Dentro de algumas horas um imbecil país africano prepara-se para abrir um precedente vergonhoso e sem atenuantes na sua estupidez, instaurando a pena de morte pelo crime de… homossexualidade.
Custa a acreditar, mas é mesmo disso que se trata, da consagração legislativa de um comportamento vil (da maioria da população) levando-o ao extremo com a pena capital.
Eu não sou homossexual, mas da mesma forma que não preciso ser mulher para me indignar com algumas atrocidades por elas sofridas em países tão imbecis e cruéis como o Uganda, terra sem lei porque quem a escreve está fora dela, entendo o desconforto de quantos o sejam fora daquele país e o medo dos que lá ficarem. Matar uma pessoa por ser homossexual é exactamente igual a fazê-lo por ser judia, comunista ou preta, como a maioria da população daquela nação que pretende fazer história pela negativa.
Um assassinato não se lava com a respectiva institucionalização. E é de assassinato que se trata, sempre que uma pena de morte é aplicada. Mais ainda quando é justificada pela simples eliminação da diferença, de uma qualquer característica que distinga um cidadão de qualquer maioria. O pretexto não cola, mesmo numa terra sem lei onde um jornal se deu ao luxo de publicar com destaque os rostos e as identidades de pessoas alegadamente homossexuais, marcando-lhes a ferros a existência de uma forma mais eficaz do que a das tristemente célebres braçadeiras nazis que identificavam nas ruas os judeus.
É isso que pode vir a acontecer no parlamento do Uganda se não conseguirem adiar a votação dessa lei por 48 horas, no final das quais ficará para sempre inviabilizada.
E se isso vier a acontecer e esse país de imbecis não sofrer sérias consequências por parte dos países mais poderosos teremos reaberto o caminho de regresso ao que o mundo tem de pior para mostrar de si, sobretudo se a moda alastrar a outras terras sem lei e com falta de argumentos dos seus lideres para se manterem no poder.
Teremos mais um sinal claro de que está tudo doido e antes que a coisa descambe é urgente encontrar soluções para manter alguma ordem e bom senso neste manicómio global.
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