11 julho 2004

São, não seria elegante deixar a Encandescente sem resposta...

(... porque ela há rimas e rimas, muitas e desvairadas formas de rimar...)

Soberbo o teu corpo
Doce
O mel das altas montanhas
E sal
Das ondas sem fim
Do mar alto
Mar profundo
Eu te sorvo e saboreio
Absorvo poro a poro
O teu perfume
Esse enleio
Que me dás na tua entrega
Nessa urgência
Nesta espera
Assim
Que me acolhes
Tolhes
Aberta toda
Desperta
À descoberta de mim
Entro em ti
Sinto o veludo
Desse teu corpo escondido
Do teu nada
Do meu tudo
Do nosso ardente gemido
Revela-se então assim
O princípio e o fim da vida
E na tua entrega imensa
De tão intensa
Total
Ao possuir o teu corpo
Por fim liberto em meus braços
Sinto-te dona de mim.

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