A boca é uma atmosfera onde se abre o teu clima.
Toda ela fervilha, redonda, ao cimo, no caroço.
A nua polpa asfixia a garganta.
É o nervo que te entrelaça na minha carne.
Boca viagem, que te absorve, gesticula, acaricia, aspira as tramas do sangue. Respira-te.
Dói. Em volta. No gole. Queima-te as asas na labareda, na potência da minha garra. Pulsante. Inteira.
Na boca, só o teu silêncio se gasta nas tentativas de saber até onde o aonde vai...
[Blog Vermelho Canalha]
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Uma por dia tira a azia