02 dezembro 2004

Entre aspas

foto: Emil Schildt

Hoje pontuo-te
Prendo-te entre parêntesis
Quero-te preso no poema e nas mãos.
Coloco-te vírgulas
Para marcar o teu e o meu ritmo
E reticências
Para prolongar o prazer.
Hoje sou ponto de interrogação.
As pernas, aspas entre as quais te questiono
Entre as quais pressiono o teu sexo
Teu ponto de exclamação,
A atingir o orgasmo
O ponto final.

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