19 setembro 2019

«Amor, eu te saúdo!» - Áurea Justo

A ventania grita por entre as costuras das paredes antigas.
Assemelha-se a uivos desesperados em noites de lua cheia, como quem padece de intensas sedes,
Ou não queira partilhar a última ceia.
Ao fundo da sala, mesmo no cantinho aninhada, vibra o fogo de uma lareira viva, cuja alma arde, qual labareda enfeitiçada.
Um cobertor de pêlo sedoso aconchega os nossos corpos nus, entrelaçados no amor saudoso que vem até nós como pequenos flocos crus.
Flocos quentes que nos aquecem o coração.
Beijos ardentes que nos trazem união.
Paixão compulsiva que nos sacode o corpo e nos faz transcender a um só.
Amor, eu te saúdo!

In A Cor Do Amor

Áurea Justo
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2 comentários:

  1. Verdadeiro serviço público para, quem como eu, não tem facebook

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Uma por dia tira a azia