfera
E para o Orca. Um poeta que gosta de rimas


Publicado a 25 de Junho no blog dela. Façam fila atrás de mim para comprar o livro.

O OrCa ficou de tal forma assarapantado que desta vez nem odeu: "Honrado, vaidoso e cúmplice. Estou aqui que mal me tenho!... É bom saber-vos por aí. O quadro na parede, o escorredor da loiça, a loira exposta... Um poema dedicado e eu dedicado ao poema. O livro da Encandescente, cuja apresentação deverá ser novo argumento de encontro para esta comunidade de depravados da língua, porventura com corações que não lhes cabem nos peitos nem nos blogs de gente "séria". Mas o livro, gentes, não se esqueçam da relevância de publicar um livro. Este, cheio de sensualidades, sugestões eróticas, íntimas... Encandescente, o que eu não rimaria agora por ti!...

24 junho 2004

Mais quadras de S. João e de S. Rosas

A ler isto fiquei com ela dura,
E agora preciso de aviar,
Sei que queres foda pura,
Com a São vamos afundar.
Viktor Lazlo
Dá-lhe duas, dá-lhe três,
Dá-lhe as que aguentares,
Deve ser uma de cada vez
Digo isto só para te calares!
Espectacológica
Pois é, São, isto é só rir
Papo cheio que nem ovo
Ode tudo p'ra cá vir
Ganda poeta é o povo!
OrCa
Quem vem à funda São,
Aprende até a versejar,
Brincam com a tesão,
E as quadras tão a dar!
Espectacológica
Odi, odeste, odeu
São três formas de dizer
... E é que nem sou só eu
Desatou tudo a oder!
OrCa
A São é um Mundo
Cheio de imaginação.
Também hoje, S. João ,
Até no que escreve me dá tesão.
João Silva
Oder tal como eu, perdidamente
Como se vê aqui por esta FUNDA SÃO
Com uns por trás, outros por cima ou pela frente
Odemos todos em quadras de S. João...
OrCa
Não odemos todos não
Porque alguns não sabem oder
E se não aprendermos na Funda São
Também nunca o conseguiremos fazer
Isso Agora...
Com o alho porro tenho que oder
Não sei como, mas cá vai esta,
Para o Mergulhador satisfazer,
E assim continuamos a festa!
Espectacológica
com o alho porro nunca experimentei
e com martelos também não
aqui são os cavalos e os toiros
que nos fazem ter tesão.
Quenguita
Farta-se um homem de oder
Odendo como quem canta
Ainda havemos de ver
Quanta da oda é garganta...
OrCa
Eu vi o S.João
com uma granda bebedeira
Arrojei-me pelo chão
Rompi-me todo.
Dimitri Apalpamos
S. João casamenteiro
Tinhas muito que contar
Em muitos foste o primeiro
A doce noiva provar.
Viktor Lazlo
Eu ficava aqui a oder
Oder, oder sem parar
O problema é não poder,
Ficar aqui a gozar, a gozar...
Espectacológica
Ainda não sei oder
Porque sou pequenininha
Para não ficar só a ver
aqui fica uma odinha
Sónia

19 junho 2004

Jantar c'a São - OrCa (é Rata)

É Rata: O OrCa ode no jantar de dia 25.
13,5 - Inscritos até Agora (claro que ele vai) - 13,5
São Rosas, Jorge Costa, Tiko Woods, OrCa, Sónia, Matrix, Outsider, Karla Vainessa, Eye of the Tiger, Emílio de Sousa, Gotinha, Goto, KomiKaga e Isso Agora... (cá está ele).

É rata! Nada elegante
Não pôr na lista o OrCa
E com toda esta prosa
Só faltava o espumante
Afinal ser só... gasosa
Já Agora, e se a ementa...
Não é leitão e sim porca?!

24 novembro 2008

no rescaldo do X Encontra A Funda - II

Algumas conexões parecerão encriptadas - são as conexões da tia... Mas todos quantos lá foram saberão bem do que se fala. Portanto, aos demais lhes digo: é irem para o próximo e também ficarão por dentro das jogadas.

(Aqui vos vou deixando o pau com o orifício para entrar nelas - nas jogadas, pois...)



cheguei ao Encontro tarde
por tal me penitencio
mas haja alguém que me guarde
que a ele me fui sem fastio

já por Óbidos andava
a turma da Funda São
por ameias ansiava
em faustosa reinação

sem falha de porra a parra
encobria o encoberto
que a folha animava a farra
com São e Nelo por perto

em rusga filha da mãe
qual cascavel cuspideira
alguém agitou também
uma folha da palmeira

e de súbito o aqueduto
mostra uma faceta grande
de ser cada arco um puto
com cabeça de glande

fui a tempo de um amanho
de cremosa tentação
na Cova do Musaranho
ali no Vau mesmo à mão

pá não sei do panaché
da bejeca sem tremoço
um ou outro o seu café
fez-se tempo p'rò almoço

e no Solar dos Amigos
Guisado ao som da gravilha
fomos com migas e migos
do Paraíso à Ilha

foi curto e grosso mas bom
e bom foi experimentá-lo
será aqui de bom tom
dar-vos das Caldas o Galo!

OrCa

O Falcão ode a quem o ode (é justo):

"Ai, oh Orca do Caralho
Inda benhe que aqui te vieste
Pra vermos a São pegada a um galho
e tu de parra a servir de vestes

como um Adão, pudibundo
E ela feita uma rameira
Eras Orca, o pai do mundo
e ela a São, cobra e palmeira

E foi a tarde passada a rir,
E a comer, cum filho da puta,
vinho, broa e a seguir
Foi o calor a fazer a sua

A cachopa que já foi
E que agora é matrona
As mamas, grandes, de fora pôs
e depois - vergonha - o bico da cona

Foi quase uma escandaleira
ela rindo, (ao lado nem tanto)
Mas para quem é aventureira
escandaleira é que é encanto

E foi logo sucedida
pela gajo que "apareshe"
De voz farta, ao longe ouvida
Tirou a dita, ao som de "despe"

E valeu-nos a Santa Senhora
Essa que dizem ser da Agrela
Veio a carne, grelhada e boa
e a São cobriu a dela

Foi um ver se te avias
ala que isto se faz tarde
olhar com que alegria
encheu tudo o cu de carne

Já nem mamas, nem o tanas
nem mais o caralho mais velho
Era tudo a enfardar
Até pareciam o Nelo.

Acabou tudo no largo da escola
Numas fotos e poesia
Bardou alto o mestre Orca
Cum caralho, eu que ainda mais queria?

Tudo aquilo que sabe bem
ou é feio, ou faz-nos mal
Mas este encontro sendo inteiro
Mal começou, chegou ao final

Não que tivesse aleivosia
nem peçonha ou que tal
tirando o strip da Senhoria
E o outro do vozeiral

nem refiro as Piças do Chico
Nem as peças malandrecas
Ninguém disse chiça - penico
nem sequer aludiu-se a quecas

O jantar à luz de vela
em silêncio e oração
Foi lindo ver eles e elas
de olhos postos em adoração

E houve toques de guitarra
e uma Laranjeira em poema
E uma santa, louvando com garra
o Senhor que na alma queima

Mas tudo com santidade
sem usar um palavrão
Fiquei sem saber porque há-de
alguém odiar a FundaSão

Agora tudo já lá vai
Ficam fotos e saudade
Para o ano, preparai-vos
p'ra outra dose de Santidade..."

02 maio 2021

O fundo Baú - 119

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»
Em 5 de Novembro de 2004, voltou a repetir-se um duelo de mestres:

Odes à Desgarrada

À Encandescente, com Mergulhador à vista:

Pele de pele
Lábios prementes
Língua que toca
E que sabe a mel
Arquejo de dentes
Mãos ofegantes
Mordentes
Trementes
E a perna lisura
Roçando a textura
Da púbis sedenta
Corpo ofertado
Um de cada lado
Este suspirado
Aquele na premência
Do abraço fundido
Quase violência
Quase sem sentido
E de consentido
A febre do orgasmo
Um grito
O espasmo

E depois o mar
A onda
O remanso
Esse cair de amar
E sentir de ti
A carícia
O descanso...

OrCa

Ao Orca:

Preparo-me para o combate
Anseio o embate
Não fujo da luta
Gosto do desafio
Pele com pele
Mãos no corpo
Corpo nas mãos
Carícias trocadas
Em jeito guerreiro
Cavalgando teu corpo
Valquíria me torno

Encandescente

Então, aticemos a imaginação dos nossos desbragados (sem bragas, entenda-se...) leitores:

À Encandescente:

Peça a peça me aproximo de ti toda
Tanjo a carne que me atiça de volúpia
E ao querer ser o senhor do teu desejo
Sofreguidão de nos querermos tão sem culpa
Dou por mim a apropriares-te do meu corpo
E eu do teu
Ambos sedentos
Os dois cúmplices

E assim
Nessa maré de sal de beijos
Se sou o mar onde se afoga o teu desejo
Tu és a areia que me envolve e que me enleia...

OrCa

À Encandescente e ao OrCa:

Se há padrinhos de casamento, porque não há-de haver madrinhas de queca?
Sou eu! Sou eu!

São Rosas