quem sabe, uma letra para um fado...
tentei no vermelho rubro
dar alento ao meu desejo
no momento em que descubro
querer-te mais se te não vejo
e na mansidão das águas
que és tu se em ti me deito
marés vivas não são mágoas
mas ter-te de encontro ao peito
céu azul procela imensa
calmo lago uma cascata
sentir-te em mim assim tensa
se a volúpia te desata
ser o desejo tão fundo
mais de mil luas mil sóis
e subir além do mundo
nas dobras destes lençóis
num átimo intemporal
nada mais do que se tinha
mas qual fusão sideral
a tua pele ser a minha
OrCa
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Quem ode sujeita-se a ser odido:
"I já cu falamos do Orquita
eça melhér da puezia
ler as trofes quele pinta
digo logu que ção pra minhe
Fala nas mançidões das áugas
no dezeju, eçe tam fundo
eim lensóis que ja casqatas
sobeim mares e dobróm mundos
E intão eçe séu
todazul prossela imença
Inda mais o çinto méu
çideral fuzão intença
Ai melhér cu aínda á sóis
aus milharis e ash çuas luas
não queru tere palavras maish
eu Nelo, Orqa, çou toda tua...
Nelo"
E ode com ode se paga:
"Nelo, Nelo, mil mesuras
me dás em teu linguajar
umas moles e outras duras
mas todas boas de dar
haja então essa alegria
de ter por ouvinte um Nelo
um Xi, Nelo, eu te daria
não fosses por trás querê-lo!...
OrCa"
Entretanto, como o Gomalaca se queixa que isto "era um blog de ratas e chouriços e agora virou para uma de poesia conventual" o C. Torcato ode-o também:
"Para o Gomalaca, letra para uma foda...
Atentou-me o vermelho rubro
dessa boca, meu desejo
da tua cona que eu cubro
Do teu cu que já não vejo
E no tesão das mágoas
que és tu, se em ti me venho
foda viva dentro de águas
agarrado a essas mamas que ordenho
Ficam azuis os colhões
de tanto baterem na rata
ao ir-te ao cu sem travões
Malvado tesão que me mata
És o meu desejo profundo
Quando de baixo dos lençóis
Encavar-to até ao fundo
Agarrado aos teus caracóis
No meio de um temporal
ou no meio do areal
Quero a tua cona real
Antes que parta, rumo ao espaço sideral"
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