18 janeiro 2007

Ritual sagrado

foto: Armin Bardel

Gosto de sentir o rasto áspero.
Da tua barba raspando rasa,
a picar por entre as minhas coxas.
Da humidade da tua língua morna,
escorregando doce e gulosa,
pelo meu ventre de mar inundado.
Onde te espero no ritual sagrado,
de me chupares a alma pela cona!
De me pegares de polegares entalados,
com outros dedos nos peitos dançando.
E com as mãos já incendiadas
Fazeres-me vir perdida e maluca
Enquanto me penetras e eu em ti ardo,
nas palavras com que me chamas de Puta.

Margarida Beijaflor

Nota da rede à São: E que melhores boas vindas à fundiSão que ser odida pelo OrCa?

"ter-se assim tal Margar ida
como será tê-la à volta?
branco o ventre qual ermida
e tanto sacrista à solta

e depois de Beijaflor
vai debruando seu ninho
e sabe a mar em redor
mar feito da cor do vinho

de sabor acre mas doce
como se fosse um carinho
tecido como se fosse
duma rosa o seu espinho

e quando a barba lhe arranha
a macieza da perna
então já ninguém a apanha
mar guarida - fome eterna..."


E o Alcaide também não resiste a oder:

"Que doce Margarida p'ra colher
no campo de tão lindas margaridas,
deitada com as pernas tão compridas,
gemendo sentimentos e prazer.

Há pêlos a roçar... coxas a arder...
molhada a beija-flor de tão querida
de lábios e de língua bem estendida
sentia a Margarida sem entender...

Mas nesta vida o campo é... esquisito!
Pastava nesse campo vaca bruta
que lambia margaridas e um pito!

E a doce Margarida nem deu luta...
Nem susto, nem medo ...só um grito...
«lambe mais... minha vaca... minha puta»!"

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia