31 outubro 2006

Lengalengas e sucedâneos da nossa terra

A única lengalenga da minha terra que eu conheço não é erótica, pelo que nunca me deu para a publicar aqui...
"Rebéu-béu-béu
Pardais ao ninho
Vai daí òsdespois
quem matou o cão foi o Baetas"

... mas o seven ensinou-me esta lengalenga nortenha:
"Broche madrinha capitão minete
Não há caralho que me foda
Nem cona que me arreganhe a beiça"

E tu, na tua terra há alguma lengalenga? Mesmo que tenha sido criada neste preciso momento?

Na terra da Inês canta-se isto:
"Na minha terra não se mama o leite
Na tua mama, na tua mama.
Na minha terra não se racha a lenha
Na tua racha, na tua racha."

O seven continua a lengalenga da Inês (com a mesma música):
"Na minha terra o comboio não apita,
na tua apita, na tua apita;
Na minha terra não se mata o porco,
na tua mata, na tua densa mata..."


E falta o refrão:
Rapaziada vamos lá ao vira,
Ó psst ó mete, ó psst ó tira.

Na terra do Charlie:
"Mas ó Ana Maria Moleira
por mó de quê é que semeií as ervilhas?
Foi pra te andarem a servir de esteira?
É que o mano Manuel Morais
E os outros marmanjos mais
Dão-me cabo dos legumes.
Ora porra pra tais costumes
Vão foder prós vossos quintais..."

O Bruno apresenta uma lenga lenga da terra dele (Intendente, IST, R. Defensores de Chaves, etc.):
"Ai Cona Cona
que não ganhas para a dona
mas há-des-te foder
há-des ganhar para comer"

O João Mãos de Tesoura prefere um ritmo brasileiro:
"(ler cada «verso» sem fôlego, como se não houvesse amanhã; pausas curtas entre os «versos»; o resultado parece a batida de batuque! Repetir até à exaustão, de preferência em público!)

Bátxi cu, bátxi cu,
Bátxi cu, bátxi colhão,
cárálhinhô, cárálhão,
à tétinha dá márquesa tá cáusando sensáção!
Bipururuiiiiiiiiii!"

O Monsenhor diz sem gaguejar:
"Eu dantes comia, bebia, fumava e fodia, e o dinheiro ainda se via.
Agora que não como, não bebo, não fumo e não fodo, o dinheiro vai-se todo!
Vou começar a comer, a beber, a fumar e a foder, para que toda a gente saiba
que quem come, quem bebe, quem fuma e quem fode, é porque pode!"

O seven continua a lengalenga da Inês (com a mesma música):
"Ó vizinha Conceição
Sua puta seu coirão
Quem cagou aqui na escada?
Não fui eu foi o vizinho
Eu cá só dei um peidinho
Mas cagar não caguei nada...

Mais um crime no jornal
A filha do general
Sobrinha do arquitecto
Era porca, porcalhona
Tirava chatos da cona
Para pendurar no tecto...

As irmãs da caridade
Coitadinhas sem maldade
Estavam na sua oração
O padre que rezava a missa
Deu-lhe a comichão na piça
Foi ao cu ao sacristão..."

A Dina não se lembra de nenhuma lenga lenga, mas traz-nos uma expressão fantástica, quando usada no contexto certo:
"Ó cona d'unto!"

Na Covilhã há uma expressão de admiração:
"Ah, cona da mãe!"

Na terra do Vanderdecken diz-se:
"Quem tem um pito tem uma quinta, quem tem um piço tem um caralho"

O seven relembra o clássico:
"A cona da mãe tem asas
Tem asas mas não voa
O caralho do pai tem ranho
E à cona da mãe se assoa"


E mais este, para acabar:
"Ó prima minha rica prima
Faz tudo que não te ralho
Depois não te venhas queixar
À ponta do meu c...

...arapau frito é bom
Evita as ilusões
Mas que grande dor eu sinto
Ao no meio dos meus q...

...uilhe-se! - que me aleijei
Podia ficar maneta
Isto deve ser defeito
De tocar tanto à p...

...udera ser bengaleiro
E entrar na velha moda
Há mês e meio já não dou
A minha velha f...

...ora de Portugal
Já estive no Japão
Quando via gajas boas
Dava-me logo o t...

...esouras e bicos de agulhas
Tudo do meu baú


... e já não sei mais, mas era muito longa!
Só nunca percebi é porque o carapau frito evita as ilusões..."

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