27 julho 2011

Outono, meu amor, Outono

O Outono estrangulava a noite
sufocava o brilho da lua
quebrava no meu peito
o maior é o mais violento
a marca era nítida, berrante, em carne nua
que o amor despe a maravilha e o açoite
voa em céu aberto, pousa onde sente
terra, pele eternamente sua,
estação fiel ao seu comboio lento.

Nada disto quer dizer nada
se tu não fores o Outono
a estação desfolhará do sono
e a noite, do tarde demais, na madrugada
sem ti, nada disto quer dizer nada
e tudo o mais só dirá abandono.

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