20 março 2011

Voz

Não sei se mais valem
as palavras que se dizem
ou as palavras que se escrevem
não lhes conheço uma medida
e em toda a minha vida
só lhes pedi que nunca se calem
quer me façam mal ou bem.
Meu amor, cada uma que de ti vem
é, por isso, ternamente recebida,
é, por isso, desembrulhada, agradecida,
e assim, cada uma que me dás tem
sonhos que já nunca morrem
sem coração
gritos que já nunca enlouquecem
na solidão
de uma qualquer palavra escondida,
má ou boa, é tua, não será perdida.

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Uma por dia tira a azia