14 janeiro 2006

Faduncho triplicado do chuleco entradote - por Charlie

Preparem-se que no próximo Encontra-a-Funda o Charlie, mais conhecido como Rouxinol da Planície, vai cantar e tocar esta fado (anotem que é em LÁ maior):

Eu sou o Bigodinho-faz-me-jeito
Compro tudo já feito
Uso gravata encarnada
E levo tudo a direito
Seja largo seja estreito
Não se me escapa nada

Já tive vida de casado
Mas puseram-me a mala na escada
Aaaaaaaiiii...

Eu sou o bigodinho-faz-me-jeito
Com trabalho não me ajeito
Uso gravata encarnada

O meu tempo é pensar e a ver
O que menos posso fazer
Para o pirolím cantante
E logo a seguir a uma tanga
Sai depois uma zanga
Fico olhando mais adiante

Ao atravessar o largo da estiva
Ajeito os punhos da camisa
Aaaaaaiiiii...

Eu sou o bigodinho-faz-me-jeito
Tenho o mesmo direito
De aspirar o ar da brisa

Na casa de fado ao lado
Do meu sótão forrado
com figuras bizarras
É pr'onde eu levo as garinas
Onde as papo clandestinas
Gemendo os sons de guitarras

E foi aí que aconteceu
Nem quis crer no que aquilo deu
Aaaaaaaaiiiii...

Eu que levo tudo a direito
Nesse dia que enjeito
O tesão se perdeu.

Mas logo busquei a solução
Não se perde o homem não
Quando o não tem direito
Abri-lhe as pernas ao meio
Sessenta-e-nove sem mais paleio
O bigodinho fez-me jeito


E sempre daí em diante
Não mais passei pelo minguante
Aaaaaiiiiii...

Agora, largo ou estreito
Vai tudo a preceito
Logo depois do voo rasante.

Eu sou o Bigodinho-faz-me-jeito
O minete não rejeito
Não mais me falhou nada
Afundo de queixo no estreito
O bicho avoluma no peito
E depois vai de enfiada

Eu sou o Bigodinho-faz-me-jeito
Seja largo seja estreito
Não se me escapa nada
E compro tudo já feito.
Levo tudo a direito
Uso gravata encarnada

Charlie

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