Não sou grande apreciador de mandar quecas em hotéis. É que sou um fervoroso adepto do espalhafato e já tive a minha quota parte de quecas, que tinham tudo para se tornarem épicas, a serem interrompidas por um telefonema da recepção ou pelo bater na porta do gerente. Uma vez, dada a guinchadeira, até acharam que estava a haver uma matança do porco. Mas era só um espetanço na porca. Conto isto porque este fim-de-semana tive de voltar a pinar num hotel. Ora assim que lhe enfio meia cabeçorra nabal na bardanasca, a gaja gemeu como se a estivessem a perfurar com um tronco de mogno. O que não está muito longe da verdade. Preocupado com a interrupção do ritmo de bombada, que faria corar de vergonha qualquer motor hidráulico de alto rendimento, espetei-lhe a almofada na fronha para abafar a sucessão esganiçada de gemidos histéricos. Bem sei que tenho um brenhol de proporções epopeicas mas nada justificava aquela algazarra. Por vezes penso que a expressão “Meter o Rossio na Rua da Betesga” foi criada por causa do meu pincel, dada a dificuldade que tenho em metê-lo em muitas senisgas. É por isso que tenho sempre uma calçadeira na mesa de cabeceira. Acreditem que já a usei algumas vezes, com grande sucesso diga-se, para ajudar a meter a cabeça do trambolho. Mas continuando, antes que me disperse. Quando no final lhe tirei a almofada da fronha, e simultaneamente lhe tirei o nabo da chona, entre duas golfadas de ar e com a cara visivelmente roxa, ela soltou um audível e aliviado Credo!. Nem tempo teve para ganhar fôlego, pois acho que quem anda com o credo na boca está a lançar-me o desafio para lhe meter o prego na boca. Challenge accepted, baby. Challenge accepted.
Patife
Blog «fode, fode, patife»
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Uma por dia tira a azia