E usa o argumento da Bíblia: "A homossexualidade não é normal, temos que dizê-lo (...) Não é normal no sentido de que a Bíblia diz que quando Deus criou o ser humano, criou o homem e a mulher. É o texto literal da Bíblia, portanto esse é o princípio sempre professado pela igreja".
Sem querer entrar na questão de onde começa e acaba a normalidade, parece-me bem mais anormal - pelo menos em termos estatísticos - ser padre... ou mais ainda bispo... ou muito mais ainda cardeal. Ou Deus criou estas figuras quando criou o ser humano... criando o homem e a mulher?
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O Sou Burro vê tudo noutra óptica, como sempre... e lá tem a sua razão:
"A melher tem razão!
D. José Saraiva Martins diz que homossexuais não podem dar uma educação normal às crianças.
E se o miúdo se portar mal? Na cara não se deve bater, nas mãos não dá jeito, sobra o rabo, um homossexual a dar umas palmadas no rabo ao filho pode ser entendido como preliminares.
...para além de que chamar parva e melhéri a um rapaz não é o mais correcto."
Ou, na óptica do "Homossexual? Saia da frente!", como bem observa o Henrique Monteiro:
O Charlie vai mais longe... a sério: "As Religiões, entendidas cada uma per si como produto final, plenas e completas na sua doutrina, surgem filhas dessa profunda inquietação do Homem, contemporânea da alvorada da sua consciência.
Os Deuses confrontam os seus domínios com as franjas do entendimento. Não num recuo perante a ciência mas num eterno alargar de fronteiras, onde paradoxalmente e como consequência natural desse entendimento, Deus se remete e dilui no mais profundo Universo do mistério e da Razão Vital.
Na base de toda a interrogação científica está sempre o sentimento de maravilha perante o desconhecido e que as Religiões sublimaram e consubstanciaram num compasso de espera da História, chamando a esse momento de Revelação e Verdade.
Eis então como um ou muitos instantes dum vislumbrar se pervertem ao estratificado.
Como podem as Religiões evoluir?
Não podem!
Apenas encontram respostas para instantes que são, para o Homem, momentos idos dum caminhar sem fim.
À inquietação e à pergunta respondem com a perfeição do argumento final e não com respostas que remetem para novas perguntas. O imobilismo é o seu enquadramento e ambiente natural.
Cientes de que a adaptação progressiva ao longo dos tempos lhe anula os dogmas e lhes dilui o sentido e razão de ser, reúnem-se à volta dos preceitos fundamentalistas: um desespero onde longe vai o sentimento de maravilha para ser substituído na íntegra pelo sentimento de posse.
Não cabe mais perguntar para quem é bafejado com a revelação da Verdade absoluta."
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