E agora? Dizes-me tu como vou eu fazer isto agora?
Olha a neve, Irene, já cai branca, branca, lá fora;
e como ela, dizes-me tu porque tudo também cai?
Olha como se enrola, tão branca, nos cabelos de crianças
onde brilham ainda as luas; Irene. Irene, vem e sai
de casa, o escuro espreita que cresças, cobiça-te as tranças;
vem brincar, Irene, só perdes o tempo que se chama demora.
Vem comigo, fingirei que ainda nem sei a que chamam hora;
como vou fazer isso sem ti, agora que sei que o tempo se esvai?
Olha os laços, Irene, as nuvens nas mãos vão ser lembranças
e essas nos ficarão; a eternidade somente essas nunca trai.
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Uma por dia tira a azia