05 novembro 2009

«A Baldoína» do Bartolomeu

"Posso contar aquela estória em que adormeci no estábulo, numa tarde de verão e sonhei que uma das minhas ovelhas, a Baldoína, se tinha aproximado de mim, me tinha corrido o fecho da barguilha e por artes insuspeitas me retirou de dentro o «nabo» latejante, depois docemente chupou-o, tão docemente, tão persistentemente, que dentro dele jorrou o sémen da vida que a Baldoína gulosa e sofregamente engoliu. E, quando acordei daquele sonho, o meu olhar encontrou o de Baldoína que, de costas a dois passos de mim, olhava-me por cima do lombo pestanejando, como que a pedir que a fodesse.
E eu, perfeitamente inebriado pela sensualidade do sonho, ainda de moca tesa, enfiando os dedos por entre os fios finos da macia lã que cobre os quartos traseiros de Baldoína, encostei a cabeça do malho à greta palpitante de Baldoína que, num impulso vigoroso de desejo, fez com que o dito escorregasse inteirinho por ela dentro.
E assim estivemos por longos minutos, alternando ambos os movimentos de ancas, segurando o desejo de nova ejaculação para que Baldoína se satisfizesse em mim variadas vezes, até que, sem mais hipótese de me aguentar, voltei a ejacular.
Iria jurar que por várias vezes ouvi Baldoína num murmúrio pedir, suplicar... «vem-te Bartolomeu... vem-te«.
Mas... já me garantiram que as ovelhas não falam, portanto atribuo à minha imaginação.
Confesso... não tive coragem para comer a Baldoína. Mesmo depois de esfolada e esvicerada, continuava a ver-lhe estampado no olhar aquele rogo sedutor... «fode-me Bartolomeu... fode-me».
Não me considero responsável pela rejeição ao consumo de carne ovídea que algumas pessoas possam sentir a partir de hoje.
Portanto, esse pessoal da Associação de Criadores de Gado não me venha foder o juízo e pedir indemnizações por prejuízos causados à indústria.
Olhem... reconvertam o negócio e metam as fotos das vossas ovelhinhas em sites de «meninas»... oras...!
Bartolomeu"

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São Rosas:
"Longa vida à Baldoína! Isso faz-me lembrar um açoriano que estava a fazer a tropa no cont'nente e contou a um amigo meu, oficial d(aquel)e dia:
«O melhor era a minha mãe pedir-me para ir matar uma galinha para fazer o almoço. Antes de a matar, aproveitava-a. Nunca lá em casa desconfiaram que comíamos galinha recheada.»"

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