Grita a tua dor, grita o teu amor, agita o teu interior numa imparável revolução que alastre ao teu coração e o liberte da tensão e o desperte para uma emoção genuína, grita a vontade libertina agachada numa cela criada pelo teu temor de sentires a rejeição dos que atinam com a supressão daquilo que lhes pertence e amocham sob o domínio de tudo e todos em seu redor, a gigantesca multidão como um rolo compressor que esmaga a ambição e destrói aos poucos a capacidade de decisão que sabes possuir e por isso deves gritar para que te ouçam e fiquem a conhecer aquilo que estão a perder na sua letargia de seguidores de um modelo comprovadamente infeliz.
Ignora aquilo que se diz por aí, o eco da voz do dono, abafa com os teus gritos de revolta o som do sono que tenta adormecer a tua vontade de lutar contra tudo o que te pode privar da felicidade impossível sem a liberdade de gritar o que a alma te sussurra durante os sonhos que aceitas impossíveis de concretizar até ao dia em que decides transformar a voz numa arma e gritar à beira de uma falésia a tua verdade sem grilhões e libertar as emoções do jugo fascista que a maioria impõe.
Grita até doer. E depois trata de fazer...
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Uma por dia tira a azia