13 julho 2010
Ondas vindas de ti
Fiz-me à maré da manhã
Nas vagas vindas de ti
Antes do amanhecer
Pescador dos meus sonhos
Madrugada suave no cais
Faina pura do dia-a-dia
Serena ausência de ti
Semblante teu na memória.
Mar adentro, vou entrando
Como uma rede se alastrando
Corpo meu beijando as águas
Da maré que vem de ti, meu amor.
Abraçada à luz da lua fiz-me ao mar
Não pude alcançar-te (bem te sabia inexistente)
Porém perdi-me como quis...
Não quis abrir os olhos
Para não te perder na maré
Abracei-me a este nada
Descobrindo no próprio corpo
Caravelas sem rumo
Perdidas neste mar sem dono
Brilhando à luz da lua
As estrelas do teu olhar
Fiz do meu coração o teu lugar
Da tua luz o meu olhar
Suspirei uma brisa de suaves palavras
Que corre nos dias de calor
Com a energia grandiosa do mar
Este mar teu que adentro
Para me perder na tua maré
E nas ondas vindas de ti
Maria Escritos
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