17 outubro 2006

Diário dum Padre, parte VI


O Paraíso... essa coisa incorpórea, sentimento difuso em que os padres e mestres transformavam a sexualidade latente...


Naquele mesmo instante em que a sentia sentada no meu colo, de pénis hirto com um tesão que me fazia doer todo o corpo e que ela excitava ainda mais com a doçura da sua mão, não pensava noutra coisa que fosse comê-la ali mesmo em pleno confessionário.
Todos os ensinamentos estavam agora a milhões de anos-luz e os seus lábios, os seus peitos o seu sexo eram todo o meu Paraíso.
O Paraíso! Essa coisa incorpórea, esse sentimento difuso em que os padres e Mestres do Seminário habilmente transformavam a sexualidade latente dos alunos, futuros sacerdotes, adiando sempre o gozo supremo para além da morte, sempre mais além numa promessa de orgasmo não confessado mas sublimado num prazer espiritual eterno.
Mas se havia algo ao qual se pudesse chamar Paraíso, isto era o Paraíso! Nada do que se parecesse com o estado de Graça eterna junto ao Pai Criador que só mereceria após uma vida de labuta lágrimas e sacrifícios.
Agora era o futuro!
Agora era o Céu, mesmo a uns centímetros de mim. Sem sacrifícios outros que não fossem os dum adiamento por uns meros segundos, acordei num rasgo.
-Pára. – Disse-lhe eu, de repente tomado pelo resto de consciência subitamente desperta.
- Vamos para os meus aposentos. – Acrescentei ao vê-la tomada de surpresa e com uma quase expressão de decepção no rosto.
Num salto apressei-me a fechar a porta principal da igreja, regressei, e peguei-lhe no braço mais uma vez encostando-a mim.
Flutuámos pelo piso liso do chão sob a única luz vinda dos vitrais que nos incendiava a pele com todas as cores. Subitamente libertas da torrente branca que tinha entrado pela porta principal até momentos antes quando a deixara do lado de fora, junto ao resto do mundo, selando o espaço imenso só para nós, para o nosso momento.
Cenas e passagens santas ilustravam lá no alto em múltiplos arco-íris a emoção que de repente enchia toda a igreja.
Entrámos para a sacristia e quase sem tocar nos degraus subimos as escadas para o meu pequeno quarto.
Nem a porta encostei pois sem mais ela atirou-se a mim, mordeu-me os lábios com frenesim e quase num sufoco tirou a blusa expondo um peito firme sem soutien.
- Oh meu Deus. – Exclamei... - Meu Deus... -
Riu-se para mim e um a um desabotoou-me a sotaina, metendo mais uma vez a mão no pénis completamente babado.
Riu-se mais uma vez e despiu-se toda.
Não resisti mais e num único gesto peguei-lhe pela cintura, pus a mão sob o peito direito e mordendo o pescoço atirei-a sobre a cama ao canto do quarto…

( continua)

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