… são as bolas. Não essas que o meu perverso e mal intencionado leitor tem na cabeça (metaforicamente, é claro), mas as bolas de futebol! Seja qual for a idade ou a condição, o local ou o tipo de roupa, o verdadeiro tuga não resiste a uma bola de futebol! Um tipo vai caminhando, ensimesmado ou contemplativo, que quando a bola “se abeira de nós” (um miminho para os meus leitores do Norte), não resistimos a dar-lhe um toque, ainda que ligeiro, demonstrando ao mundo a nossa arte, ou a carência da mesma. Sei que muitos discordam e sustentam que a tara dos homens são as mamas, mas estou em perfeito e consciente desacordo: aquilo que nos motiva é uma bola de futebol. Porque mesmo que a bola seja de outro desporto, nós temos de tratá-la como se fosse do desporto que dizem ser rei neste país republicano.
Veja-se o caso da praia, quando a malta vai a banhos: quem cultiva o delicioso prazer de dar uma volta à beira mar (mesmo sem kafka), ainda que vá distraído a ouvir a música do bar, ao aproximar-se de banhistas desportistas, sofre do profano pecado de desejar que a bola se aproxime de nós para matarmos o estranho vício! Mais. Estou convictamente imbuído da convicção que os homens apenas olham para tudo o que é mamas, porque nas arredondadas formas vêm duas inocentes bolas de futebol! A paixão pelo futebol tem toda uma natureza abichanada: a malta paga para ver homens de pouca roupa que correm suados e agarram-se uns aos outros - mais gay que o futebol só mesmo o râguebi ou a tourada, embora no caso desta os forcados vistam aquelas roupas para assumir a homossexualidade – mas, ainda assim, jogamos futebol e sentimo-nos muito machos! Atrás da bola. Por causa da obsessão das bolas. Não dessas!
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Uma por dia tira a azia